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A profecia de Caifás. Artigo de Raniero La Valle

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08 Abril 2020

É preciso voltar a Caifás, a quem o evangelista João, reconhecendo sua autoridade como sumo sacerdote, considera como um profeta, apesar dele mesmo: ele “profetizou que Jesus ia morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para reunir juntos os filhos de Deus que estavam dispersos”.

A opinião é de Raniero La Valle, jornalista e ex-senador italiano, em artigo publicado em Chiesa di Tutti, Chiesa dei Poveri, 06-04-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Não se pode celebrar esta Páscoa impunemente sem se perguntar o significado do oceano de sofrimentos no qual o mundo inteiro está imerso hoje e sem se perguntar o significado da própria Páscoa.

Por si só, o evento que deu origem à Páscoa foi um evento de violência comum, historicamente irrelevante (de fato, não anotado pelos historiadores da época), por ser semelhante a infinitos outros sofrimentos e mortes infligidos ao longo do tempo, de condenação em condenação, de genocídio em genocídio, até agora.

Sua razão também não era inusual, mas, pelo contrário, bastante comum, como fica evidente a partir da motivação de um suposto interesse geral, que lhe foi dada por Caifás, para quem era preciso “eliminar esse homem”, como o Papa Francisco resumiu a situação na homilia em Santa Marta, com uma eficaz linguagem não religiosa que teria agradado a Bonhoeffer.

De fato, o que foi posto em campo foi uma “razão de Estado”, como depois ocorreria infinitas outras vezes na história. Segundo o Sinédrio, Jesus teria posto em risco a relação com os odiados ocupantes romanos, que viriam e destruiriam o templo e a nação. Portanto, na percepção dos judeus, tratava-se de um perigo a ser removido (“é melhor um só homem morrer pelo povo, do que a nação inteira perecer”), não de um sacrifício expiatório a ser oferecido em holocausto. A leitura da morte de Jesus como sacrifício é uma leitura cristã, que vem da assimilação mística de Jesus ao servo sofredor.

Por que, então, um evento historicamente tão comum e serial teve um impacto tão poderoso a ponto de dividir até mesmo a história profana do mundo e de ser registrado como disruptivo até mesmo por parte de quem não compartilha a fé na ressurreição?

É preciso voltar a Caifás, a quem o evangelista João, reconhecendo sua autoridade como sumo sacerdote, considera como um profeta, apesar dele mesmo: ele “profetizou que Jesus ia morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para reunir juntos os filhos de Deus que estavam dispersos”.

A primeira parte desta profecia não se realizou, porque, na verdade, os romanos foram e destruíram o templo e a nação, mas a segunda, em vez disso, se realizou, porque o abraço de Deus foi reconhecido como estendido pelos judeus a todos os povos. Ora, isso ocorreu precisamente porque, ao aceitar a morte, Jesus desconstruiu e invalidou para sempre, pregando-a na cruz, a lei (“o quirógrafo”, como Paulo a chama) do sacrifício. Era a ideologia para a qual o sofrimento e a morte eram tributados a Deus como expiação pelos pecados, algo que, uma vez superados os sacrifícios humanos, era representado no sacrifício do bode expiatório e, ritualmente, do cordeiro pascal.

Essa construção humana que fazia de Deus alguém que recebia satisfação e louvor a partir da dor tornava-se impossível de conceber quando quem vestia sobre si os pecados era o próprio Deus e quando quem sofria era aquele mesmo Deus a quem esse sofrimento teria sido devido.

Deus já havia anunciado: “Misericórdia é o que eu quero, e não sacrifícios”, mas Jesus torna isso irrefutável ao revelar sua própria relação com o Pai. Ele não diz apenas: “Aquilo que vocês fizeram a um desses pequeninos, foi a mim que o fizeram”, mas também diz: aquilo que vocês fazem a mim, é ao Pai que o fazem.

De fato, esse é o tema da controvérsia com os sumos sacerdotes e os fariseus, a sua relação com o Pai: “Eu e o Pai somos um”; e é isso que pôde ser expresso depois na fórmula cristológica “Unus de Trinitate passus est”.

A partir desse momento, nenhum sacrifício pode ser imputado a Deus, nenhuma morte pode ser infligida em seu nome, nenhum sofrimento pode ser causado para agradá-lo – e não só os sofrimentos impostos aos outros, mas também os infligidos a si mesmos, algo muito distante da compreensão de um São Pedro Damião, que afligiu toda a Igreja, espalhando a ideia de uma ascese autopunitiva selvagem.

E precisamente esta é a boa notícia: não há sofrimento algum que possa ser relacionado com um comprazimento de Deus; e, como Deus é o bem, nenhum sofrimento pode ser infligido pelo bem. A pena de morte já está condenada até pelo Catecismo.

Certamente, o sofrimento permanece, e muito se aprende ao sofrer, e às vezes ele se espalha, sem responsabilidade de ninguém; e há também um sofrimento que é a consequência indesejada de escolhas e comportamentos justos e necessários; mas nenhum sofrimento pode ser desejado diretamente como tal ou imposto por si mesmo.

Por exemplo, hoje o sofrimento causado pelas medidas tomadas contra o vírus é grande, mas ele é a condição e o efeito indesejado da luta contra a pandemia, certamente não é desejado por quem o impõe. Assim como a obstinação de manter as pessoas na prisão, de pedir que “a justiça seja feita”, de pensar que a justiça não é feita até que o réu sofra e, assim, equilibre a sua dívida – ou seja, até que se desencadeie a vingança, por mais civilizada que seja, por ser feita pelo Estado – é uma aberração.

Mas há outro aspecto da profecia de Caifás. A eleição divina de Israel se estendeu a todos os povos. E o que dizer da terra, cuja promessa estava ligada a essa eleição? Não é mais promessa?

Sim, a promessa permanece, mas ela também já está estendida a toda a Terra; ela não diz mais respeito apenas à terra de Canaã oferecida a um único povo, excluindo outros, mas é a promessa de toda a Terra a toda a humanidade como um todo; ninguém mais pode reivindicar posses exclusivas. A unidade da comunidade humana anunciada pela Páscoa traz consigo também a unidade da Terra, prometida não mais a um único povo, mas a todos, uma Terra curada onde correm leite e mel, onde se constroem casas que podem ser habitadas, onde se plantam vinhas e onde seus frutos podem ser desfrutados, onde se pode viver livre, e ninguém mais é estrangeiro.

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