11 Mai 2020
“Atônitos”. Os bispos alemães, como a grande maioria dos católicos do mundo, assistem perplexos ao novo espetáculo que estão dando os ultras comandados pelo ex-núncio Viganò, nesta ocasião secundado pelos cardeais Müller e Zen. Não por Sarah, que depois de assinar um manifesto acusando os governos de utilizar a pandemia para atacar o culto, voltou atrás. Não em vão, e ninguém sabe o porquê, continua sendo prefeito do Culto Divino, em Roma.
A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 11-05-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
“A Conferência Episcopal Alemã geralmente não faz comentários sobre a chamada dos bispos individuais fora da Alemanha”, disse o presidente do episcopado Georg Bätzing, quem, não obstante, deixou claro que as restrições “são razoáveis e responsáveis” e que devem ser relaxadas “com responsabilidade e juízo”, segundo explica a agência de notícias da Igreja alemã.
“Estou atônito pelo que está se difundido em nome da Igreja”, destacou o vigário geral de Essen, Klaus Pfeffer. “Qualquer um que tenha assinado essa declaração expõe a si mesmo. Teorias da conspiração sem provas, é uma retórica populista de direitas que dá pânico”.
No manifesto, três cardeais, vários bispos e um pequeno grupo de católicos criticaram as medidas de confinamento, que apelidaram de “desculpa” para “restringir as liberdades fundamentais de maneira desproporcional e injustificável”, entre elas, a liberdade religiosa.
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Os bispos alemães, “atônitos” diante das teorias da conspiração de Müller, Viganò e os ultraconservadores - Instituto Humanitas Unisinos - IHU