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Coronavírus, agronegócio e estado de exceção

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04 Março 2020

"A verdadeira fábrica sistemática de novos vírus e bactérias que são transmitidas aos seres humanos é a criação industrial de animais, principalmente aves, porcos e vacas. No entanto, é mais fácil e mais conveniente apontar para alguns morcegos ou civetas – para os quais seu habitat natural provavelmente foi destruído – do que questionar essas fábricas de doenças humanas e animais", escreve Silvia Ribeiro, pesquisadora e diretora na América Latina do Grupo de Acción sobre Erosión, Tecnología y Concentración - ETC, em artigo publicado por ALAI, 02-03-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

 

Eis o artigo.

Muito se diz sobre o coronavírus Covid-19, não obstante, é muito pouco. Há aspectos fundamentais que permanecem na sombra. Quero nomear alguns desses, distintos, mas complementares.

O primeiro se refere ao perverso mecanismo do capitalismo de ocultar as verdadeiras causas dos problemas, para não fazer nada sobre elas porque afeta seus interesses, porém se fazem negócios com a aparente cura dos sintomas. Enquanto isso os estados gastam enormes recursos públicos em medidas de prevenção, contenção e tratamento, que tampouco atuam sobre as causas, de modo que esta forma de “enfrentar” os problemas se transforma em negócio cativo para as transnacionais, por exemplo, com vacinas e medicamentos.

A referência dominante a vírus e bactérias é como se esses fossem exclusivamente organismos nocivos que devem ser eliminados, parece uma abordagem de guerra, como em tanto outros aspectos da relação do capitalismo com a natureza. No entanto, por sua capacidade de pular entre espécies, os vírus e bactérias são parte fundamental da co-evolução e adaptação dos seres vivos, assim como de seus equilíbrios com o ambiente e de sua saúde incluindo os humanos.

O Covid-19 que agora ocupa as manchetes mundiais, é um ramo da família dos coronavírus, que provocam as enfermidades respiratórias geralmente leves, porém que podem ser graves para uma porcentagem muito pequena dos afetados, devido a sua vulnerabilidade. Outros ramos do coronavírus causaram a síndrome respiratória aguda grave (SARS, por suas siglas em inglês), considerado epidemia na Ásia em 2003, porém desaparecido desde 2004 e a síndrome respiratória aguda do Oriente Médio (MERS), praticamente desaparecida. Igual ao Covid-19, são vírus que podem estar presentes em animais e humanos, e como acontece com todos os vírus, os organismos afetados tendem a desenvolver resistência, fazendo com que o vírus tenha uma nova mutação.

Existe um consenso científico de que a origem desse novo vírus – como todos aqueles que declararam ou ameaçaram ser declarados pandêmicos nos últimos anos, incluindo a gripe aviária e a gripe suína originária do México – é zoonótica. Ou seja, vem de animais e depois sofre mutações, afetando os seres humanos. No caso de Covid-19 e SARS, presume-se que seja proveniente de morcegos. Ainda que se culpe o consumo destes em mercados asiáticos, na realidade o consumo de animais silvestres de maneira tradicional e local não é o problema. O fator fundamental é a destruição dos habitats de espécies silvestres e sua invasão por assentamentos urbanos e/ou expansão da agricultura industrial, o que cria situações próprias para a mutação acelerada de vírus.

A verdadeira fábrica sistemática de novos vírus e bactérias que são transmitidas aos seres humanos é a criação industrial de animais, principalmente aves, porcos e vacas. Mais de 70% dos antibióticos em todo o mundo são usados para engordar ou prevenir infecções em animais não doentes, o que causou um problema muito sério de resistência a antibióticos, também para humanos. A OMS convocou desde 2017 que “as indústrias agrícola, de peixes e alimentos devem parar sistematicamente de usar antibióticos para estimular o crescimento de animais saudáveis”. Para esse grupo, as grandes empresas agrícolas e de alimentos também adicionam doses regulares de antivirais e pesticidas nas mesmas instalações.

No entanto, é mais fácil e mais conveniente apontar para alguns morcegos ou civetas – para os quais seu habitat natural provavelmente foi destruído – do que questionar essas fábricas de doenças humanas e animais.

A ameaça de pandemia também é seletiva. Todas as doenças que foram consideradas epidemias nas últimas duas décadas, incluindo o Covid-19, produziram muito menos mortes do que doenças comuns como a gripe – das quais, segundo a OMS, até 650 mil pessoas morrem a cada ano em todo o mundo. No entanto, essas “novas” epidemias motivam medidas extremas de vigilância e controle.

Como o filósofo italiano Giorgio Agamben aborda, se afirma assim “a crescente tendência a usar o estado de exceção como um paradigma normal de governo”.

Referindo-se ao caso do Covid-19 na Itália, Agamben ressalta que “o decreto-lei imediatamente aprovado pelo governo ‘por razões de saúde e segurança pública’ resulta em uma verdadeira militarização dos municípios e áreas onde se desconhece a fonte de transmissão”, uma fórmula tão vaga que permite estender o estado de exceção a todas as regiões. Para isso, acrescenta Agamben, acrescenta “o estado de medo que se espalhou nos últimos anos nas consciências dos indivíduos e que se traduz na necessidade de estados de pânico coletivo, aos quais a epidemia novamente oferece o pretexto ideal. Assim, em um círculo vicioso, a limitação da liberdade imposta pelos governos é aceita em nome de um desejo de segurança que foi induzido pelos mesmos governos que agora intervêm para satisfazê-la”.

Leia mais

  • A política do coronavírus: ativar os anticorpos do catolicismo. Artigo de Antonio Spadaro
  • O estado de exceção provocado por uma emergência imotivada. Artigo de Giorgio Agamben
  • Coronavírus: a militarização das crises. Artigo de Raúl Zibechi
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