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09 Novembro 2020

“Os impérios colapsam por dentro e a população é o dado mais importante, embora muitas vezes é rejeitada por superestimarem a economia que, não poucos economistas acreditam, consiste apenas em uma soma de números e estatísticas, esquecendo que são as pessoas que produzem, consomem, desfrutam e sofrem nos inevitáveis ciclos da vida material”, escreve Raúl Zibechi, jornalista e analista político uruguaio, em artigo publicado por La Jornada, 06-11-2020. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Em períodos de profunda confusão como o que vivemos hoje, exacerbado por um tsunami de informações que obscurecem a compreensão, convém fixar a atenção naqueles dados que não dependem dos caprichos do momento e que encarnam tendências profundas. Não devemos nos limitar à informação econômica, que tem um peso considerável, mas não definidor.

Quero desenvolver alguns elementos para chegar à conclusão de que a decadência imperial é inevitável, independente de quem esteja à frente da Casa Branca nos próximos quatro anos. Donald Trump ou Joe Biden podem acelerar ou retardar tal decadência, mas de modo algum podem evitá-la. No mesmo sentido, a ascensão da China e da Ásia-Pacífico não depende de fatores de conjuntura, embora não vislumbro uma hegemonia chinesa, mas um mundo multipolar.

A tendência primordial é a que denomino fator humano, o estado da população. A sociedade chinesa é florescente, a população se viu beneficiada pelo desenvolvimento, melhorou seu nível de vida e tudo indica que continuará assim. Os habitantes dos Estados Unidos estão divididos, uma metade odeia a outra metade, uma parcela está doente e depende do consumo de drogas legais.

A China criou o maior sistema de seguridade social do mundo, com um atendimento médico básico que abrange 1,3 bilhão de pessoas, ao passo que as aposentadorias cobrem quase 1 bilhão. O sistema de saúde nos Estados Unidos não atinge o conjunto da população, é caro e inacessível para a metade das pessoas de ingressos menores.

Em meio século, a metade de baixo da população estadunidense empobreceu. Passou de um ingresso anual de 19.640 dólares, em 1970, para 27.642, em 2018, 42% a mais, mas sob a inflação. Um dólar de 1970 equivale a 6,82 dólares de hoje.

No extremo oposto, 0,1% da população multiplicou por cinco seus ingressos, ao passo que a classe média retrocedeu em menor medida, segundo um estudo do The Washington Post. Uma polarização impossível de sustentar. Uma sociedade desajustada, à deriva, desprotegida, que toma as armas para se defender.

A expectativa de vida na China hoje é de 76,7 anos. Era de 43, em 1960. Nos Estados Unidos é de 78,5 anos, mas está estagnada desde 2010 e cai levemente desde 2012, caso único entre os países desenvolvidos. Os Estados Unidos estão em 37º lugar no ranking mundial de expectativa de vida ao nascer, abaixo da maioria das nações europeias e atrás de países da América como Chile, Cuba e Costa Rica.

Nos Estados Unidos, as mortes por overdose de heroína quadruplicaram a partir de 2002. Enquanto nos anos 1960 o vício era alto nos guetos negros pobres, agora os novos consumidores são em sua imensa maioria brancos, segundo a Escola de Medicina Boonshoft, em Ohio.

Meio milhão de pessoas de 45 a 54 anos morreram por cirrose, suicídios, álcool e drogas, uma situação inédita que nunca havia afetado grupos demográficos em países desenvolvidos, com exceção da epidemia de HIV, afirma um estudo da Universidade Princeton.

O consumo de drogas pesadas disparou entre as classes médias, com forte incidência nas cidades industriais em decadência pela transferência da indústria para a China, Ásia e América Central. Enquanto o peso do setor financeiro no Produto Interno Bruto duplicou a partir de fins dos anos 1990, metade da população de 25 anos vive com seus pais porque não pode se tornar independentes, frente a 25%, em 1999.

Os impérios colapsam por dentro e a população é o dado mais importante, embora muitas vezes é rejeitada por superestimarem a economia que, não poucos economistas acreditam, consiste apenas em uma soma de números e estatísticas, esquecendo que são as pessoas que produzem, consomem, desfrutam e sofrem nos inevitáveis ciclos da vida material.

Fernand Braudel expressou que os acontecimentos são pó, porque estava convencido que a curta duração é o mais caprichoso de todos os tempos, que devemos dar prioridade aos tempos longos e às continuidades, para compreender melhor as guinadas. A consideração é válida para avaliar os resultados eleitorais nos Estados Unidos.

Mais importante que o nome do inquilino vencedor é que em sete meses foram vendidas 19 milhões de armas, 91% a mais que no mesmo período de 2019, e que dias antes da votação muitos comércios se protegeram com cercas por medo da violência pós-eleitoral.

O Instituto de Política Econômica dos Estados Unidos afirma que as remunerações aos chief executive officer (CEO) das 350 principais empresas são hoje 320 vezes superiores ao salário médio de um trabalhador, ao passo que em 1989 a diferença de renda era de 61 a 1. A diferença salarial cresceu cinco vezes, em duas gerações.

Até a desigualdade tem limites. A partir de certo limiar, como devemos aprender da história, torna-se uma bomba-relógio.

 

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