Entregadores anunciam ação global contra a exploração da economia de plataforma

Fonte: Flickr

Mais Lidos

  • “A América Latina é a região que está promovendo a agenda de gênero da maneira mais sofisticada”. Entrevista com Bibiana Aído, diretora-geral da ONU Mulheres

    LER MAIS
  • A COP30 confirmou o que já sabíamos: só os pobres querem e podem salvar o planeta. Artigo de Jelson Oliveira

    LER MAIS
  • A formação seminarística forma bons padres? Artigo de Elcio A. Cordeiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

02 Outubro 2020

Entregadores de empresas como Uber, Lift e Cabify anunciam uma ação global no próximo dia 8 de outubro, em doze países simultaneamente, incluindo Estados Unidos, México, Alemanha, França, Colômbia, Brasil e Espanha.

A reportagem é publicada por El Salto, 30-09-2020. A tradução é do Cepat.

Em entrevista coletiva online, na qual participaram organizações sindicais e sociais de diversos países, anunciaram uma série de ações em cada um dos territórios. Milhares de trabalhadores organizados nessas associações vão sair às ruas para realizar manifestações, reuniões e paralisações de trabalho exigindo "o fim da exploração da economia de plataforma e que os direitos básicos dos trabalhadores sejam protegidos".

A data não é acidental. O dia 8 de outubro é a data escolhida para que os residentes da Califórnia comecem a votar pelo correio na iniciativa promovida pelas empresas Uber e Lyft, a Proposição 22. Em votação que coincidirá com as eleições presidenciais dos Estados Unidos, será decidido qual deve ser a classificação adequada dos entregadores, se são empregados diretos da empresa ou autônomos.

“A Proposição 22 permitirá que empresas como Uber e Lift continuem fazendo o que quiserem”, declarou Martín Manteca, da Mobile Workers Alliance (MWA), durante a coletiva de imprensa. “É por isso que essas empresas estão financiando a campanha de Trump", lamentou.

Uber, Lyft e outras empresas da economia de plataforma gastaram 181,4 milhões de dólares na campanha a favor da Proposição 22, que visa impedir que a lei californiana AB 5, aprovada em setembro de 2019, reconheça o trabalho de motoristas e entregadores de empresas que trabalham com aplicativos e os considere empregados contratados e não como independentes e autônomos.

Na Espanha, a recente decisão do Supremo Tribunal Federal que obriga a empresa Glovo a reconhecer um dos entregadores como trabalhador assalariado voltou a colocar o conflito deste tipo de empresa e os falsos autônomos em debate público. Os Riders x Derechos, organização de entregadores das empresas de economia de plataforma, anunciou que vai participar dos protestos do dia 8 de outubro.

Leia mais