02 Outubro 2019
Incêndio no campo de imigrantes em Lesbos: uma mulher e uma criança morreram. O campo abriga 13 mil migrantes, mas deveria hospedar menos de 3 mil. Os refugiados na ilha grega foram visitados pelo Papa em abril de 2016. Entrevista com Danilo Feliciangeli, responsável de projetos da Caritas italiana na Grécia.
A reportagem é de Alessandro Guarasci, publicada por Vatican News, 01-10-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.
Pelo menos duas pessoas morreram no incêndio de ontem que envolveu o campo de refugiados de Moria em Lesbos, Grécia. Os migrantes que protestaram pela aglomeração da estrutura atearam fogo em vários pontos. Os migrantes na ilha grega foram visitados pelo Papa em abril de 2016. Em maio passado, Francisco enviou o cardeal Konrad Krajewski, Esmoleiro pontifício, para levar sua proximidade e uma doação de 100 mil euros para os alojados nas estruturas da ilha.
Os migrantes, na maioria afegãos, também entraram em conflito com a polícia e pediram para serem transferidos para o continente. No campo de Moria, as condições de vida são geralmente definidas como difíceis. Ao lado do espaço oficial, nasceu também um acampamento chamado "o olival". As autoridades gregas estão tendo dificuldades para gerenciar o fluxo de migrantes que, nos últimos meses, registrou um aumento nas chegadas, apesar dos acordos com a Turquia. "A situação é tensa", disse o prefeito de Lesbos Stratis Kytelis. Na ilha, é esperada a visita do vice-ministro para a Proteção do Cidadão (equivalente do Interior) Lefteris Oikonomou, ex-chefe da polícia helênica.
Danilo Feliciangeli, responsável pelos projetos da Caritas italiana na Grécia, também fala de uma situação à beira da insustentabilidade: “neste momento, o campo abriga mais de 13 mil pessoas em situações absolutamente inadequadas, porque é um campo estruturado para acomodar no máximo 3 mil, mas também estas em condições certamente complicadas, considerando que é composto por tendas, estruturas provisórias. Além disso em um contexto em que, infelizmente, as pessoas estão ali, trancadas na ilha de Lesbos há meses, algumas há mais de um ano, esperando receber uma resposta ao pedido de asilo".
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Tragédia em Lesbos. Cáritas: 13 mil migrantes em condições desesperadoras - Instituto Humanitas Unisinos - IHU