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Noam Chomsky: “Estamos em um período de extinções em massa”

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25 Mai 2021

 

A iminência da extinção é um dos eixos centrais que reúne o ativismo do século XXI. Os níveis de carbono na atmosfera, mais altos do que em qualquer ponto anterior da história humana, subiram rapidamente para mais de 400 partes por milhão, muito acima das 350 partes por milhão, consideradas um nível seguro. A destruição da vida na Terra não é um relato apocalíptico, produto da desmedida imaginação ambientalista ou de um grupinho perturbado da comunidade científica.

A reportagem é de Silvina Friera, publicada por Página/12, 23-05-2021. A tradução é do Cepat.

“Todos os anos, cerca de 30,5 milhões de pessoas se veem forçadas a se deslocar por causa de desastres naturais como inundações e tormentas. Trata-se de uma das consequências previstas do aquecimento global e significa quase uma pessoa por segundo, ou seja, muito mais do que aquelas que fogem por causa da guerra e o terrorismo. Na medida em que as geleiras forem derretendo e o nível do mar aumentando, algo que colocará em risco o abastecimento de água para um grande número de pessoas, esses números continuarão aumentando”, alerta Noam Chomsky, linguista, filósofo e cientista político estadunidense, um dos ativistas mais influentes do mundo, em Cooperación o extinción (Ediciones B) [Internacionalismo ou extinção, pela editora Crítica].

O livro – que pode ser lido junto com En llamas de Naomi Klein – reúne uma coletânea de textos que surgiram do Encontro com Chomsky, realizado em Boston, em meados de outubro de 2016, no exterior da histórica igreja de Old South, onde uma multidão de jovens se reuniu ao longo de dois quarteirões. A conversa daquela tarde tinha como título Internacionalismo ou extinção. O corpo principal do livro é o discurso original do autor de Hegemonia ou sobrevivência, Estados fracassados e Quem manda no mundo?.

Entre os materiais, está a transcrição de uma conversa, no mesmo encontro, com Wallace Shawn, um ativista comprometido, mais conhecido como dramaturgo e ator, e as perguntas formuladas pelos que participaram do encontro, com as respostas de Chomsky. Além da emergência climática, outros dois temas fundamentais foram a ameaça nuclear e o perigo representado pela fragilização do sistema democrático em todo o mundo.

Chomsky, que nasceu na Filadélfia, no dia 7 de dezembro de 1928, adquiriu sua primeira consciência política estimulado pelas leituras nas livrarias dos anarquistas espanhóis, exilados em Nova York. Tinha 11 anos quando publicou seu primeiro artigo sobre a queda de Barcelona e a expansão do fascismo na Europa.

Seu ativismo político iniciou com a mobilização contra a Guerra do Vietnã. Despertou interesse porque, como professor de linguística no Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), pertencia a uma universidade que pesquisou bombas inteligentes e técnicas de contrainsurgência para a Guerra do Vietnã.

Para Chomsky, extinção e internacionalismo estão associados em “um funesto abraço”, a partir de uma data precisa: 6 de agosto de 1945, quando o presidente dos Estados Unidos ordenou os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. A partir daquele fatídico dia, a humanidade entrou em uma nova era: a era atômica.

“O que não se percebeu então é que surgia uma nova época geológica que hoje conhecemos com o nome de Antropoceno, definida por um nível extremo do impacto humano sobre o ambiente”, explica o linguista estadunidense, e acrescenta que a era atômica e o Antropoceno constituem uma dupla ameaça para a perpetuação da vida humana organizada.

“Está amplamente reconhecido que estamos em um sexto período de extinções em massa. O quinto, há 66 seis milhões de anos, em geral, é atribuído ao impacto de um gigantesco asteroide contra a superfície da Terra, o que significou o fim de 75% das espécies do planeta. Este acontecimento colocou fim à era dos dinossauros e pavimentou o caminho para o apogeu dos pequenos mamíferos e, em última instância, dos humanos, há cerca de 200.000 anos.

Há tempo que não resta dúvidas sobre a capacidade dos seres humanos em destruir uns aos outros, em grande escala. O Anthropocene Working Group confirma que as emissões na atmosfera de CO2 (dióxido de carbono, o principal gás do efeito estufa de origem humano) estão aumentando na taxa mais alta, em 66 milhões de anos. Embora Chomsky não se detenha na análise de cada um dos dados disponíveis, concentra-se em alguns aspectos alarmantes.

“O degelo dos geleiras do Himalaia pode acabar com as reservas de água de toda a Ásia Meridional, ou seja, de vários milhões de pessoas. Só em Bangladesh, espera-se que nas próximas décadas emigrem dezenas de milhões pelo único motivo do aumento do nível do mar, por se tratar de uma planície litoral costeira. Será uma crise de refugiados que tornará os números atuais insignificantes, e trata-se apenas do início”, esclarece o linguista estadunidense, e recorda que os Acordos de Paris, alcançados na COP 21, em 2015, significaram um desenvolvimento dos esforços internacionais para evitar a catástrofe.

Deveriam ter entrado em vigência em outubro de 2016, mas a maioria republicana no congresso, conhecida por seu sistemático negacionismo, não se dispôs a aceitar nenhum compromisso vinculante. Sendo assim, surgiu um acordo voluntário que Chomsky qualifica como “muito mais frouxo”, pelo qual se chegou a uma resolução para reduzir gradualmente o uso de hidrofluorocarbonetos (HFC), gases do efeito estufa superpoluentes.

Para o linguista estadunidense, o Partido Republicano é a organização “mais perigosa em toda a história da humanidade”. O tamanho da cegueira é tão preocupante que Chomsky escolhe um fragmento para estimular o debate e, ao mesmo tempo, surpreender: “Não consigo imaginar limites para a ousada depravação dos tempos que correm, ao passo que os agentes do mercado se erguem como guarda pretoriana do Governo, em sua ferramenta e em seu tirano ao mesmo tempo, subornando-o com liberalidade e o intimando com suas estratégias de opções e exigências”. Esta citação foi pronunciada por James Madison, em 1791, vários anos antes de se tornar o quarto presidente dos Estados Unidos (1809-1817).

Não se pode esperar que as soluções cheguem dos sistemas de poder organizados, estatais ou privados. Para Chomsky, a chave está na mobilização popular e em um ativismo constante. “O ativismo popular pode ser muito influente, conforme vimos várias vezes. Há 40 anos, o compromisso dos ativistas coloca os problemas ambientais na agenda política, talvez não o suficiente, mas de forma crucial e significativa”, reconhece Chomsky em uma parte do livro.

Claro, existe um longo caminho entre o que é dito e o fato. O próprio autor revela como, apesar da drástica mudança no mundo posterior à Segunda Guerra Mundial, uma grande parte da população se manteve como antes: tradicional no cultural e pré-moderna em muitos sentidos.

“Para 40% dos cidadãos estadunidenses, o transcendental problema da sobrevivência da espécie não é muito relevante, já que Cristo voltará em algumas décadas, de modo que tudo será resolvido. Insisto: falamos em 40%”, ressalta Chomsky, sem perder de vista a importância da religião para uma significativa parcela dos cidadãos estadunidenses.

Chomsky comenta um livro de Arlie Hochschild (Strangers in Their Own Land), uma socióloga que foi morar em uma área pauperizada da Luisiana, durante seis anos, para estudar os habitantes internamente. Trata-se da zona profunda pró-Trump do país.

“Os produtos químicos e outros elementos poluentes derivados da indústria petroquímica estão causando graves danos para eles, mas se opõem completamente à Agência de Proteção Ambiental (...) Veem a Agência como um grupo de pessoas da cidade, com doutorado, que vai até lá e diz que não podem pescar, mas a indústria petroquímica nem os incomoda. Então, qual a importância? Não gostam que tirem o seu trabalho e digam, com aspecto culto, o que podem ou não fazer, enquanto se sentem assediados por toda a situação”, expõe Chomsky como um exemplo para que os ativistas saibam as razões profundas e as relutâncias que precisarão vencer. Não há tempo a perder frente ao desafio sem precedentes pela sobrevivência da civilização.

 

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