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Polônia e Alemanha: a homo-heresia em debate

Foto: Pixabay

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05 Agosto 2021

 

Um debate teológico se torna um confronto político, e uma divergência teórica revela um confronto pastoral: foi o que aconteceu depois da publicação na revista teológica alemã Theologisches dos artigos assinados pelo padre e professor polonês Dariusz Oko sobre a questão homossexual. Dariusz Oko é professor da Universidade de Cracóvia e formador de seminário.

A reportagem é de Lorenzo Prezzi, publicada em Settimana News, 04-08-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Sobre a política, o conflito é entre a Polônia e a Alemanha; sobre a pastoral, é entre o pensamento tradicional e as incipientes práticas pastorais em relação aos homossexuais.

O tribunal distrital de Colônia condenou no dia 6 de julho passado o Pe. Oko e o diretor da revista, Johannes Stöhr, a pagarem 4.800 euros [quase 30 mil reais] pelo artigo publicado na edição de janeiro-fevereiro intitulado “Sobre a necessidade de resistir aos lobbies homossexuais na Igreja”.

O texto teve uma sequência na edição de março-abril. No dia 26 de julho, a mídia polonesa se interessou pelo caso, relatando a acusação de incitação ao ódio contra uma parte da população e de atentado contra a dignidade alheia. A sanção pecuniária foi emitida com base no artigo 130 do Código Penal alemão, mas ainda não é definitiva, devido ao recurso interposto pelo editor Manfred Hauke.

 

A indignação do político

 

O caso jurídico chegou à dimensão política graças à intervenção do vice-ministro da Justiça polonês, Marcin Romanowski, que, em um tuíte, acusou o Judiciário alemão de pisotear a liberdade acadêmica e de proteger mais os agressores do que as vítimas.

“Não permitiremos tal paranoia na Polônia.” E acrescentou: “A imposição de sanções às atividades científicas é uma ameaça às liberdades fundamentais e aos padrões europeus”.

O presidente da Ordo Iuris – uma poderosa organização tradicionalista católica que fundou um instituto universitário superior em Varsóvia para se contrapor à universidade europeia do financista Soros, obrigado a transferir a sua própria universidade de Budapeste a Viena – também se pronunciou, expressando sérias preocupações com a sentença de Colônia.

A muito difundida Rádio Maryja (ligada mas não dependente da italiana) se posicionou pela defesa do teólogo, relançando muitas vezes as reflexões e os escritos do Pe. Oko.

Os jornais pró-governo são publicados com manchetes como “Condenado por causa da verdade” ou “É assim que funciona a mordaça alemã”.

De orientação oposta, a revista católica de linha progressista Tygodnik Powszechny é acusada de ambiguidade sobre a teoria de gênero.

Falando em rede nacional, o Pe. Oko afirmou: “Os nossos opositores seguem a teoria de gênero que predomina em grande medida no Ocidente e que dá origem ao ‘comunismo de gênero’”. Hoje ela seria hegemônica na Alemanha, o país “responsável pela inviolabilidade dos homossexuais”. Atrás da Alemanha, a polêmica diz respeito à União Europeia e ao Ocidente, decadentes e incapazes de expressar valores que não sejam individualistas.

 

O mal-entendido do leitor

 

O editor alemão, Hauke, destacou que a revista Theologisches acolhe artigos de diferentes orientações, conforme exigido pelo debate em curso e que “nem todas as interpretações e as expressões dos artigos individuais correspondem sempre às opiniões do editor”.

Oko se situa na área mais intransigente da teologia moral que, no caso da homossexualidade, faz referência à relação entre doutrina e lei natural, para a qual o comportamento “contro natura” tem uma inevitável conotação moral negativa. Mesmo que o texto aprovado pelos bispos poloneses e intitulado “Posição da Conferência Episcopal Polonesa sobre os temas LGBT” em 2020 seja mais matizado e atento.

Em todo o caso, eles estão muito longe da interpretação que, a partir da dimensão histórica da moral bíblica, liga os sinais dos tempos à história comum, com um olhar mais disponível ao debate na cultura contemporânea (um texto de referência é “O que é o homem”, da Pontifícia Comissão Bíblica, de 2019).

Deve-se dizer que o artigo de Oko se refere não à homossexualidade em geral, mas à ação das “panelinhas” homossexuais no clero e na Igreja Católica. E que as afirmações mais abrasivas do artigo (“colônia de parasitas”, “crescimento canceroso”, “chaga homossexual”) dizem respeito à ação corrosiva que os lobbies homossexuais produzem na Igreja.

O editor alemão disse que “qualquer um que tome as afirmações fortes do texto fora do contexto poderia ler nelas uma difamação das pessoas com tendências homossexuais. Mas isso é um mal-entendido”.

No entanto, as posições que o Pe. Oko expressa no conjunto dos seus escritos públicos e intervenções midiáticas, por um lado, radicalizam as reflexões dos adversários (denunciando-os abertamente de “homo-heresia”) e, por outro, cruzam e alimentam as posições mais sexofóbicas do partido polonês majoritário (PiS) e dos ambientes clericais mais reacionários. Em plena coerência com a denúncia anti-União Europeia do governo de Varsóvia.

A recepção das posições mencionadas na mídia ocidental produz a sobreposição das afirmações de Oko e dos seus apoiadores com os sites católicos mais intransigentes e a consequente polêmica contra o magistério de Francisco, apesar das severas indicações práticas do papa contra os abusos e em defesa das vítimas.

 

A pastoral para as pessoas homossexuais

 

Em uma entrevista de 2014, Dariusz Oko dizia: “A homo-heresia é uma rejeição do magistério da Igreja sobre a homossexualidade. Os defensores da homo-heresia não aceitam que a tendência homossexual é um distúrbio da personalidade. Eles questionam se os atos homossexuais são contra a lei natural. A homo-heresia é uma versão eclesiástica do homossexualismo”. E identifica o lobby eclesiástico homossexual com a máfia.

No texto publicado pela Theologisches, ele escreve: “A homomáfia se comporta como qualquer máfia, como um parasita impiedoso, como um câncer que está pronto até mesmo a matar o hospedeiro, sugando os seus últimos recursos, para assegurar uma existência confortável”.

Nascido em 1960 e ordenado em 1985, Oko obteve o doutorado na Gregoriana, é professor na Universidade de Cracóvia e formador de seminário. Foi denunciado ao Tribunal de Colônia por um padre de Munique, F. Rothe, muito ativo na pastoral para as pessoas homossexuais e nos movimentos de reforma eclesial como o Maria 2.0 e Nós Somos Igreja.

Em maio passado, Rothe participou da ação provocação da bênção de casais homossexuais. Após a sua denúncia, ele foi alvo de uma tempestade de agressões nas redes sociais por parte de conservadores poloneses, com ameaças até pessoais. A ponto de induzi-lo a retirar a placa com o seu nome do apartamento em que ele mora.

 

Liberdade acadêmica

 

A hipersensibilidade ocidental ao tema, com a paralela desatenção aos argumentos produzidos, não justifica a fusão entre referências morais muito discutidas hoje e interesses políticos de baixa sensibilidade democrática, registrados na Polônia e que alimentam a polêmica antieuropeia.

A invocação da liberdade acadêmica deveria ser afirmada contextualmente para o funcionamento da democracia (autonomia do Judiciário, liberdade dos meios de comunicação, respeito pelos acordos na União Europeia), mais do que exibida como uma contradição alheia.

É o caso do abaixo-assinado que a Ordo Iuris dirigiu à chanceler Angela Merkel e que recolheu 270.000 assinaturas:

“A pena pecuniária é imposta ao artigo do sacerdote e professor Dariusz Oko, publicado na revista Theologisches com o título ‘Sobre a necessidade de resistir aos lobbies homossexuais na Igreja’. O texto é uma reflexão científica do reitor da cátedra de Filosofia Cognitiva da Pontifícia Universidade João Paulo II de Cracóvia sobre um dos problemas mais importantes da Igreja Católica contemporânea, a saber, o de ter pastores com tendências homossexuais. Ao escrever o artigo, o autor honrou plenamente as práticas acadêmicas, citando fontes confiáveis e numerosas, e prevendo as consequências graves e prejudiciais dos lobbies homossexuais nas estruturas eclesiásticas, incluindo os crimes de pedofilia cometidos por hierarcas com inclinações homossexuais. O texto expressa o ponto de vista do sacerdote e professor Dariusz Oko e a sua preocupação com a comunidade cristã; motivo de debate entre teólogos e estudiosos que analisam os vários aspectos do funcionamento da Igreja Católica.”

“Consideramos que a sentença sancionatória emitida pelo tribunal distrital de Colônia – escreve ainda a Ordo Iuris – constitui uma restrição ao direito da pesquisa científica do sacerdote e professor Dariusz Oko e ao seu direito à liberdade de expressão. A punição foi infligida a um texto publicado em uma revista científica, violando também a liberdade de imprensa.”

A denúncia seria mais crível se os mesmos ambientes não tivessem exultado com a condenação dos tribunais poloneses a alguns autores de livros publicados no exterior e culpados de terem mostrado elementos de contiguidade entre poloneses e alemães em relação ao drama do Holocausto dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

 

Leia mais

  • Os juízes alemães condenam o artigo homofóbico de um teólogo polonês. Varsóvia: “Na Alemanha, um sistema judiciário com tendências contrárias à liberdade”
  • Por que a Dinamarca está um passo à frente?
  • Alemanha. O bispo de Augsburg se abre à bênção dos casais homossexuais
  • Papa Francisco encoraja padre jesuíta James Martin em seu ministério com as pessoas LGBT+
  • É proibido abençoar as uniões LGBT?
  • “A bênção de casais homossexuais não é um protesto, é uma reivindicação de direitos”, afirma padre organizador do evento para abençoar casais
  • Padres alemães “respondem” à Doutrina da Fé e abençoarão simultaneamente casais LGBT no próximo dia 10 de maio
  • Sobre as uniões LGBT, os jesuítas leem nas entrelinhas a posição do Papa Francisco
  • “Um pecado? Sem comentários. Deus os criou, os ama e deseja que sejam felizes”. Entrevista com James Martin, s.j.
  • Mais de mil padres alemães seguirão abençoando os casais homossexuais
  • Os bispos alemães continuarão com a bênção a casais homossexuais em sua agenda, mesmo com o “não” do Vaticano
  • “Esta Igreja me assusta. De Jesus, nunca uma palavra contra a homossexualidade”. Entrevista com Alberto Maggi
  • “Deus está do lado de vocês”, afirmam bispos dos EUA a jovens LGBTQ
  • O que é um problema sistemático? Casais homossexuais e pedagogia da lei. Artigo de Andrea Grillo
  • Igreja na Polônia enfrenta onda de deserções

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