Economia de Francisco. O encontro de Assis novamente foi adiado

Reprodução do logo do evento "A economia de Francisco", disponível na página do Facebook do evento.

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

31 Agosto 2020

Foi planejado como o grande encontro para apresentar um novo modelo econômico, mais humano, mais centrado na pessoa e suas necessidades, mas o coronavírus o obrigou a ser adiado, mais uma vez. Como Religión Digital pôde confirmar com exclusividade, o encontro “A Economia de Francisco”, convocado pelo Papa e que seria realizado em Assis, na Itália, de 19 a 21 de novembro, foi adiado para novembro do próximo ano.

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 29-08-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

A decisão foi tomada no sábado, 29-08, pelo comitê central de Assis, que também anunciou que este ano será realizado um evento virtual, do qual o próprio papa Francisco participará on-line. Bergoglio confirmou que comparecerá pessoalmente a essa reunião em novembro de 2021, originalmente marcada para o final de março, mas que a pandemia obrigou a adiar para novembro.

O evento contaria com a participação de alguns especialistas, como o economista e filósofo indiano, prêmio Nobel de Economia 1998, Amartya Sen; o economista e ensaísta americano, da Universidade de Columbia, Jeffrey Sachs; e o economista e banqueiro bengali Muhammad Yunus, vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2006, também conhecido como o banqueiro de Deus.

Ao convocar o evento, Francisco declarou que “não há razão para ter tanta miséria. Necessitamos construir novos caminhos”. Na verdade, não faltam recursos nem dinheiro no mundo, o que falta é justiça e partilha. Hoje, 1% da população mundial possui mais riqueza do que os 99% restantes.

Em sua carta, Bergoglio convidou jovens empresários, economistas, a Assis para fazer um pacto, no espírito de São Francisco, para que a economia de hoje e de amanhã seja mais justa, fraterna, sustentável e com uma nova liderança dos excluídos de hoje.

Novos caminhos contra a desigualdade e a exclusão

Este pacto visa a construção de novos caminhos que permitam a solução dos problemas estruturais da economia mundial. Para isso, é preciso questionar as “leis” econômicas que produzem desigualdade e exclusão, para entender que são fruto de decisões políticas e que, portanto, podem ser questionadas e transformadas.

Trata-se de construir uma nova economia feita sob medida do homem e para o homem. Em suma, o objetivo do Santo Padre é que tenhamos uma economia no mundo que seja socialmente justa, economicamente viável, ambientalmente sustentável e eticamente responsável. No evento online de novembro, certamente já com a publicação da encíclica 'Somos todos irmãos', serão lançadas as bases para que, em 2021, surja um novo modelo econômico para todos, quem sabe.

Leia mais