09 Setembro 2021
Seis irmãs do convento das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria, em Curitiba, Paraná, Brasil, morreram em menos de uma semana, cinco delas de covid-19.
Outras irmãs do convento também foram infectadas pela covid-19 e algumas precisaram internar na unidade tratamento intensivo (UTI). A irmã Madalena Ryndack, do convento de Curitiba, disse que “com as orações de muitos amigos” a situação gradualmente “está retornando ao normal”.
A Arquidiocese de Curitiba publicou a notícia da morte das irmãs.
A reportagem é publicada por ACI Digital, 07-09-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
A irmã Helena Glovacki, de 95 anos, 74 como religiosa, faleceu em 28 de agosto. A irmã Elizabeth Tartas, de 94 anos, e 64 como religiosa, morreu em 29 de agosto. No dia seguinte, a irmã Marieta Bet, 88 anos, 70 de vida consagrada, morreu. A irmã Sofía Culaves, de 78 anos, e 65 na vida religiosa, faleceu em 31 de agosto. A irmã Stella Albina Franzo morreu aos 87 anos, com 65 de vida religiosa, no dia 02 de setembro.
Uma das mortes não estava ligada à covid-19, foi a da irmã María Catarina da Silva, 70 anos, 46 de vida religiosa, que morreu em 1º de setembro. De acordo com as irmãs franciscanas, ela ficou 47 dias na UTI por complicações de um tumor pituitário, sepse e insuficiência renal.
Ir. Madalena disse à ACI Digital, parceira de notícias em português da CNA, que “esses dias foram muito difíceis", para a congregação, "com as irmãs morrendo, os funerais, outras isoladas”.
A freira disse que as irmãs não sabem como o vírus entrou no convento. “Houve um surto, uma situação quase incontrolável, mas conseguimos cuidar das irmãs e estamos saindo dessa situação”, disse ela. Ela também disse que todas as freiras que morreram de covid-19 nos últimos dias eram idosas e tinham “problemas de saúde”.
Segundo ela, algumas irmãs com covid-19 que foram colocadas em isolamento já estão terminando a quarentena e das que foram internadas, apenas uma ainda está na UTI. “Outras duas estão na enfermaria e uma ainda pode ter alta hoje (3 de setembro)”, disse ela.
A irmã disse que durante esses dias de provação, elas “sentiram fortemente a unidade de nossa congregação. Muitas irmãs vieram ajudar, enviando refeições já preparadas. Tudo isso nos põe de pé e nos faz acreditar cada vez mais na vida consagrada e que Deus não nos abandona”, afirmou.