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Mas desta vez Francisco se engana

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17 Setembro 2021

 

"Às vezes a forma é substância e, desta vez, as palavras do Pontífice são desprovidas de nuances e, lamento dizê-lo, bastante superficiais. Como se a realidade não fosse sempre muito mais complexa do que as generalizações e o aborto fosse apenas uma maneira de resolver um problema. Que problema? Como é possível que o Papa use uma fórmula tão estereotipada? No entanto, estas são precisamente as palavras usadas pelo Pontífice: 'É certo matar para resolver um problema?' Pergunta retórica, se formulada desta forma. Já que não, não é justo matar para resolver um problema. Mas apesar de toda a boa vontade, simplesmente não consigo pensar no aborto como uma forma de resolver um problema, muito menos como um assassinato", escreve Michela Marzano, filósofa italiana e professora da Universidade de Paris V - René Descartes, na França, em artigo publicado por La Stampa, 16-09-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

É correto contratar um assassino para matar uma vida humana? "É o Papa Francisco quem pergunta a quem, como ele mesmo diz, não entende que "aborto é um homicídio" e que "quem faz um aborto é um assassino". O Papa Francisco, desta vez, não usa meias palavras. E para mim, ao ler a entrevista divulgada durante o voo que o trouxe de volta a Roma no final da viagem à Eslováquia, provoca um aperto ao coração. Talvez porque eu também faça parte daqueles que não entendem que "quem faz um aborto é um assassino". Quem pode realmente entender o que significa fazer um aborto, se não passou por isso? Quem pode entender o que se passa na cabeça daquela adolescente que se descobre grávida sem o querer, daquela mulher que tem medo de não conseguir, daquela que pensa que não será capaz, ou é capaz mas não tem força, ou tem a força, mas não quer que o pai de seu filho ou filha seja um homem violento?

O Santo Padre tem todo o direito de explicar que a Igreja não pode aceitar o aborto. Talvez ele também tenha o dever de defender a vida sempre e em qualquer caso, embora a vida às vezes possa ser uma maldição. Mas por que usar as palavras como pedras? Por que jogá-las contra todas aquelas mulheres que fizeram aborto - e ninguém sabe, ninguém pode saber, o porquê, o como, quanta dor, quanto medo, quanta culpa elas sentiram? Não havia sido o próprio Papa Francisco a dizer, há alguns anos, que proclamar o Evangelho não significava jogar sobre os outros verdades e fórmulas doutrinárias?

Meditando nas palavras que o Santo Padre proferiu ontem em diálogo com os jornalistas, fiquei decepcionada. E pouco importa se alguém, lendo-me, comentará que a fé não é feita para se ajustar ao próprio gosto e que o Papa Francisco nada fez senão repetir o que a Igreja, desde sempre, defende. Às vezes a forma é substância e, desta vez, as palavras do Pontífice são desprovidas de nuances e, lamento dizê-lo, bastante superficiais. Como se a realidade não fosse sempre muito mais complexa do que as generalizações e o aborto fosse apenas uma maneira de resolver um problema. Que problema? Como é possível que o Papa use uma fórmula tão estereotipada? No entanto, estas são precisamente as palavras usadas pelo Pontífice: "É certo matar para resolver um problema?" Pergunta retórica, se formulada desta forma. Já que não, não é justo matar para resolver um problema. Mas apesar de toda a boa vontade, simplesmente não consigo pensar no aborto como uma forma de resolver um problema, muito menos como um assassinato.

Atenção, não estou dizendo que abortar não apresente problemas éticos. Nem que abortar seja simples, banal, evidente. Não há nada de banal na decisão que uma mulher toma quando decide não continuar a gravidez. Às vezes se trata de um gesto doloroso, terrível, que deixa marcas perenes. Às vezes, é a única possibilidade que se tem para não morrer psiquicamente. Uma mulher coloca seu corpo e coração, nada de matador de aluguel! Nada de maneira simples de resolver um problema!

Esperar um filho pode ser uma grande alegria, mas também uma tragédia que revira a existência. A vida não vale sempre a pena de ser vivida. E mesmo que a Igreja pense o contrário, ainda seria um sinal de grande humanidade aceitar o mistério da impossibilidade, para certas vidas, de continuar. Sem necessidade de citar livros de embriologia ou estatísticas. Ou vincular o declínio da população ao aborto. Desculpe-se, Pontífice, se me permito contradizê-lo. Não tenho nenhuma verdade no bolso, e a única coisa que pouco a pouco aprendi a fazer, diante da dor, é gaguejar. Mas eu gostaria muito que suas palavras acudissem em vez de condenar. E abrissem a Igreja à extrema vulnerabilidade da existência de cada um de nós, que certamente é contraditória e precária, mas também descaradamente bela na própria fragilidade.

 

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