17 Dezembro 2020
O Projeto Ajuri: Pela Vida na Amazônia, objetiva reduzir riscos de infecção por Covid-19 em comunidades mais vulneráveis de 11 municípios amazônicos (Coari, Tefé, Maraã, Alvarães, Fonte Boa, Juruá, Uarini, Parintins, Itacoatiara, Silves e Itapiranga), 2 Dioceses (Coari e Parintins) e 2 Prelazias (Tefé e Itacoatiara), através da orientação popular para promoção de higiene, de distribuição de kits de higiene e prevenção. Além da implementação de tecnologias sociais de acesso à água que são afetadas com as secas da Região.
As informação foram enviadas por Luis Miguel Modino.
Serão 5 mil famílias, aproximadamente 25 mil pessoas atendidas pela promoção de kits de higiene e prevenção nas áreas onde o impacto da Covid-19 é severo e a transmissão é generalizada. O projeto beneficiará 125 famílias com a implantação de sistemas sociais de acesso à água através da captação das chuvas.
(Foto: Divulgação/Facebook Projeto Ajuri)
“O projeto Ajuri, na sua essência, já tem esse objetivo de dar resposta a situação da Covid-19 nas quatro regiões. A entrega dos kits serão distribuídos para que as pessoas tenham condições de lavagem de mãos, um dos elementos fundamentais para que a gente possa estar diminuindo a contaminação na região."
(Foto: Divulgação/Facebook Projeto Ajuri)
Além da entrega dos kits, as educadoras/es realizaram uma demonstração do uso devido das máscaras, repassaram orientações de higiene e da lavagem correta das mãos, segundo o protocolo básico dos “5 momentos críticos para lavagem de mãos”. Contribuiu com a atividade a Comissão constituída pelas comunidades e os agentes de saúde da área, que apoiaram na ação seguindo as recomendações Organização Mundial de Saúde (OMS).
(Foto: Divulgação/Facebook Projeto Ajuri)
Segundo a educadora da Cáritas, Tallyne Machado, que atuou na distribuição dos kits, as comunidades ficaram entusiasmadas com a chegada do projeto na região. “As Famílias ficaram contentes com as entregas dos produtos de higiene e com as orientações que foram repassadas e aguardam as outras atividades que serão realizadas pelo Projeto”, enfatiza a educadora.
(Foto: Divulgação/Facebook Projeto Ajuri)
O projeto é desenvolvido pela Cáritas Brasileira - Articulação Norte 1, em parceria com a Catholic Relief Services (CRS) e com apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID-BHA).
Os kits, que serão distribuídos ao longo de cinco meses nas regiões de abrangência do projeto, são compostos por um balde de 20 litros, para o armazenamento da água, sabão, álcool em gel, água sanitária e máscara. Segundo Jaime Conrado, Assessor Nacional da Cáritas Brasileira e coordenador do projeto Ajuri, a ação junto às comunidades ribeirinhas é de extrema importância para o atual contexto que o mundo atravessa, uma vez que democratiza o acesso a proteção.
(Foto: Divulgação/Facebook Projeto Ajuri)
Para informar a entrega dos Kits e a visita dos agentes Cáritas, os educadores de Coari utilizaram a rádio da diocese, uma vez que as comunidades são remotas e não possuem outra forma de comunicação. Para chegar às comunidades, a equipe percorreu aproximadamente 36 horas em um percurso feito totalmente de balsa, o que propiciou a melhor articulação nas entregas e aproximação às famílias mais distantes, que moram nas beiradas de grandes rios.
(Foto: Divulgação/Facebook Projeto Ajuri)
Durante a visita, algumas localidades não puderam ser acessadas devido à seca do rio, o que impossibilitou a ida dos educadores e educadoras até os moradores. Desse modo, os moradores desses lugares comprometidos pela seca receberam os kits e orientações no meio do rio, chegando de canoa até a balsa alugada pelo projeto.
(Foto: Divulgação/Facebook Projeto Ajuri)
Segundo a professora Dioneia da Silva, da comunidade Boa Fé, uma das contempladas pelo Projeto Ajuri pela Vida na Amazônia, os produtos distribuídos serão de grande importância nesse momento de crise, e ainda, fez um apelo: “Se a instituição que está promovendo o projeto puder enviar mais materiais de limpeza e algum produto para ajudar a filtrar a água, pois a água do Rio Copeá é muito contaminada”, disse a professora, enfatizando a dificuldade de acesso à água potável na região.
(Foto: Divulgação/Facebook Projeto Ajuri)
Para Adrielson Azevedo, biólogo e um dos educadores do projeto no Município de Coari (AM), o projeto está sendo um grande apoio às comunidades que estão distantes dos centros dos municípios e, que, muitas vezes, se encontram desassistidas. “São pessoas que fazem parte do nosso dia a dia, mas que muitas vezes são esquecidas pelo poder público. Vimos uma grande necessidade não só de promoção de saúde, mas, por incrível que pareça, vivemos na maior bacia hidrográfica do Brasil e do mundo e a maior necessidade do povo amazônico é de água potável”, salientou Adrielson, frente à contradição vivenciada pelos povos ribeirinhos do Amazonas.
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Projeto Ajuri pela Vida na Amazônia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU