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Moradores da Amazônia dizem que padres casados são uma resposta à realidade local

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25 Setembro 2019

Desde que o Papa Francisco convocou uma cúpula de bispos sobre a Amazônia, a questão da ordenação de homens casados tem sido motivo de esperança para alguns e fonte de trepidação para outros.

A reportagem é de Inés San Martín, publicada em Crux, 24-09-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Francisco deixou claro que não eliminará o celibato sacerdotal, mas, quando se trata da ordenação dos chamados viri probati, ou seja, homens casados de virtude comprovada, ele tem sido menos categórico, permitindo que o Sínodo dos Bispos de 6 a 27 de outubro reflita sobre essa questão.

A região amazônica – tecnicamente um “bioma” – inclui nove países da América Latina: Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.

De acordo com o bispo espanhol Rafael Cob, a ordenação dos viri probati “responderia a uma realidade concreta na Amazônia e não pretende questionar a norma ordinária do celibato”.

Cob está no Equador desde o fim dos anos 1990 e atualmente atua como vigário apostólico de Puyo. Ele conversou com um grupo de jornalistas, incluindo o Crux, em Quito, capital nacional, no dia 14 de setembro.

O bispo observou que, geograficamente, a Amazônia é uma região difícil devido a distâncias e inacessibilidade. No entanto, ele também reconheceu que os viri probati poderiam ser uma resposta à “falta de candidatos que possam ou queiram ser padres”, dada a disciplina do celibato.

“Logicamente, a Igreja está procurando novos métodos para responder a desafios concretos”, disse ele.

Embora, de fato, não mencione os viri probati, o documento preparatório do Sínodo, divulgado pelo Vaticano em junho, sugere, sim, que se estude “a possibilidade da ordenação sacerdotal de pessoas idosas, de preferência indígenas, respeitadas e reconhecidas por sua comunidade, mesmo que já tenham uma família constituída e estável”.

O cardeal italiano Lorenzo Baldisseri, secretário geral do Sínodo dos Bispos, disse aos jornalistas no dia 17 de junho que estava perplexo com o uso contínuo da expressão “viri probati” por parte da mídia.

“É uma coisa diferente”, disse o cardeal sobre a proposta do documento. “Para mim, eu acho que (o termo viri probati) está sendo um pouco abusado.”

Ao redigir o documento de trabalho, disse ele, a secretaria do Sínodo dos Bispos quis enfatizar que, embora o assunto da ordenação de homens casados seria estudado, a Igreja continua afirmando o celibato para os padres.

Um local remoto sem acesso regular a um padre é a comunidade indígena Kichwa de Sarayaku, lar de cerca de 1.500 pessoas, a maioria das quais se identifica como católica. A comunidade está localizada no coração da Amazônia equatoriana e é acessível apenas por aviões de pequeno porte. A maior dessas aeronaves acomoda seis pessoas, supondo que elas não superem o limite de peso; a outra opção seria uma viagem de canoa de quatro horas.

A comunidade tem duas freiras que vivem lá permanentemente, mas nenhum padre. Um padre a visita uma vez por mês, e, no restante do tempo, Alfonso Cuji, um catequista leigo, preside uma Liturgia da Palavra com a ajuda das irmãs, além de acompanhar os enfermos e enterrar os mortos.

“Como católicos, nossa missão é viver de boa vontade uma vida em prol de nosso Senhor”, disse ele no dia 18 de setembro. “Mesmo quando não entendemos de economia ou de ciência, os nossos corações, por mais pobres que sejam, devem louvá-lo.”

Cuji também disse que há uma grande necessidade de jovens missionários dispostos a ajudar na tarefa de evangelização. No ano passado, ele preparou cerca de 60 rapazes e moças para receber os sacramentos.

O trabalho de Cuji é apoiado pela Ir. Rosa Elena Pico, da ordem equatoriana das Missionárias de Maria Co-Redentora. Ela chegou em 2017 e, desde então, por duas vezes a comunidade chegou à conclusão de que ela deveria ser expulsa. No entanto, nas duas vezes, ela disse que a sua transferência não depende deles, mas sim do bispo.

Questionada sobre as razões pelas quais os habitantes locais queriam que ela fosse embora, ela disse que tinha a ver com os sacramentos: “Para ser padrinho”, se você coabita com alguém, “você precisa se casar. E há apenas seis casais [sacramentalmente] casados em Sarayaku”, disse ela.

Ela também se esforça para ensinar a moral sexual da Igreja, porque os meninos lá não são considerados homens até viverem com uma mulher. Isso significa que os adolescentes geralmente se tornam casais, e as meninas de cerca de 12 anos já começam uma família com o apoio de seus pais.

“Eu tentei dizer a eles que é bom esperar, mas as tradições dos Sarayaku dificultam”, disse Pico.

Ela disse que, embora a maioria dos que vivem na comunidade se identifique como católicos, eles preferem adotar uma versão não exigente do catolicismo.

“Muitos não querem se comprometer com o que a Igreja exige”, disse ela. “Eles têm um catolicismo faça-você-mesmo.”

Questionada sobre a possibilidade de ordenar homens casados, ela disse que é a favor.

“Se não há nenhum padre, deve haver alguém, talvez um diácono permanente”, disse Pico. “Temos aqui um homem que é quase diácono [se referindo a Cuji], que pode fazer tudo, menos administrar os sacramentos. Ele ajuda os doentes, leva a comunhão àqueles que não podem ir à igreja, celebra o enterro para os mortos e preside a Liturgia da Palavra.”

“Eu acredito que a Igreja tem muito a aprender com a Amazônia”, disse Pico. “Como você sabe, ela talvez seja o centro do mundo inteiro, e eu espero que [o Sínodo] diga algo em defesa da Mãe Natureza e dos povos indígenas que moram aqui, dentro da selva, amando-a. Eles também precisam do apoio moral e espiritual da Igreja.”

Franco Tulio Viteri Gualinga, ex-presidente de Sarayaku e da Confederação de Nacionalidades Indígenas da Amazônia Equatoriana, também conversou com os repórteres, sentado ao lado da sua esposa.

Ele acredita que todo padre, até o papa, deveria se casar e “ser feliz”. Em breve, ele disse, acrescentando que “nem tão em breve”, as mulheres também serão padres, e ele não vê nenhuma razão para que uma mulher não possa ser papa.

Como comunidade, disse Gualinga, Sarayaku resistiu a “todas as formas de colonização, do governo, do exército e da Igreja”. Ele disse que, em certo momento, a Igreja “não conseguia entender as nossas verdades e tentou impor a cruz e a Bíblia”.

Hoje, porém, ele vê uma “grande mudança”. Ele gosta particularmente do Papa Francisco, dizendo que o papa argentino “entende que a criação deve ser protegida”.

Gualinga se encontrou com Francisco quando o pontífice esteve em Quito em 2015.

Para um homem que vê as rodovias como uma “adaga nas comunidades indígenas que vem e mata você por trás”, Gualinga não precisou de incentivo para falar sobre a igualdade de gênero, dizendo que o “patriarcado” deve terminar.

Ele reconheceu que o termo em si é algo que ele aprendeu durante suas viagens fora da selva, mas reforçou a necessidade de “despatriarcalizar” o mundo, que, segundo ele, precisa de uma “mensagem de amor materno”.

“E vou além: por que o papa tem que ser homem e não uma mulher por um tempo? Mas, se alguém disser isso, então se torna o bicho-papão ou um comunista”, disse Gualinga. “Eu entendo que hoje isso não pode acontecer, mas quem sabe um dia...”

Natural de uma tribo em que as mulheres tendem a trabalhar no campo e os homens tecem as redes que adornam a maioria dos lares, Gualinga disse que a discriminação contra as mulheres não permite uma “evolução do pensamento em igualdade”.

Questionado sobre o Sínodo, o líder indígena disse que “sabe sobre ele” e sobre o “trabalho muito importante” que foi feito antes dele. Mas a sua maior preocupação é a mensagem ambiental que ele espera que seja transmitida, falando sobre as empresas de perfuração que procuram petróleo com o apoio do governo.

“Acreditamos que a natureza é a manifestação viva de Deus. Temos que cuidar dela”, disse.

“Tentamos fazer o bem, ser justos, guardar os mandamentos de Deus e da selva”, afirmou. “Porque o mundo é um só. A selva, os oceanos, os desertos, todos têm uma energia.”

Sua esposa, Berta, que ouvia atentamente enquanto o marido falava, enviou uma mensagem para Francisco: “Respeite os povos indígenas, porque há muito tempo, a Igreja não respeitou”.

“Os povos indígenas sempre se calaram, mas não vamos mais nos calar e queremos que as nossas culturas sejam respeitadas”, disse ela. “Toda a criação de Deus está sendo destruída. Eu pediria que você nos ajude a cuidar da Mãe Terra.”

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