Para o professor, a experiência da pandemia escancara que é preciso educar para promoção de justiça social, hospitalidade e cidadania global e digital
Entre todas as áreas drasticamente impactadas pela pandemia, a escola, sem dúvidas, tem lugar de destaque. A suspensão das aulas presenciais e a imposição do ensino remoto escancararam as desigualdades que vivemos e que se refletem no ambiente das escolas. O resultado é uma sombra dos chamados déficits de aprendizagem. O professor Rodrigo Manoel Dias da Silva reconhece o abismo que se abriu entre as realidades de muitos estudantes, mas observa que é preciso serenidade para encarar o tema. “Assumir imperfeições exige uma ética e uma pedagogia. O horizonte ético é reconhecer nossas fragilidades humanas e nossa vulnerabilidade coletiva – traços acentuados pela pandemia”, diz. Assim, compreende que “falar que retomaremos aprendizagens não significa supor que iremos realinhar déficits ou perdas, mas principalmente que devemos seguir novos caminhos”.
Na entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line, ele também observa que “importa destacar que essas ‘perdas’ são distribuídas socialmente de maneira muito desigual, ou seja, é possível afirmar que as experiências de aprendizagem (e de ensino) de 2020 foram atípicas para todos, no entanto as condições para enfrentar essas atipicidades foram muito distintas”. É por isso que, aponta o professor, escola e gestores devem estar ainda mais conectados com a realidade de cada um dos alunos. “Ao longo dos próximos dois anos letivos, no mínimo, devemos ‘calibrar’ planejamentos mais realistas, que sejam capazes de retomar aprendizagens parciais e, ao mesmo tempo, de ampliar repertórios científicos e culturais”, sugere. E adverte: “ainda não ressignificamos a escola. A maior parte de nós ainda espera encontrar a mesma escola que deixamos em abril do ano passado”.
Os desafios, claro, são enormes, e o professor os lista de forma prática. Mas é importante também que se compreendam as questões de fundo por trás desses desafios. “A escola pós-pandemia será desafiada pelo pertencimento, pelos territórios e pelo binômio respeito-valorização da vida em todas as formas”, destaca. E ainda enfatiza que “na situação brasileira, a escola emergente pós-pandemia somente será do século XXI se for capaz de enfrentar as desigualdades persistentes no meio educacional e social”. Ou seja, como em outros campos, a pandemia apressou uma série de transformações e precipitou ainda mais o que já parecia urgente. “Precisamos educar para a produção de uma cultura que promova a justiça social, a hospitalidade e a cidadania global e digital”, analisa.
Por fim, Rodrigo se diz otimista e acredita que seja durante, seja depois da pandemia, a escola continuará imprescindível para o desenvolvimento humanístico. “Tal como uma cerâmica japonesa, deixar as imperfeições à mostra é um gesto generoso consigo e com o mundo ao demonstrar (ou relembrar) que as cicatrizes são um legado, são patrimônios vivos. Vale para nós, para as instituições”, sintetiza.
Rodrigo Manoel Dias da Silva (Foto: Arquivo pessoal)
Rodrigo Manoel Dias da Silva é coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação da UNISINOS. Licenciado em Pedagogia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS, é mestre e doutor em Ciências Sociais pela UNISINOS. Suas pesquisas versam sobre Sociologia da Educação e Políticas Educacionais. Entre suas publicações, destacamos “Experiência e subjetivação política nas ocupações estudantis no Rio Grande do Sul” (Estudos Avançados, v. 34, p. 409-424, 2020) e “Questões urbanas e a agenda formativa da educação patrimonial” (Educação e Cultura Contemporânea, v. 16, p. 392-411, 2019).
IHU On-Line – 2020 é um ano para não ser esquecido sob inúmeros aspectos. Mas, no campo da educação, por que esse ano não deve ser esquecido? E pelo que deve ser lembrado?
Rodrigo Manoel Dias da Silva – Realmente, o ano de 2020 é um ano para não ser esquecido. Nossa geração ainda não havia experimentado um fenômeno de tamanha envergadura, tendo em vista que, até o momento, 90 milhões de casos foram confirmados e cerca de dois milhões de pessoas faleceram em virtude da Covid-19, no mundo [dados no momento em que o professor enviou as respostas da entrevista, em 11-01-2021].
De casos isolados na China aos nossos círculos de vizinhança ou a nós mesmos, a realidade é que experimentamos uma pandemia, geradora de crises econômicas, políticas e principalmente sanitária – a qual infelizmente ainda não podemos dizer que acabou. A experiência de dor e sofrimento ocasionada pelo adoecimento coletivo e pela morte ainda irá reverberar entre nós. A principal reação societária à pandemia foi o isolamento social, além da busca por medicações adequadas e pela vacina.
Tal isolamento transformou a organização e o funcionamento de diversas instituições, em todos os campos da vida. Na educação, experimentamos um conjunto de transformações, desde a necessidade de educação domiciliar até a digitalização das experiências escolares, a partir da mediação de técnicas e sistemas tecnológicos. Por um lado, as aulas remotas mostraram que estamos preparados para formas educacionais digitalizadas e que certos processos pedagógicos dependentes da presencialidade física talvez não precisem voltar ao seu “normal”. Por outro, a educação em 2020 evidenciou o quanto as desigualdades socioeconômicas e culturais interferem na escola e nas relações de aprendizagem. A pandemia nos mostrou faces perversas da exclusão escolar, social e digital.
IHU On-Line – Fala-se muito em perdas decorrentes da educação remota, medidas de distanciamento e alunos e professores fora da escola. Mas como o senhor mensura essas perdas? Afinal, que perdas são essas e quais os impactos futuros?
Rodrigo Manoel Dias da Silva – É difícil dimensionar quantitativamente essas perdas. Entendo que dois aspectos interferem nessa análise. Primeiro, que os efeitos da educação remota são observáveis em todos os setores da educação formal no Brasil e no mundo, da educação infantil à pós-graduação stricto sensu, tanto em redes públicas quanto em redes privadas. Segundo, que vêm sendo amplamente discutidos os efeitos psicossociais da pandemia sobre as populações escolares, principalmente crianças e adolescentes. Os dois traços analíticos acentuam que a pandemia trouxe efeitos universais à educação e à escola.
Importante nos interrogarmos o que significa “perdas” nesse cenário. Trata-se, na maior parte dos casos, de experiências de não-aprendizagem ou aprendizagem parcial ocasionadas pela ausência da relação cotidiana com professores e colegas. No entanto, importa destacar que essas “perdas” são distribuídas socialmente de maneira muito desigual, ou seja, é possível afirmar que as experiências de aprendizagem (e de ensino) de 2020 foram atípicas para todos, no entanto as condições para enfrentar essas atipicidades foram muito distintas.
A educação online alcança o estudante de escolas de alto padrão de forma muito diferente do estudante das camadas populares que frequentam a escola em nossas periferias urbanas. Inúmeras famílias dispunham de apenas um smartphone para que três ou quatro crianças acessassem suas aulas, considerando-se que o mesmo aparelho também era usado ao longo do dia por sua mãe para trabalhar. Para a maioria dos estudantes desse segundo grupo, a aprendizagem escolar foi uma realidade muito distante em 2020.
IHU On-Line – Quais os maiores desafios, falando em termos de Brasil, para superarmos essas perdas, esses efeitos da pandemia sobre a educação?
Rodrigo Manoel Dias da Silva – Diante do que vivemos até aqui, quando a escola voltar à presencialidade física encontrará sujeitos marcados por experiências subjetivas muito fortes. Nossos professores e estudantes viveram condições existenciais muito singulares em 2020. Não sei dimensionar o dado estatístico, mas tomamos conhecimento de inúmeros casos de adolescentes fragilizados por suas situações materiais e psíquicas, tentativas de suicídio, violência psicológica, violência doméstica, abuso sexual, além da insegurança de estar em uma sociedade marcada pelo medo.
As relações familiares se intensificaram pelas demissões, pelas jornadas de trabalho reduzidas e pelo home office, por vezes conduzindo à aceleração de conflitos domésticos, à dissolução de casamentos e recombinações familiares. Em alguns momentos, inclusive, discutia em minhas aulas na Unisinos que éramos românticos ao definirmos que em casa todos estariam protegidos.
O primeiro desafio é conhecer como os estudantes retornam à escola, sob vários aspectos (social, econômico, cognitivo e psicológico). As câmeras desligadas ao longo das atividades remotas podem configurar evidências de vários processos pedagógicos, do simples desinteresse pela escola à tentativa de silenciamento de realidades privadas. Precisamos conhecer o que aconteceu com nossos alunos ao longo desse ano.
Outra questão importante é construirmos um planejamento qualificado a fim de enfrentarmos as desigualdades escolares e a exclusão digital. Ao longo dos próximos dois anos letivos, no mínimo, devemos “calibrar” planejamentos mais realistas, que sejam capazes de retomar aprendizagens parciais e, ao mesmo tempo, de ampliar repertórios científicos e culturais. É possível afirmar que a gestão escolar terá grandes responsabilidades em 2021.
Por fim, 2020 mostrou os limites de nossa infraestrutura tecnológica. Tivemos muitos problemas com conexão à Internet, somados à ausência de suportes tecnológicos – notes, tabletes e smartphones – a todos. Necessário investir em tecnologia apropriada, mas também renovar os processos de formação de discentes e docentes.
IHU On-Line – Recentemente, o senhor publicou uma reflexão sobre a imperfeição, a necessidade de assumirmos que somos imperfeitos e incompletos. Seria o caso de assumirmos que 2020 foi o ano da imperfeição e finitudes e pararmos um pouco de, como no caso da educação, falarmos em perdas e déficits decorrentes da pandemia?
Rodrigo Manoel Dias da Silva – No final do ano, publiquei a crônica “Kintsugi e a filosofia da imperfeição”, no Jornal VS (16-12-2020). Desenvolvi a ideia de que 2020 é um ano para não ser esquecido, mas apreciado. Assumi o Kintsugi, técnica japonesa de restauração de cerâmicas, como metáfora para pensarmos que as imperfeições são importantes dimensões da vida humana. Sob certos aspectos, o Kintsugi se opõe aos valores e aos princípios da sociedade de consumo na qual vivemos – que Bauman corretamente definiu como capitalismo parasitário.
Assumir imperfeições exige uma ética e uma pedagogia. O horizonte ético é reconhecer nossas fragilidades humanas e nossa vulnerabilidade coletiva – traços acentuados pela pandemia. A pedagogia das imperfeições exige que reconheçamos que nossas experiências pedagógicas são incompletas e instáveis. Falar que retomaremos aprendizagens não significa supor que iremos realinhar déficits ou perdas, mas principalmente que devemos seguir novos caminhos. Tenho afirmado que a escola pós-pandemia é um projeto social em aberto, no qual precisamos discutir o que esperamos da escola, quais suas responsabilidades e como será seu funcionamento.
Tenho clareza que os investimentos metodológicos realizados nos últimos anos não nos prepararam para um evento crítico no qual a própria humanidade estaria em risco. Imagino que se tivéssemos investido em propostas metodológicas reflexivas e baseadas no autoconhecimento estaríamos mais preparados para enfrentar uma pandemia. Por outro lado, 2021 é um momento absolutamente favorável para que façamos isso.
IHU On-Line – Como uma “filosofia da imperfeição” pode contribuir para vermos outro horizonte depois da experiência da pandemia? E como aceitar a imperfeição sem cair no fatalismo e no desânimo?
Rodrigo Manoel Dias da Silva – Imperfeição, no contexto metafórico do Kintsugi, é um estado próprio à condição humana. Mais que uma técnica de restauro é uma filosofia de vida. Tal reconhecimento não deveria nos levar ao fatalismo e ao desânimo, mas deveria nos conduzir ao autoconhecimento e à percepção de nossos limites e possibilidades – individual e coletivamente.
A consciência da imperfeição seria o centro de uma pedagogia orientada pelos dilemas individuais e civilizatórios em cada tempo histórico, inclusive reconhecendo as contradições vividas até então. Nesse sentido, situações ou eventos críticos nos levam a reconsiderar o modo como vivemos e projetar o amadurecimento de novas formas de viver juntos.
IHU On-Line – De que forma a escola é ressignificada na experiência da educação em tempos de pandemia? E como, objetivamente, essa ressignificação se dá na escola pública e na privada?
Rodrigo Manoel Dias da Silva – Ainda não ressignificamos a escola. A maior parte de nós ainda espera encontrar a mesma escola que deixamos em abril do ano passado. Muitos colegas professores ainda ministram as mesmas aulas, com a mesma linguagem, apenas mediados por uma webcam e por um microfone. No entanto, a experiência escolar de 2020 nos trouxe importantes elementos para acompanharmos essa ressignificação (ou reelaboração, como prefiro) nos próximos anos.
Um elemento que precisa ser repensado é o objetivo da educação escolar. Não podemos mostrar insatisfação com a forma social em que vivemos, e seguirmos educando para a reprodução desse modelo. Se criticamos os traços insustentáveis, antiecológicos, consumistas, monoculturais e racistas de nossa sociedade e, em específico, de nosso país, precisamos educar para a produção de uma cultura que promova a justiça social, a hospitalidade e a cidadania global e digital.
IHU On-Line – Que professores e alunos o senhor viu emergirem dessa experiência que vivemos em 2020? E o que deve permanecer de práticas dessa experiência?
Rodrigo Manoel Dias da Silva – Sigo concordando com François Dubet que menciona que o projeto moderno de escolarização se corporifica nas relações entre professores e alunos. Os principais traços que organizavam a estrutura e o quadro de valores da escola dependiam substancialmente da relação pedagógica entre docentes e discentes.
Em 2020, observamos diferentes reações frente à sala de aula online e, grosso modo, sobre a educação escolar ofertada remotamente. Nas escolas públicas brasileiras, apesar da demora em oferecer alternativas em algumas redes e sistemas, observamos um esforço em acompanhar os estudantes, de professores entregando a cavalo atividades impressas e livros didáticos em municípios do interior do Rio Grande do Sul a mobilizações para redistribuir cestas básicas nas periferias urbanas.
Priorizou-se a socialização e o intento de mostrar que os estudantes não estavam sozinhos, num esforço bonito de solidariedade e integração social. Porém, por diversos fatores, as aprendizagens foram parciais. Se utilizarmos os parâmetros anteriores, ninguém aprendeu da mesma forma e com a mesma qualidade – tanto em instituições públicas quanto privadas.
A escola precisará reelaborar estratégias para promover o engajamento dos estudantes em 2021. A escola pós-pandemia será desafiada pelo pertencimento, pelos territórios e pelo binômio respeito-valorização da vida em todas as formas. Enfrentar seriamente essas interpelações exigirá que repensemos principalmente os processos de formação continuada dos professores.
IHU On-Line – Existem estudos e indicadores de aprendizagem que vinham insistindo que a escola já não estava cumprindo seu papel, que a educação precisava ser reformada e repensada, pois operávamos ainda com muitas lógicas do século XIX. Essa escola que emerge da pandemia é a escola do século XXI?
Rodrigo Manoel Dias da Silva – Provavelmente sim. É farta a literatura em Sociologia da Educação que explora os descompassos entre a escola do século XIX e os desafios da escola do século XXI. As promessas modernas e republicadas da escola europeia – crescimento econômico, mobilidade social e desenvolvimento científico e tecnológico – não foram capazes de garantir transformação social. Nos últimos dois séculos, a escola foi sendo remodelada, adequada ao tempo e ao espaço, mas perseverou na manutenção de desigualdades e na garantia de padrões desiguais de distribuição social do conhecimento. Por isso, costumamos designar essa escola como elitista, seletiva e excludente. A escola brasileira foi descrita com precisão por Anísio Teixeira no livro Educação não é privilégio, na década de 1950.
Pensando na situação brasileira, a escola emergente pós-pandemia somente será do século XXI se for capaz de enfrentar as desigualdades persistentes no meio educacional e social. Caso contrário, teremos uma escola hipertecnológica, mas presa ao século XIX.
IHU On-Line – O que o senhor destaca de mais positivo nas experiências da educação pública nesse tempo de pandemia? E o que considera como grandes equívocos?
Rodrigo Manoel Dias da Silva – A pandemia chegou de maneira rápida e surpreendente. Decidir como proceder frente ao isolamento social e organizar a educação pública e seus amplos contingentes de população não foi uma tarefa fácil. A infraestrutura das escolas mostrava-se insuficiente para o andamento presencial em seu cotidiano e, com certeza, sua estrutura tecnológica era precária. Mesmo assim, considero que algumas administrações municipais demoraram muito para definir um caminho e algumas estratégias.
Esse tempo mostrou que a escola é um organismo vivo, capaz de reorganizar-se de outros modos, com outro funcionamento e novos objetivos. Para avançar, precisa de investimentos mais consistentes e programas de formação continuada criativos e efetivamente capazes de ampliar o repertório formativo de professores e alunos.
IHU On-Line – A velha perspectiva da educação libertadora de Paulo Freire ainda vinha sendo apontada como saída para crises na educação, pensando e articulando os conteúdos escolares desde a realidade dos alunos. Como conceber essa perspectiva num momento de educação remota, de dificuldades de acessos e de tempo em que se fala em sistema híbrido de educação, mesclando aulas remotas e presenciais?
Rodrigo Manoel Dias da Silva – A obra de Paulo Freire nos oferece um horizonte ético para pensarmos uma educação humanista e crítica. Esse lugar é indiscutível. Porém, para discutir novas temáticas e realidades precisa ser cotejada à luz de abordagens contemporâneas, reelaborada a partir dos contextos e desafios atuais.
A ideia de práxis nos instiga à criação pedagógica de outras abordagens teóricas e metodológicas para repensarmos a educação.
IHU On-Line – Quais os desafios para animar professores e alunos para que concebam a escola como um lugar pulsante de vida, de ensino e aprendizagem mesmo diante de tantas dúvidas e incertezas sobre o ano de 2021?
Rodrigo Manoel Dias da Silva – Como epidemiologistas vêm nos advertindo, a possibilidade de uma vida “normal”, mesmo com a vacina, ainda é uma realidade distante. Muito provavelmente este ano letivo será híbrido ou presencial, o que se impõe como desafio central à educação e às políticas educacionais em 2021.
Contudo, este ano letivo será uma oportunidade radical para a renovação da escola e a potencialização de novas aprendizagens individuais e coletivas. Não significa questionar sobre seu futuro ou subestimar sua pertinência histórica, mas reconhecer suas imperfeições como artifício para justificar sua existência. Tal como uma cerâmica japonesa, deixar as imperfeições à mostra é um gesto generoso consigo e com o mundo ao demonstrar (ou relembrar) que as cicatrizes são um legado, são patrimônios vivos. Vale para nós, para as instituições.
Sou um otimista. Afirmo que em qualquer cenário social pós-pandemia a escola seguirá imprescindível.