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04 Julho 2019

Os psicanalistas norte-americanos pediram desculpas à comunidade LGBT por erros cometidos no passado. Aqui uma colega italiana explica que agora o verdadeiro perigo está no recurso precoce aos médicos e ao bisturi.

O artigo é de Lorena Preta, publicado por la Repubblica, 29-06-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

É um fato: quase todos sentimos medo e angústia diante de comportamentos sexuais que colocam em questão o pertencimento a um gênero e, com isso, a própria base da organização familiar sobre a qual se estrutura a sociedade. Tentamos superar e transformar esse medo e essa angústia através do conhecimento, da experiência - até psicanalítica -, e do debate público. Mas pedir desculpa às comunidades LGBTQ, isto é, às pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queer, como acabou de fazer a Associação Americana de Psicanálise - notícias relatadas há poucos dias por Vittorio Lingiardi - é um caminho precipitado, talvez também ditado pela necessidade de ser politicamente correto, de liquidar danos indubitavelmente causados pela mentalidade que produziu aquele desconforto.

É justo que a psicanálise, que deveria entre outras coisas ajudar o indivíduo a se destrincar nos meandros da sexualidade, assuma a responsabilidade de um repensamento por ter no passado rotulado como patológicos comportamentos relacionados a uma orientação sexual diferente daquela considerada norma, mas não é justo tratar da mesma maneira a homossexualidade e o transgenerismo. Uma confusão ou, talvez, para usar um termo psicanalítico, uma negação que há algum tempo vem tomando corpo na cultura estadunidense e ocidental em geral. Importantes batalhas civis combateram com relativo sucesso o preconceito sobre a homossexualidade, em primeiro lugar, e sobre aquelas que agora se prefere definir de variedades sexuais.

Mas é necessário, quando está em questão a análise da psique humana, não ignorar distinções e diferenças. O distanciamento do sentir comum, não ser acolhidos pela família e pela sociedade, provoca um doloroso trauma que induz a necessidade de reconhecer-se não só no próprio sentimento de si, mas também naquele do ambiente que nos rodeia e, não por último, no corpo que nos é dado.

Mas o que chamamos corpo é constituído de dados biológicos e psíquicos ao mesmo tempo. Se considerarmos o transgenerismo, sentir-se homem no corpo de mulher ou vice-versa comporta, antes que a correção, a negação do dado biológico. E, no entanto, a origem profunda do sofrimento pode ser não biológica, mas psicológica, talvez devida à dinâmicas familiares. E no momento um novo dado nos questiona de maneira alarmante. Enquanto para os adultos são agora possíveis muitas formas articuladas e progressivas de transformação pessoal e social, o que dizer a respeito do fato de que agora centenas e centenas de adolescentes, ou até mesmo de crianças antes da puberdade, afirmam se sentir em um corpo "errado"? E como interpretar o fato de que eles são ajudados por classes médicas complacentes a implementar uma "suspensão" da definição sexual através de medicamentos que bloqueiam o desenvolvimento, em vista de um hipotético esclarecimento que deveria ocorrer precisamente durante o período de crescimento? Justamente quando o menino/menina é atravessado/a por múltiplas identificações com as figuras dos pais além de tempestades hormonais que mudam suas conotações físicas e mentais?

As famílias desconcertadas e aflitas pelas demandas de seus filhos tentam aliviar seu desconforto, levando-os a um "técnico", que pode encaminhá-los a curas em vista de uma operação de "redesignação de gênero". Como se aos 6-10 anos, ou mesmo como adolescentes, alguém pudesse realmente dizer: eu me sinto homem em um corpo de mulher - ou vice-versa -, portanto meu corpo tem o "direito" de corresponder ao meu "sentimento", ou seja, na realidade, ao meu desejo. Mas nós, psicanalistas, devemos conhecer bem a diferença entre a realidade do que chamamos de corpo-psique e aquela do desejo inconsciente, que não é imediatamente decifrável.

O desconhecimento, então, não é apenas aquele operado pelo ambiente circundante, que "desconhece" a percepção que o indivíduo tem de seu próprio gênero, mas aquele induzido por uma cultura de grupo que, em vez de considerar esse tipo de emergência um intricado e doloroso problema, faz dele um novo ícone social, para o tornar aceitável quase sem discussão a famílias e profissionais de saúde. No entanto, o nosso desejo não é atribuível apenas a nós e à nossa história pessoal, mas repousa sobre o imaginário e os mitos que desde sempre as várias sociedades inventam para enfrenar os próprios problemas.

A qual mito corresponde neste momento a ideia generalizada de poder mudar tudo através da técnica? A que sonho de onipotência, a qual ideia autárquica que nos pensa autogerados, mesmo que a concepção, através da maternidade substituta, pareça agora uma questão separada de nosso corpo e delegável àquele de outra pessoa? A qual falta de senso de limite, pelo qual a juventude é prolongada até o infinito, o sexo é totalmente fluido, a morte é um evento antinatural a ser adiado o máximo possível?

Qual sentimento de desnorteio é tão ininfrentável e pervasivo que nos leva a "agir" com soluções principalmente técnicas? Nenhuma intervenção farmacológica ou psicoterapêutica pode ser adequada se não se compreende que desse modo estamos gerando nós mesmos novos problemas, além de sobrecarregar os velhos, agindo sobre a realidade antes de tentar entendê-la. Trata-se de uma escolha precisa, política e ética: tratar de um mal-estar individual e social, dando-lhe uma solução prática apressada? Ou seria, ao contrário, necessário criar um espaço para reflexão e de espera?

Por parte da psicanálise não é uma questão de pedir desculpas, mas de pensamentos críticos a serem ativados sobre o significado e a origem de qualquer preconceito. Daqueles do passado, dos quais certamente todos temos que nos responsabilizar, mas também daqueles de nova formação, que devem ser interpretados e questionados como os anteriores. Porque eles podem ter a mesma gravidade, se não uma maior gravidade, se não forem confrontados com a origem e o senso profundos da dor pessoal. E com a compreensão das bases complexas dos laços sociais.

A sociedade humana é como uma quimera, o animal mitológico composto de tantos e diferentes animais. Podemos aceitar que eles convivam juntos sem tentar expulsar violentamente alguns deles ou desnaturar de forma igualmente violenta a sua identidade de gênero. Mas é um processo difícil, que de modo algum pode passar por soluções arbitrárias e triunfalistas.

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