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Buriates mortos na Ucrânia tornam-se ‘santos’

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07 Julho 2022

 

Eles estão entre os tantos enviados das províncias remotas da Rússia para lutar contra Kiev. Em casa são vistos como deuses, incapazes de realizar más ações. O alistamento é sua única oportunidade de trabalho. Ortodoxos na Buriatia veem "sinais místicos" da vitória russa contra todos os inimigos.

 

A reportagem é de Vladimir Rozanskij, publicada por AsiaNews, 06-07-2022. A tradução é de Luisa Rabolini. 

 

No cemitério de Kjakhta, cidade da Buriatia siberiana, algumas dezenas de caixões são apoiados no solo, empilhados ordenadamente em algumas fileiras, com os nomes dos falecidos escritos em um lado com marcador: todos soldados caídos na guerra na Ucrânia. “Não se preocupem, estão vazios”, explica a zeladora do cemitério, Elena Takhtaeva, abrindo um para fins de demonstração. "São apenas caixas de transporte, daqui retiram os corpos e os enviam para a morgue, de onde voltam em caixões muito mais solenes, e depois se realiza o funeral", acrescenta Elena com um suspiro: "Estão no céu, rapazes, vocês fizeram a vontade de Deus”.

 

Buriatia siberiana (Foto: Seryo93 | Wikimedia Commons)

 

A zeladora se assemelha a um personagem das antigas fábulas russas, com um vestido amarelo claro e um suéter preto com rosas alaranjadas. Ela trabalha aqui há oito anos para o pároco local, Pe. Oleg Matveev, após um período passado em um mosteiro ortodoxo. Ela conhece pelo nome todos os jovens falecidos que trazem para cá, "garotos espertos, verdadeiros crentes", e faz com que seu filho, coveiro, deixe de lado os caixões "ucranianos" agora vazios, "eles serão usados por defuntos sem parentes”.

 

Kjakhta (Foto: Wikimedia Commons)

Kjakhta tem 20.000 habitantes e fica a 230 quilômetros da capital, Ulan-Ude, que pode ser alcançada atravessando a fronteira com a Mongólia. Perto da cidade pode se ver uma longa série de grandes edifícios cinzas, que abrigam a 37ª brigada da Guarda Especial, a principal solução de trabalho para os jovens da região. Pelo menos cinquenta jovens vindos daqui perderam a vida na Ucrânia. Não há documentos oficiais sobre eles, mas a imprensa local os descreve como mártires e anjos da Pátria, com as orquestras fúnebres tocando quase todos os dias nas ruas da cidade.

 

Um jornalista de Kjakhta, Aleksandr Farfutdinov, conta como vê cenas de devoção no quartel todos os dias, com velas acesas na frente de fotografias dos mortos e pessoas orando e chorando na frente delas. "Eles são nossos melhores filhos", conta Aleksandr, que não acredita nas acusações de violência brutal espalhadas na Ucrânia contra alguns membros da 37ª Brigada. "Eles podem se desentender e brigar entre si, mas não são capazes de ofender ninguém, muito menos participar da tortura alheia". Farfutdinov fala de um jovem soldado, seu parente, que ligou depois de alguns dias de guerra dizendo que havia roubado comida pela primeira vez em sua vida, depois de ter vagado faminto por muito tempo pelos campos, "e sinto muita vergonha por isso".

 

Um historiador local, Aleksandr Kuzkin, lê poemas de sua autoria na praça central de Kjakhta, que exaltam a história da cidade. "Na época em os chineses traziam o chá para a Rússia passando por aqui, os habitantes locais tinham muito dinheiro, tanto que nos chamavam de cidade dos milionários, uma espécie de Veneza mongol". Aqui construíram-se igrejas, escolas, teatros, havia também um planetário. Apenas na rua central Lenin as antigas casas de mercadores foram preservadas.

 

Kuzkin expressa a saudade de um país pacífico, que agora teme que nunca mais volte à vida como antes. Ele é um dos poucos habitantes que não se exalta com as façanhas dos soldados buriates, entre os mais empenhados nos exércitos russos na Ucrânia. Até o diretor do museu local, Bair Tsyrempilov, repete que "o povo e o exército são um só" e mostra orgulhosamente aos visitantes o salão principal dedicado à Grande Guerra Patriótica com a exposição principal, um "glorioso fuzil Maksim". A inscrição na entrada foi alterada para “muZej”, o museu com a Z putiniana.

 

"Antes não prestávamos atenção aos soldados" - afirma Tsyrempilov - "e agora que se lançaram na defesa da pátria, tornaram-se nossos deuses, substituindo os médicos na época da pandemia". Ele conta a "história divina" de quando, na noite entre 24 e 25 de fevereiro, o alarme soou na sala do museu dedicada à Igreja Ortodoxa: dois ícones do Salvador caíram sobre aquela da Mãe de Deus, que tombou ao chão, “mas não resultou nem mesmo uma rachadura”. Pe. Matveev assegurou que é um "sinal místico", que anuncia a vitória da Rússia contra todos os inimigos, e agora prega que os caídos de Kjakhta "são os nossos santos".

 

Leia mais

 

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