31 Março 2021
“A terrível prova da pandemia expôs os limites do nosso sistema socioeconômico.” É o que afirma a mensagem da Conferência Episcopal Italiana (CEI) para a festa do dia 1º de maio, na qual se constata que “no mundo do trabalho agravaram-se as desigualdades existentes e foram criadas novas pobrezas”.
A reportagem é do Servizio Informazione Religiosa (SIR), 30-03-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
“Ainda antes dela, o país aparecia dividido em três grandes categorias”, observam os bispos: “Uma composta por trabalhadores de alta qualificação ou, em todo o caso, protegidos e privilegiados que não viram a sua posição em risco. Eles puderam continuar desempenhando o seu trabalho a distância e até economizaram ao reduzir os deslocamentos durante o período de restrições de mobilidade”.
Uma segunda categoria, segundo a CEI, é composta por “trabalhadores em setores ou atividades de alto risco ou, em todo o caso, com possibilidade de ação reduzida que entraram em crise: comércio, espetáculos, restaurantes, artesãos, serviços diversos”. “A intervenção pública no front do seguro-desemprego, da facilitação do crédito, dos auxílios e da suspensão do pagamento de parcelas e obrigações fiscais aliviou em parte, mas não totalmente, os problemas dessa categoria”, diz a mensagem.
Por fim, um terceiro grupo “é representado pelos desempregados, pelos trabalhadores inativos ou irregulares e envolvidos em trabalho ilegal que acentua uma condição desumana de exploração”: “São os últimos – comentam os bispos – a viverem a situação mais difícil por estarem fora das redes oficiais de proteção oficiais do bem-estar social. Também se deve considerar que o governo bloqueou as demissões, mas quando o bloqueio for levantado a situação se tornará realmente dramática”.
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“A terrível prova da pandemia expôs os limites do nosso sistema socioeconômico”, afirmam bispos italianos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU