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Biscoito de polvilho. Artigo de Heraldo Campos

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07 Mai 2022

 

"Biscoito de polvilho é bom para caramba. Para quem gosta, um pacote é pouco. Vai muito bem com um cafezinho de coador passado na hora. E como faz barulho ao ser mastigado. Os negacionistas do clima dizem que as mudanças climáticas são parecidas com os biscoitos de polvilho e porque somente fazem muito barulho. Isso não é verdade", afirma Heraldo Campos.

 

Heraldo Campos é graduado em geologia (1976) pelo Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista – UNESP, mestre em Geologia Geral e de Aplicação (1987) e doutor em Ciências (1993) pelo Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo - USP. É, ainda, pós-doutor (2000) pelo Departamento de Ingeniería del Terreno y Cartográfica, Universidad Politécnica de Cataluña - UPC e pelo Departamento de Hidráulica e Saneamento, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo - USP (2010).

 

Eis o artigo.

 

Biscoito de polvilho é bom para caramba. Para quem gosta, um pacote é pouco. Vai muito bem com um cafezinho de coador passado na hora. E como faz barulho ao ser mastigado. Os negacionistas do clima dizem que as mudanças climáticas são parecidas com os biscoitos de polvilho e porque somente fazem muito barulho. Isso não é verdade. Os relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), há mais de uma década divulgando a ciência do clima para a sociedade mundial, sempre alertaram para o que viria pela frente e com base na análise de dados científicos. E não é somente com muito barulho, mas sim com a triste realidade que assola esse nosso mal tratado planeta, por causa das mudanças climáticas.

 

Várias cidades do litoral brasileiro, por exemplo, que avançaram com sua ocupação urbana as faixas de areia das praias (e que não deveriam ser ocupadas), hoje sofrem com os processos erosivos provocados pelas oscilações do nível do mar e vira e mexe os administradores públicos acabam jogando a culpa nas mudanças climáticas. Setores colados nas faixas de areia das praias, muitas vezes ocupados por residências, restaurantes, quiosques e outros equipamentos urbanos, que não deveriam estar assentados nesses lugares, podem ter a sua destruição causada pela ação das águas do mar e, ao mesmo tempo, interferir de forma desfavorável nos serviços ecossistêmicos, prejudicando a regulação biológica de extensas áreas da orla marítima.

 

Ainda neste cenário, outras fontes de comprometimento dessas áreas ocupadas erroneamente podem estar relacionadas aos mais variados tipos de resíduos deixados pelos moradores e turistas nas praias frequentadas. Dessa maneira, resíduos como sacos plásticos, tampas de refrigerantes, fragmentos de isopor, cordas de nylon, latas de cerveja, plásticos duros, entre outros, distribuídos de forma difusa, muitas vezes se juntam nessas áreas com os processos erosivos atuantes e contribuem no agravamento do problema, quase sempre relacionado com a precariedade ou a ausência de saneamento básico.

 

Por isso, não é raro, também, serem observados peixes mortos junto aos restos de algas nas faixas de areia das praias, muitas vezes associados aos depósitos de lixos a céu aberto próximo de quiosques. Restos de cascas de cocos, canudos plásticos, entre outros descartes prejudiciais ao meio ambiente, como velas, pratos, garrafas, flores e alimentos, largados por causa de oferenda religiosa, podem ser facilmente identificados. Para completar, somam-se a esses problemas relatados, os dejetos deixados por cães na praia (com seus respectivos donos), demonstrando a ausência de fiscalização do poder público e o descumprimento da Resolução 451 da Secretaria de Segurança Pública para o caso do Estado de São Paulo. Além disso, para agravar mais ainda esse cenário, a espuma de origem desconhecida, acumulada na saída de galeria de águas pluviais, quando são visivelmente detectadas, demonstra a fragilidade desse ecossistema.

 

Outro ponto que chama a atenção é a presença de frequentadores, utilizando bombas de sucção, para a retirada do crustáceo corrupto (crustáceo cavador Callichirus major), que vive na subsuperfície da faixa de areia da praia, geralmente utilizado como isca para peixes. A retirada desse tipo crustáceo, utilizando-se bombas de sucção, pode causar alterações e consequências ambientais, tanto para essa espécie específica como para outras espécies existentes como, por exemplo, a do crustáceo tatuí ou tatuíra (Emerita brasiliensis). Por causa disso, na faixa de areia das praias do município paulista de Praia Grande, a Lei Municipal nº 789 de 1992 proíbe a comercialização ou a utilização de bombas de sucção para a extração desse crustáceo, visando a sua proteção nesse seu habitat natural.

 

No plano nacional é notória a falta de política ambiental do atual governo de plantão para essas áreas sensíveis do nosso país e não adianta querer esconder o que já foi feito de errado em outras áreas como, por exemplo, a tortura praticada pela ditadura instalada a partir do golpe militar de 1964, divulgada recentemente com o conteúdo dos áudios do STM (Superior Tribunal Militar). Analogamente, nunca é demais lembrar que um dia a verdade vem à tona e, como o lixo jogado no mar, muitas vezes sem fazer muito barulho, o mar devolve para a faixa de areia na praia parte do resíduo despejado inadequadamente em seu território. Para se livrarem de suas responsabilidades, geralmente os administradores públicos gostam de culpar a população por esses danos ambientais, mas, a experiência mostra, que um bom trabalho na área da educação, a participação das pessoas no cuidado com essas áreas sensíveis acaba por aparecer, principalmente se houver o estimulo nas mentes e nos corações na busca conjunta de um caminho mais consciente junto ao meio ambiente. “É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve.” (Victor Hugo).

 

Leia mais

 

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