• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Agricultores contra a fome: “Uma em cada 6 pessoas não come devido à grave seca”. Artigo de Edward Mukiibi

Mais Lidos

  • As tensões surgiram pela primeira vez na véspera do conclave: o decano não mencionou Francisco na homilia e parabenizou Parolin no final

    LER MAIS
  • Esquerdas governamentais, conciliatórias e apaziguadoras reduziram-se a “salvar o capitalismo dele mesmo” e não conseguem canalizar inconformidade e indignação, tarefa que o fascismo desejado e reivindicado pelas massas tomou para si com sucesso

    A internacional fascista como modo de vida. Entrevista especial com Augusto Jobim do Amaral

    LER MAIS
  • Prevost, eleito Papa Leão XIV: o cardeal americano cosmopolita e tímido

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 3º domingo da Páscoa - Ano C - O Ressuscitado encoraja para a missão

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

18 Outubro 2022

 

"Precisamos redefinir o conceito de segurança alimentar, deslocando a atenção do alimento em si como mercadoria para o território onde é cultivado e produzido. É uma perspectiva diferente que se coloca no centro a estrutura social, seus vínculos culturais com a terra e as paisagens habitadas, e que redefine os parâmetros alimentares ao abandonar os dados quantitativos de importação-exportação", escreve Edward Mukiibi, Presidente do Slow Food, em artigo publicado por La Stampa, 16-10-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Em um ano marcado por conflitos, pandemias, crise climática, é particularmente significativo o tema que a FAO quis adotar para Dia Mundial da Alimentação: “Não deixar ninguém para trás”. Está muito próximo da minha sensibilidade como africano, como agrônomo, como ativista educador e – há alguns meses – como presidente do Slow Food.

 

Nos muitos debates sobre segurança alimentar em que participei, especialmente aqui na África, a voz dos agricultores não é ouvida. Nos planejamentos e nas políticas, as decisões são tomadas pelos vértices do poder administrativo e econômico, enquanto os protagonistas do sistema alimentar, os pequenos produtores, são considerados objeto passivo de decisões tomadas sobre seu trabalho.

 

No entanto, segundo a própria FAO, a agricultura familiar, que é o conjunto de empresas agrícolas com menos de dois hectares de terra, produz um terço dos alimentos do mundo.

 

"Não deixar ninguém para trás" para mim significa reconhecer e ajudar os agricultores que aplicam técnicas tradicionais baseadas na agroecologia e na abordagem regenerativa da terra e dos ecossistemas. Os governos muitas vezes os ignoram, argumentando que o sistema tradicional é arcaico. Muitos agricultores orgânicos não são convidados nas reuniões de planejamento porque as autoridades pensam que são contra o progresso. Mas de que modernidade estamos falando?

 

Pude vivenciar diretamente o desastre causado por uma semente híbrida de milho selecionada e patenteada por uma multinacional, lançada no ecossistema, convencendo os produtores com falsas promessas de resultados prodigiosos. Muitas vezes acontece: eles não têm conhecimento prévio do produto, mas os técnicos os pressionam e, ao fazê-lo, colocam em risco a segurança alimentar de muitas comunidades, que teriam suas sementes nativas, resilientes, selecionadas em um circuito de livre comércio democrático. Muitas novas sementes híbridas, produzidas na Holanda, Espanha, África do Sul, são vendidas nos países africanos para aqueles poucos agricultores que podem se permitir gerir as monoculturas, mas contribuem para criar uma situação muito frágil.

 

Muitos países africanos são importadores de alimentos: o continente gasta cerca de 65 bilhões de dólares com isso. Ainda assim, muitos governos adotam políticas centradas na agricultura industrial comercial de exportação na tentativa de aumentar a contribuição do setor para o PIB e compensar o balanço de pagamentos. A maioria dessas políticas, guiadas por investimentos estrangeiros diretos, apoia uma produção industrial em larga escala que se concentra em matérias-primas para a exportação e para as indústrias manufatureiras. Essas políticas criminalizaram a produção de subsistência e desmoralizaram muitas pequenas empresas agrícolas familiares, empurrando-as para fora do mercado.

 

Precisamos redefinir o conceito de segurança alimentar, deslocando a atenção do alimento em si como mercadoria para o território onde é cultivado e produzido. É uma perspectiva diferente que se coloca no centro a estrutura social, seus vínculos culturais com a terra e as paisagens habitadas, e que redefine os parâmetros alimentares ao abandonar os dados quantitativos de importação-exportação. Não podemos alimentar a população africana, onde está a maioria das pessoas que sofrem a fome, se não começarmos a trabalhar a partir do nível da comunidade local.

 

Um exemplo concreto é o trabalho desenvolvido com os produtores de café nas terras altas do Monte Elgon, na área sudeste de Uganda: o governo pretendia distribuir subsídios e fertilizantes químicos. Juntamente com os membros do Slow Food Presidium, montamos um comitê para contatar o escritório distrital de agricultura e fizemos nossos pedidos alternativos: instalações para a produção de compostagem, fertilizantes orgânicos certificados, formação para a gestão integrada das pragas.

 

Os produtores fizeram ouvir suas vozes sobre o tipo de sistema agrícola que desejam preservar nas encostas das montanhas para salvaguardar a qualidade de seu café e também a integridade ecológica. Eles sabem perfeitamente que caso se opte pelo orgânico e não se usarem insumos sintéticos, o seu café também será melhor pago.

 

Em suma, se os governos querem preservar a segurança alimentar e "não deixar ninguém para trás", devem ouvir as vozes das comunidades locais para que possam continuar a praticar uma agricultura ecológica que preserva o meio ambiente e o clima e, ao mesmo tempo, nutre e garante às famílias o acesso a uma dieta variada e nutritiva.

 

Leia mais

 

  • Slow Food, a virada de Petrini: “Um agricultor de Uganda”
  • Slow Food, Petrini passa o bastão ao ugandês Mukiibi
  • Fome, ponta do iceberg da desigualdade e da pobreza no mundo
  • Apoiar os mercados territoriais e ampliar as compras públicas de alimentos da agricultura familiar são os caminhos para combater a fome
  • Agricultura familiar desempenha papel central na conquista de objetivos globais
  • Insegurança alimentar, violência e mudanças climáticas estão ligadas na África, constata secretário-geral da Caritas Internationalis
  • A África pode ser alimentada pelos seus próprios campos, se o mundo rico souber fazer a sua parte. Artigo de Francesco Gesualdi
  • O Chifre da África morre de sede. 10 milhões de famílias em risco
  • ONU: na África 378 milhões de pessoas passam fome devido à interrupção da exportação de trigo após a guerra na Ucrânia
  • Milhões de pessoas estão passando fome. Emergência na África sub saariana
  • Vamos parar a escalada da insegurança alimentar

Notícias relacionadas

  • Ter fome de Cristo

    LER MAIS
  • África poderia alimentar o mundo inteiro

    A agricultura africana pode alimentar o mundo? A resposta é “sim”. Embora ousada, a afirmação se baseia em fatos concretos.[...]

    LER MAIS
  • Temer transfere ao PMDB uso de verbas contra a seca

    Na mesma semana em que começou a campanha eleitoral nos municípios brasileiros, o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) r[...]

    LER MAIS
  • Cerca de 70 padres aderem à greve de fome para pedir a libertação de Milagro Sala

    Foto: Religión Digital A reivindicação pela libertação da dirigente social Milagro Sala continua recebendo apoios: 68 padr[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados