06 Dezembro 2018
“O desafio de interromper o sobreaquecimento do planeta e limitar o aumento das temperaturas estabelecido em 2015 em Paris, é cada vez mais difícil e o tempo disponível é cada vez mais limitado”. O alerta vem do clube de Kyoto, uma organização criada em 1999 e comprometida em atingir as metas de redução das emissões de gases do efeito estufa. Seu nome vem do Protocolo de Quioto, assinado durante a COP3 realizada em 1997. O diretor da organização científica Gianni Silvestrini, presente na Polônia para Cop24 destacou que "estamos diante de uma aceleração sem precedentes das mudanças climáticas e em risco não estão mais só as gerações futuras, mas também a nossa" e para isso é necessário agir rapidamente.
A informação é publicada por L'Osservatore Romano, 05/06-12-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.
O painel de especialistas da ONU sobre mudança climática, lembra o especialista, afirma que "restam apenas doze anos para reverter a rota: é necessário que dentro desse prazo a comunidade internacional consiga estabelecer metas mais ambiciosas e cortar drasticamente as emissões nocivas até 2030. Estamos numa fase muito delicada”, conclui.
A ex-astronauta norte-americana Mae Jemison, convidada a participar da cúpula, lançou um apelo à "conscientização" da ameaça representada pela mudança climática. Embora a luta contra a mudança climática seja "provavelmente o problema mais importante" que a humanidade já teve que enfrentar, "devemos resolvê-la e é realmente essencial entender que o problema é de todos nós", continuou a primeira astronauta afro-americana a ter ido para o espaço. Uma opinião compartilhada pelo chefe da estação espacial internacional Alexander Gerst, que lembrou em uma mensagem dirigida aos participantes que "não temos um planeta B" à nossa disposição.
Leia mais
- Cada um faça as escolhas certas
- COP24. Parolin: a mudança climática não é uma questão meramente técnica, mas moral
- Conferência do clima começa na Polônia com apelo por mais ações
- Quem vai salvar o Acordo de Paris?
- Mundo se distancia da meta climática
- A humanidade tem pouco tempo para mitigar o aquecimento global
- IPCC defende ‘mudanças sem precedentes’ para limitar aquecimento global a 1,5 °C
- Falta de gelo deixa urso-polar sem energia
- Extensão de gelo do Ártico no verão de 2018 é a sexta menor já registrada
- Nível global do mar pode subir 15 metros em 2300, diz estudo
- Alerta climático. As Nações Unidas estão pedindo para fazer mais para reduzir o aquecimento global. Já em 2030 poderia haver um aumento de 1,5 graus nas temperaturas
- Nem o furacão Irma é capaz de acordar os que negam mudanças climáticas
- A onda global de calor pode ser indício de um colapso ambiental e civilizacional
- Crise ambiental, mudanças climáticas e os riscos na Amazônia
- Como o aquecimento global está afastando filhotes de pinguim de seu alimento vital
- Camada de gelo da Antártica tem impacto na variação climática regional e global, dizem pesquisadores
- Degelo ártico ameaça resto do mundo
- Os oceanos estão se aquecendo rapidamente, diz estudo
- Mudanças climáticas provocam extinção local da biodiversidade
- Alerta climático. As Nações Unidas estão pedindo para fazer mais para reduzir o aquecimento global. Já em 2030 poderia haver um aumento de 1,5 graus nas temperaturas
- Degelo ártico ameaça resto do mundo
- Aquecimento global: comentário sobre nossa cegueira
- Perda de massa de gelo no Ártico russo quase dobrou na última década
FECHAR
Comunicar erro.
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
O alerta de clima na Cop24 em Katowice. Apenas doze anos para reverter a rota - Instituto Humanitas Unisinos - IHU