Brasil lidera importações de armas na América do Sul

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10 Março 2020

Instituto sueco diz que apesar da queda de 37% nas compras, país ultrapassou Venezuela no ranking da região entre 2015 e 2019. EUA reforçam liderança global em vendas, com aumento de 23% nos últimos cinco anos.

A reportagem é publicada por Deutsche Welle, 09-03-2020.

O Brasil se tornou o maior importador de armas da América do Sul, de acordo com um estudo divulgado nesta segunda-feira (09/03) pelo Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri). O país superou a Venezuela, que liderou a lista de importadores sul-americanos no relatório anterior publicado há cinco anos.

Entre 2015 e 2019, o Brasil foi responsável por 31% das compras de armas entre as nações sul-americanas, apesar de uma queda de 37% em comparação ao período 2010-2014. O país também possui a maior encomenda de armas pendente na região, que inclui aviões de combate suecos e submarinos franceses.

Em relação à exportação, o Brasil também fica em primeiro da lista na América do Sul, sendo responsável por 0,2% das vendas globais, e figurando em 24ª posição no ranking mundial. A Venezuela, que liderou a lista de importadores sul-americanos em 2010-2014, viu suas compras caírem 88% nos últimos cinco anos, como resultado da grave crise econômica que está sofrendo.

A pesquisa, que compara o período de 2015 a 2019 com o de 2010 a 2014, também destaca um aumento de 5,5% no tráfico global de armas entre os dois períodos. "No geral, as transferências de armas aumentaram. Entre os países importadores de armas, a demanda é alta e parece até ter aumentado um pouco", disse Pieter Wezeman, pesquisador sênior do Sipri.

O relatório confirmou que os Estados Unidos reforçaram sua condição de maior exportador mundial de armas nos últimos cinco anos, com um aumento de 23%, enquanto a Arábia Saudita se consolidou como o maior importador. Os EUA, que venderam armas para 96 países, aumentaram sua participação no total de exportações globais para 36% (cinco pontos percentuais a mais), 76% a mais que o segundo exportador mundial, a Rússia.

"Metade das vendas foi para o Oriente Médio e metade destas, para a Arábia Saudita. Ao mesmo tempo, a demanda por aviões militares avançados dos EUA aumentou, especialmente na Europa, Austrália, Japão e Taiwan", destaca o estudo.

A Rússia mantém o segundo lugar, apesar de uma queda de 18%, devido à perda de peso nas vendas para a Índia, que continua sendo seu principal cliente; à frente da França, Alemanha e China, nessa ordem. Os cinco primeiros países da lista foram responsáveis por 76% das vendas globais de armas nos últimos cinco anos, observa o Sipri.

A Alemanha manteve seu quarto lugar entre maiores exportadores de armas do mundo. O governo alemão afirma visar uma política "restritiva" de exportação de armas. No entanto, entre 2015 e 2019, as exportações do país aumentaram 17%. Desde o outono de 2018, a Arábia Saudita é um grande cliente para os fabricantes de armamentos alemães. Berlim interrompeu a exportação de armas para o país em resposta ao assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi. Com um aumento de 72%, a França teve o maior crescimento de exportações, graças à demanda por armas em Egito, Catar e Índia.

Maior importador

Com um aumento de 130% em comparação a 2010-2014 e uma participação global de 12%, a Arábia Saudita se estabeleceu na liderança entre os importadores mundiais de armas.

"Apesar das preocupações nos EUA e no Reino Unido sobre a intervenção militar saudita no Iêmen, os dois países continuaram a vender armas. Do total das importações sauditas, 73% vêm dos EUA e 13%, do Reino Unido", destaca o estudo. Índia, Egito, Austrália e China completam a lista dos cinco principais compradores de armas globais. Por região, a Ásia-Oceania foi o principal destinatário de armamento nos últimos cinco anos, com 41% do total, seguido pelo Oriente Médio (35%), Europa (11%), África (7,2%) e América (5,7%).

As importações na América Central e no Caribe aumentaram 23% nos últimos cinco anos, com o México como líder regional com 70% do total, coincidindo com suas operações militares em andamento contra cartéis de drogas. Na América do Sul, as importações caíram 59%, sendo os Estados Unidos (19%), França (16%) e Itália (8,6%) os principais fornecedores.

 

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