13 Janeiro 2023
Na noite de terça-feira, 10 de janeiro, festa de São Gregório de Nissa, o cardeal George Pell faleceu em Roma. Suas últimas aparições públicas foram no dia 5 de janeiro na missa na Praça São Pedro para as exéquias de Bento XVI e nos dias 6 e 7 de janeiro na pregação de um retiro espiritual em San Giovanni Rotondo.
A reportagem é de Sandro Magister, publicada por Settimo Cielo, 11-01-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.
Entre ele e Joseph Ratzinger havia uma forte proximidade de visão, amenizada em ambos por um fio de ironia, apesar da diversidade de caráter. No livro prestes a ser publicado do secretário do falecido papa está escrito que no último período de sua vida, à noite, após a recitação das vésperas, ele gostava que artigos ou livros fossem lidos em voz alta para ele. E “entre os textos que Bento tanto apreciou estavam as memórias do cardeal George Pell sobre o processo e a prisão na Austrália”.
Nient'altro che la verità: la mia vita al fianco di Benedetto XVI
Pell foi o autor daquele memorando assinado "Demos", muito crítico ao pontificado de Francisco, que circulou entre os cardeais na primavera passada, em vista de um futuro conclave, publicado pelo Settimo Cielo em 15 de março.
E igualmente drástico foi em relação ao sínodo em curso sobre a sinodalidade, em seu último escrito publicado hoje no "The Spectator" com o título contundente: "A Igreja Católica deve se libertar deste 'pesadelo tóxico'", traduzido para o italiano no blog de Aldo Maria Valli.
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Cardeal Pell é o autor do memorando Demos, duramente crítico do pontificado de Francisco - Instituto Humanitas Unisinos - IHU