25 Março 2021
Pesquisa do Gallup, que realizou mais de 15 mil entrevistas ao longo de 2020 com pessoas de 18 anos ou mais, revelou que 5,6% d@s adult@s estadunidenses se identificam como lésbicas, gays, bissexuais ou transgêneros. Em 2017, eram 4,5%.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
O crescimento de american@s que se identificam como algo diferente de heterossexuais provavelmente continuará a aumentar, escreveu o edito sênior do Gallup, Jeffrey Jones, ao anunciar os resultados do levantamento.
Mais da metade dos adultos LGBT (54,6%) se declaram bissexuais. Quase um quarto (24,5%) afirmam ser gays, 11,7% se identificam como lésbicas, 11,3% como transexuais e outros 3,3% se entendem como não heterossexuais. A pesquisa permitia mais de uma resposta para a descrição d@ entrevistad@ sobre sua identificação sexual.
Um em cada seis adultos da Geração Z – pessoas nascidas entre 1997 e 2020 -, a grande maioria (72%) - se apresenta como LGBT, e a maioria delas se declara bissexuais. Quase um em cada dez adultos LGBT (9,6%) é casad@ com um cônjuge do mesmo sexo.
A pesquisa constatou que as mulheres (6,4%) são mais propensas do que os homens (4,9%) a se identificarem como LGBT. Mas não há diferenças educacionais significativas entre LGTB graduados universitários (5,6%) dos não graduados (5,7%).
Uma das principais razões que levou ao aumento da identificação de pessoas LGTB é o fato de que as gerações mais jovens são mais propensas a se considerarem outra coisa do que heterossexuais. Esse dado inclui cerca de um em cada seis membros da Geração Z. Um dos maiores avanços recentes nos direitos LBGT foi a legalização, pela Suprema Corte, em 2015, do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A pesquisa do Gallup constatou que 31% dos adolescentes e jovens adultos “concordam fortemente” que o “moralmente certo e errado muda ao longo do tempo, com base na sociedade”. Apenas 10% dos jovens pesquisados “discordam veementemente” da afirmativa. O relativismo moral é a “opinião da maioria” da Geração Z.
A Geração Z tende a não afirmar uma identidade religiosa. “Eles podem ser atraídos por coisas espirituais, mas com um ponto de partida muito diferente das gerações anteriores, muitas das quais receberam uma educação básica sobre a Bíblia e o cristianismo”, analisa Leah Marie Ann Klett para o Christian Post Reporter.
Mais: a porcentagem da Geração Z que se identifica como ateísta é o dobro da população adulta dos Estados Unidos. Três em cada quatro boomers são cristãos protestantes ou católicos, enquanto apenas três em cada cinco jovens de 13 a 18 anos afirmam que são algum tipo de cristão.
Adolescentes e jovens têm mais probabilidade do que americanos mais velhos de apontar o problema do mal e do sofrimento como um obstáculo para a crença em um Deus bom e amoroso. Adolescentes que se identificam como ateus (13%) é o dobro da população adulta (6%). Mais de um terço da Geração Z (37%) não tem certeza se Deus é real.
Mais da metade de todos os americanos, adolescentes (58%) e adultos (62%), concorda com a afirmativa de que “muitas religiões podem levar à vida eterna” e que “não existe ‘religião verdadeira’”. Na Geração Z vinga o sentimentos de que o que é verdadeiro para outra pessoa pode “não ser verdadeiro para mim”.
Analisando as conclusões da pesquisa Gallup para o The Christian Post, Ryan Ries, co-fundador do The Whosevers, movimento que busca levar a mensagem do Evangelho às escolas, declarou que por causa das redes sociais os jovens podem “pecar das formas mais radicais”.
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Jovens estadunidenses saem do armário - Instituto Humanitas Unisinos - IHU