28 Julho 2020
Com a reabertura ao público de muitas lojas, alguns comerciantes estão adotando medidas abrangentes para proteger tanto os funcionários como os clientes, inclusive com a instalação de novas tecnologias projetadas para impedir a propagação do coronavírus.
A reportagem é de Bethany Biron, publicada por Business Insider, 27-07-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.
Entrar em uma loja poderia ser profundamente diferente em relação a como era antes da pandemia - com limites de aglomeração, dispensadores de desinfetantes para as mãos e máscaras -, mas tecnologias não invasivas e discretas estão trabalhando nos bastidores de outras maneiras para impedir a disseminação.
Demos uma olhadinha de perto nos sistemas de prevenção altamente tecnológicos - variando de monitores para a densidade dos espaços até a medição não invasiva da temperatura corporal - que estão aparecendo nos espaços comerciais do país.
Quando a Saks da Fifth Avenue reabriu em Nova York no mês passado, apresentava novos recursos de segurança e higiene, com uma integração particularmente relevante – a desinfecção ultravioleta de corrimãos.
A luz ultravioleta que emana das escadas rolantes da ampla loja de departamentos é apenas uma das muitas tecnologias emergentes para impedir a propagação do coronavírus que está surgindo nas lojas. Esses sistemas de prevenção de vírus - que variam de monitores para a densidade dos espaços até a medição não invasiva da temperatura corporal - estão evoluindo em um setor em expansão.
Ao entrar em uma loja, um consumidor médio não percebe imediatamente essas tecnologias, mas apenas discretas integrações. Aqui está o que você poderia ver - ou não - durante suas próximas compras.
Uma dessas tecnologias discretas é o Density, que controla a ocupação do espaço com a ajuda de sensores que medem a intensidade e os padrões corporais dos clientes que passam pelas portas de entrada dos espaços públicos. Segundo Aleks Strub, diretor de marketing da Density, esses sensores se comunicam para fornecer análises em tempo real dos clientes e ajudar os funcionários a evitar aglomerações, permitindo a aplicação do distanciamento social.
Strub diz que o sistema não emprega câmeras e é "completamente anônimo", algo importante para os clientes que se tornaram particularmente atentos a problemas que envolvem as tecnologias de reconhecimento facial. Quanto aos tipos de espaços, Strub diz que o serviço foi particularmente apreciado nas fábricas de processamento de carnes sob os holofotes no início do ano, como focos de coronavírus, bem como as lojas de departamentos e os cassinos.
Outra parte importante do controle do público é a verificação da temperatura corporal para controlar a febre. Enquanto muitos comerciantes começaram a adotar políticas de controle de temperatura dos funcionários antes de seu turno, outros implementaram tecnologias de varredura térmica para detectar e limitar em tempo real pessoas potencialmente doentes.
Daniel Putterman - CEO da Kogniz, uma plataforma de segurança para a temperatura que usa a IA para rastrear febre a distância - acredita que tecnologias como a sua se tornarão normais no futuro, assim como os protocolos de segurança reforçados nos aeroportos após os ataques de 11 de setembro empregados até hoje.
“Por que você deveria desmontar seus controles de temperatura em um ano? Seria como dizer: 'Bem, por um tempo não houve atentados terroristas, então possamos largar todos todos esses procedimentos de segurança dos transportes, pois tudo está correndo bem'”, diz explica. "Estamos tentando instalar tecnologias em escritórios e outros ambientes que possam ser permanentes e possam nos ajudar a recuperar um senso de normalidade".
Algumas mudanças no varejo, como sistemas de desinfecção por ultravioleta, serão mais interativas para clientes e funcionários. Além da tecnologia usada para os corrimãos da Saks da Fifth Avenue, empresas como a Vioguard vendem sistemas que eliminam bactérias de artigos como celulares, tablets, teclados e canetas - que são de uso comum nos espaços comerciais, tanto entre clientes que circulam para fazer as compras, como entre os funcionários que gerenciam os pontos de venda.
Mark Beeston, vice-presidente de vendas e marketing da Vioguard, diz que a tecnologia de uso médico tem sido usada nos sistemas hospitalares por sua capacidade de "bombardear patógenos, quebrar seu DNA e torná-los inofensivos". Agora está evoluindo para uso comercial, como em joalherias, onde as pessoas experimentam regularmente os produtos na própria pele, permitindo reduzir tempos, recursos, desperdício e, em última análise, o erro humano que pode ocorrer com a higienização manual.
"São produtos fáceis de usar - não há interruptor, basta abrir a porta, colocar seu [celular ou tablet], fechar a porta e funciona matando os agentes patógenos", diz ele. "Não há calor nem exposição à luz UV; portanto, não há necessidade de equipamentos de proteção específicos".
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De raios UV ao termômetro baseado na IA, as tecnologias emergentes para impedir a disseminação do coronavírus nas lojas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU