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06 Setembro 2022

 

"Perde-se a capacidade de fazer experiência, porque nos limitamos a consumir o mundo em imagem",  escreve Umberto Galimberti, filósofo, antropólogo e psicólogo italiano, em artigo publicado por La Repubblica, 03-09-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Cresci num ambiente rural, para onde voltei com o nascimento da minha filha que hoje tem 9 anos. Muitas de suas colegas não sabem dar cambalhotas, não sabem pular uma vala, há algumas que nem sabem andar de bicicleta. Mas todas têm o tablet e com ele sabem como encontrar um lar para um tigre branco movendo o dedo na superfície desse objeto. Não odeio o mundo digital, preciso muito porque trabalho como designer, mas me pergunto como pode ser criada uma relação corpo-mundo externa às paredes da casa se uma criança não vivencia com todos os seus sentidos? O que os jogos e plataformas virtuais criam na relação corpo-mundo?

Zaira (leitora do jornal Repubblica)

 

 

 

 

 

Na relação corpo-mundo, os jogos e as plataformas virtuais criam situações semelhantes àquela que Günther Anders, em seu belo livro intitulado O homem está antiquado (Bollati Boringhieri), descreve nesta história onde se narra que: "O rei não via de bons olhos que seu filho, abandonando as estradas controladas, perambulasse pelo campo para formar um juízo sobre o mundo, então lhe deu carruagens e cavalos: 'Agora você não precisa mais ir a pé' foram suas palavras. 'Agora você não tem mais permissão para fazer isso' foi o seu significado. 'Agora você não pode mais fazer isso' foi o seu efeito”.

 

O que tudo isso tem a ver? Tem tudo a ver. Se eu conheço o mundo através do meu computador ou celular, como posso ter experiência sobre o mundo? Sem problemas. Pelo contrário. Vamos socializar com amigos digitais de perto ou distantes muito mais facilmente, porque o espaço físico será irrelevante e o tempo será acelerado a ponto de abolir qualquer espera, porque eventos distantes até dez fusos horários de nós estarão imediatamente presentes. Uma reportagem da China nos dará a sensação de ir até lá pessoalmente, mesmo que eu esteja nas montanhas posso mergulhar no mar do Caribe sem me molhar, participar de um jogo violento sem levar nem um arranhão.

 

Tudo isso é real? Não. Porque frequentando regularmente, senão exclusivamente, o mundo virtual, corremos o risco de incorrer em um perigoso processo de desrealização, pois, como escreve Raffaele Simone, "no virtual nos limitamos a simular coisas que não se podem nem se querem fazer”, e assim se perdem muitas habilidades necessárias para nos movermos no mundo real com a destreza e consciência das dificuldades que a realidade coloca em relação à facilitação do ambiente virtual.

 

O “consumo comum” do meio não equivale a uma “real experiência comum”. A troca tem uma tendência solipsista, onde um número infinito de eremitas de massa comunica as visões do mundo como lhes parece de seu eremitério. E parece ver esses espectadores, separados um do outro, imóveis diante de seu vídeo como os monges do passado nos cumes das alturas, não para renunciar ao mundo, mas para não perder nem mesmo um fragmento do mundo "em imagem".

 

A casa real onde se mora com a própria família se reduz a um contêiner para a recepção do mundo exterior via cabo, via telefone, via éter, e quanto mais o distante se aproxima, mais o próximo, a realidade de casa, aquela familiar se afasta e esmorece. Ao trazer o mundo para dentro de nossas casas, as mídias digitais modificam radicalmente nossa forma de vivenciar, até porque quem quer saber o que acontece fora de casa deve ir para casa, e só então o universo se reflete para nós e se oferece a alcance da mão. Não mais o viajante que explora o mundo, mas o mundo que se oferece ao sedentário que está no mundo justamente porque não o percorre, e no limite nem mesmo o habita.

 

A revolução tem certo viés copernicano. Se o mundo vem até nós sem que tenhamos que sair de casa, não estamos mais no mundo, mas somos apenas consumidores do mundo em imagem que podemos evocar a qualquer momento. E se além disso é preciso pagar para vê-lo, então o mundo se torna mercadoria. Se a importância dos fatos do mundo depende de sua difusão através das mídias, então o ser terá que medir-se contra o aparecer. Não somos de fato onipotentes como os meios à nossa disposição nos fazem acreditar. Porque certamente não são esses meios, capazes de colocar milhões de solidões em comunicação, que fazem de todos os solitários, privados precisamente dos meios de comunicação da possibilidade de fazer uma experiência compartilhada, os habitantes de um mundo comum.

 

 

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  • Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes. Revista IHU On-Line, Nº 550
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