Anastasios defende a “globalização da solidariedade”

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04 Abril 2020

A pandemia do coronavírus não afeta apenas a saúde, mas traz consequências econômicas devastadoras para nações periféricas. A resposta ao Covid-19 deve vir acompanhada também de uma “globalização da solidariedade”. Os países mais ricos “têm a responsabilidade de assistir os países mais pobres, como a Albânia, que sofrerão consequências mais agudas em termos de dificuldades financeiras e problemas sociais”.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista, já foi professor e coordenador do curso de Jornalismo da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos.

A defesa da solidariedade global é do arcebispo Anastasios de Tirana, Durrës e toda Albânia. Em fevereiro, o religioso ortodoxo recebeu o Prêmio Klaus Hemmerle 2020 na catedral de Aachen, Alemanha, em reconhecimento por sua contribuição aos esforços inter-religiosos de paz e harmonia.

O Movimento Focolares concede a distinção a cada dois anos a personalidades que contribuem para o entendimento entre comunidades de diferentes tradições culturais e religiosas. O prêmio leva o nome do bispo de Aachen (1975-1994) e professor de Filosofia da Religião, Klaus Hemmerle (1929-1994), considerado um “construtor de pontes” espiritual.

Em entrevista concedida à diretora de Comunicação do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Marian Ejdersten, Anastasios disse que estão orando para que Deus “ilumine os pesquisadores e para que descubram rapidamente os procedimentos preventivos e terapêuticos adequados” ao combate do Covid-19. O arcebispo ortodoxo acredita que “alguma coisa boa sairá ao final da crise e esperamos que as sociedades humanas reconsiderem seus valores e prioridades”.

Enquanto a pandemia exige o isolamento social para que não se alastre, a Igreja Ortodoxa liderada por Anastasios celebra a Divina Liturgia na capela Sinodal a portas fechadas, o mesmo ocorrendo nos templos diocesanos. O serviço religioso, no entanto, é transmitido pela emissora de rádio da igreja e nas redes sociais.

Os templos permanecem abertos durante o dia, mas apenas para orações pessoais.

“A fé e o amor são as armas defensivas mais poderosas contra o ataque desse vírus invisível”, destacou o arcebispo. O Covid-19 é transmissível, mas também deve-se transmitir ininterruptamente, “com atitude alegre, a libertação do medo e da ansiedade com base na fé e no amor”, acrescentou.

Em mensagem dirigida à sociedade albanesa, transmitida por veículos de comunicação do país, a Igreja Ortodoxa agradeceu aos lixeiros, garis, comunicadores, os que servem à sociedade em serviços essenciais, e em especial aos profissionais da saúde “que estão na linha de frente” no cuidados aos infectados.

“Sejamos vigilantes”, admoestou Anastasios, para que essas medidas “não conduzam ao isolamento pessoal, mas, ao contrário, nos fortaleçam mutuamente com valentia, oração, palavras, atos simples, um silêncio cheio de afeto, sobretudo para aquel@s que correm mais perigo”.

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