• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Hitler no divã do psicanalista

Mais Lidos

  • Segundo a ministra-presidente do Supremo Tribunal Militar, o país necessita de vigilância constante

    “O Brasil tem uma tradição autoritária, com surtos de liberalidade”. Entrevista especial com Maria Elizabeth Rocha

    LER MAIS
  • Carta aberta ao Papa Leão XIV: “Chegou a hora de derrubar muros”

    LER MAIS
  • Gaza. “Não há precedentes. Falta leite para os recém-nascidos. O mundo deve intervir”. Entrevista com Amjad Shawa

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

29 Julho 2021

 

O jogo “Heal Hitler” levanta polêmica, mas ironia e paródia sempre afetaram o histórico cenário do Mal absoluto.

O comentário é de Fulvio Abbate, filósofo e escritor italiano, em artigo publicado em L’HuffingtonPost.it, 28-07-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Eis o texto.

 

Hitler pode ser contemplado como objeto de paródia? A pergunta é absoluta e, ao mesmo tempo, essencial: pode-se ironizar um monstro criminoso da história ou, melhor, do calibre teratológico de Adolf Hitler? O jogo “Heal Hitler”, à venda na plataforma Steam, está causando polêmica.

A engenhoca virtual funciona assim: o jogador veste o jaleco de psicólogo e, marcadamente, trata precisamente de Hitler. O “Reich Milenar” ainda parece distante, é apenas 1925, os camisas pardas ainda se encontram principalmente na cervejaria, Leni Riefenstahl ainda está por vir com as suas reuniões oceânicas a serem postas finalmente na película.

O objetivo, neste momento, é unicamente submeter o Führer a uma meticulosa “psicoterapia”, a fim de evitar em perspectiva a Shoah, a guerra, as ruínas...

O nome se deve a um trocadilho com a saudação nazista, “Heil Hitler”. As instruções: “Você é o psicólogo de Hitler em 1925. Você deve diagnosticar os seus complexos usando a psicoterapia junguiana e freudiana, e tentar curá-lo. E obter sucesso, evitando a guerra”.

 

 

 

Segue-se uma nota: há um “novo cliente, Herr Hitler, que reclama de um distúrbio, a ‘raiva’. Você vai utilizar técnicas psicanalíticas para diagnosticar a fonte do seu trauma, que poderia desencadear o seu ódio”, acrescenta o texto.

O desenvolvedor do jogo, Jon Aegis, afirma que aprofundou cada detalhe, para não determinar ambiguidades. Hitler não poderá ser eticamente “salvo” das suas responsabilidades criminais por parte de nenhum jogador.

Em vez disso, Daniel Kennedy, estudioso da Shoah, objeta, pois acha “incrivelmente de mau gosto” um jogo que, pelo menos aos seus olhos, banaliza o homicídio de seis milhões de judeus: “Toda a premissa do jogo é de tão mau gosto eu só posso supor que tenha sido deliberadamente projetado para ofender”.

Destacando, acima de tudo, que a variante lacaniana não foi contemplada entre as possíveis terapias e acrescentando de modo igualmente necessário que a posição de “jogador” não dá direito de acesso ao saber freudiano, resta sobretudo a condenação ética ao imperdoável nazismo, mas também a dúvida sobre o profissionalismo dos participantes. Cabe acrescentar, porém, que, desde sempre, a ironia, o paradoxo, o sarcasmo, a paródia afetam também o histórico cenário do Mal absoluto.

Alguém certamente se lembrará da extraordinária propaganda apócrifa da Mercedes, em que precisamente Hitler menino acabava sendo atropelado pelo carro, e, sobretudo, no momento do impacto, dos gritos de desespero da mãe. Pelo seu “pequeno” e indefeso Adolf, ali brincando no ambiente da infância em Linz, na Áustria. Também nesse caso o sarcasmo, a ironia, o paradoxo da virtual execução preventiva contribuíam para um necessário Nuremberg adicional, ainda que fílmico, literário, fantasmagórico ou como se quiser chamá-lo.

Além disso, é preciso mencionar o romance “Ele está de volta” (Ed. Intrínseca), do escritor alemão Timur Vermes, que deu origem ao filme homônimo; na Itália, ele foi recriado até substituindo Mussolini pelo homólogo germânico, que havia sido seu “aluno” político. Também neste caso, como um rosto de capa, Hitler volta a si mesmo e, inversamente, à reflexão sugerida pelo seu simples trânsito trágico e sangrento na história do “Século Breve”.

À margem, além disso, o outro caso de “A vida é bela”, de Roberto Benigni: também então, a despeito do Oscar, abriu-se uma querela, naquele caso não imprópria, sobre a banalização de um lugar de morte como Auschwitz.

 

 

Pensando nisso, até mesmo Russ Meyer, o lendário cineasta estadunidense ruidosamente anticonformista, no limite da pornografia, em “Up”, situa um sósia precisamente de Adolf Hitler no centro da cena, que, entre muitas outras coisas, tem o privilégio de ser sodomizado pelo protagonista travestido de lenhador. Em suma, a história é mais complexa do que qualquer tentativa de purificação.

Eu mesmo, em um romance, “Intanto anche dicembre è passato”, tentei imaginar um Hitler sobrevivente aos dias do Bunker, que acabava até em Palermo, hóspede dos meus avós, lidando com um trabalho de pintura do nosso apartamento. Uma pena que o incauto Adolf, uma vez na Sicília, terá a escassa perspicácia de entrar em um relacionamento com Lucilla, que trabalha como caixa e é cunhada de um chefão da máfia. Este último achará intolerável a história de uma ex-parente adquirida com um desconhecido senhor alemão, a ponto de decretar a sua morte por “incaprettamento”.

Uma pena que, ao cometer esse delito, os mafiosos não compreenderão que executaram um criminoso da história e que, no mínimo, mais mesquinhamente, suprimiram quem tinha se permitido violar um pacto conjugal e familiar. A ironia, evidentemente, não é para todos. Nem para os nazistas nem para os mafiosos.

Em todo o caso, o fetiche de Hitler continuará inspirando todos os teatros literários, com mais razão na ausência das coordenadas exatas da sua morte misteriosa e do seu próprio túmulo ausente a todo o olhar. A pergunta sobre o jogo, e em parte já se disse isto, deveria dizer respeito ao profissionalismo dos seus participantes: na realidade, quem nunca leu sequer uma simples linha de Sigmund Freud, sem falar até de Wilhelm Reich, poderá se considerar apto a desafiar o monstro e a suástica?

 

Leia mais

  • Banalidade do Mal. Revista IHU On-Line, Nº. 438
  • Shoah, a experiência cinematográfica subvertida para retratar o horror do nazismo
  • O Holocausto e o dever da memória
  • Bauman, o Holocausto e o nexo entre horror e modernidade. Artigo de Donatella Di Cesare
  • Teologia do Holocausto: reflexões sobre o massacre nazista
  • Historiador alerta para as sombras do nazismo
  • O mal não é banal. Eichmann antes do processo de Jerusalém
  • As origens ideológicas do nazismo
  • O nazismo como essência da pós-modernidade
  • O Nazismo segundo Heidegger: “Hitler desperta nosso povo"
  • O mal não é banal. Eichmann antes do processo de Jerusalém
  • Memória do Holocausto. Como desfazer a banalidade do mal
  • Sobre a banalidade do mal
  • Holocausto. “Com o passar do tempo, fica cada vez mais difícil acreditar, é uma monstruosidade inaceitável”. Entrevista com Edith Bruck

Notícias relacionadas

  • O papa e o primaz: espírito ecumênico, oração comum

    Uma comemoração "conotada por um profundo caráter ecumênico", que "já faz parte do espírito camaldulense contemporâneo". Fo[...]

    LER MAIS
  • A Igreja é multicultural? Um ponto de vista indiano

    Entre os 22 novos cardeais que receberão de Bento XVI o barrete no dia 18 de fevereiro, dez têm cargos na Cúria Romana. O grupo[...]

    LER MAIS
  • ''A crise dos abusos sexuais ainda não foi vencida''. Entrevista com Seán O'Malley

    Embora você não encontre nada a respeito em nenhum calendário litúrgico, o dia 6 de janeiro é um marco monumental para a Igre[...]

    LER MAIS
  • ''Escândalo da pedofilia escreveu o réquiem do catolicismo da Holanda''

    Além do luto pelas vítimas, as revelações sobre os abusos sexuais clericais na Holanda também se tornaram um réquiem, lament[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados