29 Outubro 2021
"Nós estamos indo na contramão do mundo. Não só na questão social, econômica e ambiental. Mas também nas emissões", afirma Paulo Artaxo, membro do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudança do Clima).
A reportagem é de Phillippe Watanabe, publicada por Folha de S. Paulo, 29-10-2021.
Mesmo com a pandemia, que parou o mundo e reduziu as emissões globais de gases do efeito estufa em 2020, o Brasil aumentou as suas em 9.5% na comparação ao ano anterior.
Com isso, o país atingiu o maior valor de toneladas de gases emitidos desde 2006. O principal responsável pela situação foi o elevado desmatamento na Amazônia e no cerrado, uma constante sob o governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
Em 2020, o Brasil emitiu 2,16 bilhões de toneladas de CO2 e (leia CO2 equivalente, que é uma soma de todos os gases-estufa), segundo dados do Seeg (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa), lançados na manhã desta quinta-feira (28), dias antes da COP26, a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, que começa no domingo (31).
O programa faz o levantamento anual das emissões brasileiras e aponta detalhadamente os setores dos quais são provenientes. Em 2019, foram 1,97 bilhão de toneladas. Os 9,5% de aumento representam a maior alta percentual desde 2003.
A mudança no uso da terra (em linhas gerais, desmatamento) foi responsável sozinho por 46% das emissões nacionais em 2020 —ou 998 milhões de toneladas de CO2e— e permanece como a fonte central de gases-estufa do país.
A íntegra da reportagem pode ser lida aqui.
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Brasil aumenta 9,5% emissões de gases-estufa em 2020, apesar da pandemia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU