Papa Francisco expressou sua “preocupação” com a propagação da violência e repressão de protestos sociais no Equador

(Foto: Reprodução | Esquerda Online)

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27 Junho 2022

 

“Encorajo todos os partidos a abandonar a violência e as posições extremas”, exigiu Jorge Bergoglio neste domingo.

 

O Papa Francisco expressou sua “preocupação” com a onda de violência que inundou as ruas de Quito, capital do Equador, nos últimos dias como parte de uma série de protestos sociais contra o governo de Guillermo Lasso e a greve por tempo indeterminado organizada pela Confederação Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) que começou há quase duas semanas.

 

A informação é publicada por Página/12, 26-06-2022.

 

“Acompanho com preocupação o que está acontecendo no Equador, estou perto desse povo e encorajo todas as partes a abandonarem a violência e as posições extremas", disse Jorge Bergoglio neste domingo após a oração do Angelus da Praça São Pedro, no Vaticano.

 

Nesta linha, o Papa advertiu que “só através do diálogo será possível encontrar rapidamente a paz social" e afirmou: “Aprendemos que só através do diálogo se pode encontrar a paz social com particular atenção às populações marginalizadas e respeitando os direitos de todos e as instituições do país”.

 

Após 13 dias de greve, vítimas fatais, mais de uma centena de feridos durante a repressão policial, a posição de Lasso parece estar por um fio enquanto, neste domingo, sua possível demissão é debatida no Congresso devido ao seu alto grau de responsabilidade no “interno comoção” e a convocação de eleições antecipadas, solicitadas pelo ex-presidente e principal líder da oposição, Rafael Correa.

 

Horas antes, com o anúncio da quarta pessoa morta, o ministro do Interior, Patricio Carrillo, justificou a feroz repressão e lamentou “os danos colaterais”. Em 13 dias de protestos, a Aliança de Organizações pelos Direitos Humanos registrou pelo menos 5 mortes, 166 feridos e 123 prisões.

 

Finalmente, ontem o presidente concordou em receber pela primeira vez os referentes dos movimentos indígenas, representados pelo líder da Conaie, Leónidas Iza. A reunião foi mediada pela Assembleia Nacional e pela Igreja.

 

Embora o ponto de ruptura dessa explosão social tenha sido o aumento dos preços dos combustíveis, os protestos mostram uma série de insatisfações que estão fundamentalmente enraizadas em uma profunda crise econômica que elevou o custo de vida da população e gerou uma queda acentuada de mais setores à pobreza.

 

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