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26 Mai 2020

"Hoje, a catástrofe sanitária e humanitária global causada pela pandemia de Covid-19 nos leva de volta à "grande crista da história". Somente uma solução universal solidário-fraterna que coloque na agenda uma forma de governo mundial poderá nos salvar", escreve Fulvio De Giorgi, historiador italiano, professor de história da pedagogia da Universidade de Modena e Reggio Emilia e ex-membro do Conselho Pastoral Diocesano da Igreja de Milão, em artigo publicado por Avvenire, 23-05-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

Há um século, em 23 de maio de 1920, o Papa Bento XV publicou a grande encíclica Pacem Dei munus: o contexto era o da dolorosa situação econômico-social causada pela Primeira Guerra Mundial, ainda por cima agravada pela pandemia da gripe "espanhola" que, entre 1918 e 1920, causou dezenas de milhões de mortes em todo o mundo (600 mil apenas na Itália). O papa observava: "Estamos diante de imensas regiões desoladas e esquálidas, multidões reduzidas ao extremo, a ponto de não terem pão, roupas e um lugar para dormir; [...] uma enorme multidão de seres debilitados”. Porém, ele afirmava: “Nunca houve um tempo em que fosse mais necessário ampliar os limites da caridade do que nestes dias de angústia e dor universais; nem a humanidade jamais precisou tanto daquela beneficência comum que floresce do amor sincero pelo próximo”. E justamente enquanto, entre dificuldades, a Liga das Nações estava nascendo, o Papa almejava um "vínculo universal dos povos" e declarava desejável que, tendo cumprido os deveres da justiça e da caridade, todos os Estados "se unissem em uma única sociedade, ou melhor, família dos povos, tanto para garantir sua independência quanto para proteger a ordem do consórcio civil". E para esse fim, ele propunha "reduzir, se não for possível abolir, as enormes despesas militares".

Depois dessa encíclica do Papa, houve dois grandes e trágicos momentos de crise mundial: a Grande Depressão, iniciada em 1929, e a Segunda Guerra Mundial (1939-45). Saímos dessas duas crises de modo sensivelmente distinto. Os efeitos devastadores da crise financeira e econômica, que começaram com a queda da Bolsa de Wall Street, levaram a um choque psicológico e ético-político que causou grande medo e a vitória de soluções "soberanistas", ou seja, nacionalista-imperialista: na Alemanha, teve a ascensão de Hitler ao poder e a ascensão do totalitarismo nacional-socialista; as outras potências europeias (Grã-Bretanha e França) tentaram superar os problemas, descarregando-os nas colônias, também a Itália fascista e, sobretudo, o Japão, desenvolveram um imperialismo expansionista; um crescimento das indústrias das armas acompanhou esses processos. No entanto, essa solução soberanista - o oposto do que o Papa esperava – se revelou tragicamente contraditória e negativa, enfraquecendo progressivamente a já frágil Liga das Nações e finalmente desembocando na Segunda Guerra Mundial, que representou - obviamente - uma catástrofe humanitária de proporções excepcionais. Dessa segunda crise mundial, porém, graças à derrota das potências do Eixo, saímos de uma maneira totalmente diferente. Hoje, fala-se muito sobre o Plano Marshall e algo semelhante é invocado para o mundo pós-coronavírus. Mas aquele Plano (que dizia respeito à Europa) aconteceu em um contexto geral muito preciso: e esse é precisamente o aspecto histórico mais relevante e também o mais instrutivo para os dias de hoje e o mais atual.

A solução para a grave crise humanitária provocada pela Segunda Guerra Mundial foi a das "Nações Unidas": o nascimento da ONU, como o primeiro embrião de um sistema institucional de governo mundial. Assim surgiu a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Em suma, não uma solução soberanista, mas uma solução solidário-fraterna: fundada na irmandade universal da humanidade, que havia chegado ao limiar do possível suicídio atômico. Essa é a "grande crista da história" sobre a qual falou Giorgio La Pira.

As grandes escolhas que, nas décadas seguintes, foram realizadas, amadureceram dentro dessa visão básica geral: o compromisso entre capitalismo e democracia, com uma regulamentação social da economia e o progressivo desenvolvimento do Estado de Bem-Estar Social, o início do processo de unidade europeia, a descolonização. Até a guerra fria permaneceu justamente "fria" porque foi travada e, de alguma forma, restringida por esse paradigma geral.

A globalização neoliberal, que dominou o final do século XX e o início do XXI até hoje, fortemente desestruturou e deslegitimou aquela solução solidário-fraterna: não conseguiu anulá-la completamente, mas a enfraqueceu significativamente. De modo que, diante da crise econômico-financeira iniciada em 2007-2008, a solução solidário-fraterna, que teria sido a mais adequada, não conseguiu se impor. Ao contrário, surgiram posições neo-soberanistas agressivas e impetuosas que minaram ainda mais (e até zombaram) os próprios ideais da fraternidade humana e da solidariedade universal: basta considerar a atitude de muitos países do norte do mundo em relação ao êxodo dos migrantes pobres e perseguidos do hemisfério sul.

Hoje, a catástrofe sanitária e humanitária global causada pela pandemia de Covid-19 nos leva de volta à "grande crista da história". Somente uma solução universal solidário-fraterna que coloque na agenda uma forma de governo mundial poderá nos salvar. Ainda é um pontífice, o Papa Francisco, que indica o caminho com tenacidade e fortes argumentos e ao seu lado - apesar das sérias dificuldades dessa grande instituição supranacional e multilateral -, dessa vez está o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. Os persistentes dogmas neoliberais e as recorrentes pseudo-soluções soberanistas (com a implícita ideia neo-imperialista de descarregar os problemas sobre os mais pobres do mundo) seriam um erro trágico e fatal, que a humanidade não pode se permitir.

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