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Carlo e Helder: bispos de uma Igreja do kairós

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27 Agosto 2022

 

"Existe uma história, da qual não consigo encontrar confirmação histórica, no entanto, sobre Carlo e Hélder, que, durante uma pausa nos trabalhos conciliares, teriam viajado juntos para uma rápida peregrinação a Assis. Alguns aumentam à notícia dizendo que Ferrari estava dirigindo o carro. Também pode ser uma anedota construída polemicamente, já que também se diz que o carro era uma potente Ferrari, fato que, inicialmente, poderia ter criado alguma perplexidade em Helder, mais apto a se sentir à vontade nas catacumbas de Domitilla, onde foi assinado o documento-desafio aos irmãos bispos, convidando a uma vida pobre em uma Igreja pobre ", escreve Flavio Lazzarin, padre italiano fidei donum que atua na Diocese de Coroatá, no Maranhão, e agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em artigo publicado por Settimana News, 20-08-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Nos últimos tempos, muitas vezes me acontece lembrar os pontos fortes da pregação do bispo Carlo Ferrari, que liderou a Igreja de Mântua de 1967 a 1986.

 

Um bispo que quis ir além do direito canônico e da práxis eclesiástica regulada pela jurisdição e escolheu para si o ministério do evangelizador, rompendo com a tradição pré-conciliar que propiciava bispos e presbíteros como governadores, organizadores e dispensadores de normas e regras pastorais.

 

Não deveríamos ter esquecido suas palavras proféticas apoiadas em atitudes e escolhas inequivocamente decisivas. Homem do Concílio, ele traduziu radicalmente no seu serviço, a teologia da Lumen gentium, certamente inspirado no capítulo IX, que nos fala da Igreja como Povo de Deus e nos remete à palavra de Jesus, que chama seus discípulos de "pequeno rebanho" (Lc 12,32).

 

E quantas vezes, inclusive em documentos pastorais, Carlo insistiu na urgência de compreender e viver a Igreja como “pequeno remanescente de Israel”!

 

Sua homilia, na Quinta-feira Santa de 1976, foi inesquecível: "Devemos ter a coragem de quem sabe perder, de quem aceita a derrota, de quem aceita o fracasso porque, se estivermos inseridos no mistério de nosso Senhor Jesus Cristo, e, portanto, no mistério de sua pessoa, não devemos fugir do destino de sua pessoa. A Igreja inteira não pode fugir ao destino de seu Salvador. Somos chamados a iluminar e animar as instituições, mesmo aquelas do mundo, mas não devemos confiar nessas instituições, não devemos nos apoiar nessas instituições, não devemos buscar garantias dessas instituições. O Senhor ainda pode realizar um milagre. Ele realizou o milagre que padres e bispos confiem, não em um partido vencedor, mas em Jesus Cristo que é o Salvador do mundo!” (OM 544).

 

Cabe lembrar que o partido dos católicos somente na década de 1990 encerrava de forma inglória sua trajetória de meio século de poder político quase incontestável, pois envolvido nos esquemas corruptos tecidos entre política e empreendedorismo, revelados pelos processos de caso Tangentopoli.

 

O bispo Ferrari foi existencialmente profético nisso também e sempre manteve silenciosamente a distância dos políticos do escudo cruzado. Ele não os confrontava, mas não se associava a eles. Não se tratava de uma visão condicionada por leituras ideológicas alternativas, era, ao contrário, fruto de uma visão evangélica e conciliar da Igreja.

 

A memória do Bispo de Mântua - inevitavelmente para mim - confunde-se com a memória de outro santo servidor do Evangelho: Dom Helder Câmara. Os dois se conheceram e tiveram a oportunidade de se relacionar.

 

Catedral | Pintura: Gilberto Lazzarin

 

Existe uma história, da qual não consigo encontrar confirmação histórica, no entanto, sobre Carlo e Hélder, que, durante uma pausa nos trabalhos conciliares, teriam viajado juntos para uma rápida peregrinação a Assis. Alguns aumentam à notícia dizendo que Ferrari estava dirigindo o carro.

 

E também pode ser uma anedota construída polemicamente, já que também se diz que o carro era uma potente Ferrari, fato que, inicialmente, poderia ter criado alguma perplexidade em Helder, mais apto a se sentir à vontade nas catacumbas de Domitilla, onde foi assinado o documento-desafio aos irmãos bispos, convidando a uma vida pobre em uma Igreja pobre.

 

O que gostaria de enfatizar, porém, é que, além das curiosidades potencialmente polêmicas, existe uma afinidade espiritual incrível entre os dois. Ferrari é o bispo do “pequeno remanescente fiel”, cristologicamente candidato ao insucesso e à derrota.

 

Câmara, como nos conta Eduardo Hoornaert, “aos 69 anos, abandonou a política das reuniões com os bispos da Conferência Episcopal do Brasil – CNBB – para começar a militar no que ele mesmo definiu como “minorias abraâmicas”. Foi uma ideia genial, em que o princípio do consenso vigente na democracia foi abandonado em favor do princípio das minorias, de pequenos grupos minoritários, que seguem o caminho de Abraão, que vagam pelo mundo sem poder, sem triunfos, sem vitórias."

 

 

Ou como diz Marcelo Barros: "O mundo não se transformará a partir da ação isolada de líderes iluminados, mas a partir do empenho comunitário dos grupos de resistência e profecia... Dom Helder definia esses grupos como ‘minorias abraâmicas, fermentos fecundos de uma nova humanidade’" .

 

Em tudo isto redescubro hoje a inegável influência da teologia de Paulo, expressa na Carta aos Romanos, recentemente comentada também por Giorgio Agamben.

 

Paulo nos fala, na escola dos profetas do Primeiro Testamento - especialmente Isaías, Amós e Miquéias - do “kairós pois, também, agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça” (Rm 11, 5). Kairós que é o tempo messiânico, o agora em que o Messias pode vir, como na profecia messiânica de Is 10, 21-22: “Os restantes se converterão ao Deus forte, sim, os restantes de Jacó.

 

Porque ainda que o teu povo, ó Israel, seja como a areia do mar, só um remanescente dele se converterá; uma destruição está determinada, transbordando em justiça”.

 

Um pequeno remanescente, um remanescente fiel, uma minoria abraâmica, que não zela para afirmar a sua identidade e a sua missão de salvação, que não se pensa, num delírio universalista, como o todo, com os anexos planos de colonização, em prol do bem, toda a realidade, toda a história.

 

Mas o remanescente nem sequer se define como mera parte de uma sinfonia de particularidades. Se é um remanescente fiel ao tempo, entendido como kairós, vive de fato constantemente em amorosa, mas radical, crítica profética, política e ética dos poderes deste mundo e, obviamente, também dos poderes que a comunidade desde sempre insistia em introjetar, negando ágape, perdão, fraternidade e sororidade.

 

Ao fazê-lo, essas minorias escondidas assumem o risco mortal do seguimento de Jesus e reapresentam a sua derrota, a única porta que se abre para a Vida ressuscitada.

 

 

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