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O cisma dos ortodoxos

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29 Novembro 2018

Foi anunciado para as próximas semanas o Sobor, o Santo Concílio que irá tentar dar à Ucrânia uma única Igreja ortodoxa. As três principais igrejas do país competem. Aquela fiel ao Patriarcado de Moscou, cerca de 20 por cento dos fiéis totais, e as duas próximas ao governo ucraniano, presididas respectivamente pelo Patriarca de Kiev Filarete e pelo Metropolita Macário. A tensão atingiu níveis exorbitantes depois que, em 11 de outubro, o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu, o primeiro entre os pares entre os patriarcas do mundo ortodoxo, admitiu Filarete e Macário à comunhão com outras Igrejas.

Tecnicamente, não é o "reconhecimento" das duas Igrejas de que a imprensa internacional falou.

O artigo é de Marco Ventura, publicado por Corriere della Sera, 25-11-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

Constantinopla, em vez disso, anunciou em um comunicado de 19 de novembro a concessão do tomos, o documento específico com que se reconhece o direito ao autogoverno, a “autocefalia” ortodoxa, da Igreja que nascerá do Conselho. O passo é sério para o Patriarcado de Moscou, que se sente fraco no processo em direção a uma única Igreja autocéfala ucraniana. "Foi cruzada a linha vermelha", disse o porta-voz do Patriarca Kirill, que também falou de "catástrofe" e risco que se interrompa a comunhão eucarística entre Moscou e Constantinopla.

O conflito ucraniano tem os ingredientes das grandes histórias de religião e poder. Os protagonistas se desafiam em ambição e ganância: chantageiam e compram, sussurram e gritam, negociam e atiram. Todos vão para a cama com todos; todos envenenam todos. O roteiro poderia funcionar sempre, em qualquer lugar. Neste início do terceiro milênio, entre Kiev, Moscou e Istambul, assume uma forma peculiar. O espaço é decisivo. O controle territorial atribui propriedade e finanças, população e cargos, riqueza econômica e política. No mundo ortodoxo, a questão é particularmente crucial.

De sua reduzida Istambul, o patriarca de Constantinopla tem uma primazia de honra e não de jurisdição. As Igrejas são autocéfalas, cada uma tem seu próprio vértice, um líder. O espaço da ortodoxia é concebido como dividido em fatias controladas por uma ou outra Igreja. O território canônico é um dispositivo teológico e jurídico sofisticado cujo funcionamento implica uma luta feroz contra qualquer rival dentro e fora do mundo ortodoxo, especialmente católicos e muçulmanos.

A coexistência no mesmo território de mais de uma Igreja e de mais de um líder é uma patologia.

A unidade do poder político segue o mesmo princípio: um soberano, uma Igreja, um território.

As condições com que os ortodoxos viveram ao longo dos séculos, muitas vezes acabaram contradizendo tal princípio. No Império Otomano, os ortodoxos árabes e sérvios, gregos e búlgaros formaram comunidades móveis e dispersas, sob os governantes muçulmanos. Durante as guerras russo-polonesas, a Ucrânia foi repartida entre católicos e ortodoxos. Enquanto o quebra-cabeça se desfazia e se remontava, cada vez de uma forma nova, a cada vez em referência a um mítico passado, enquanto na era da comunicação digital o território se espalhava on-line, a unidade de poder político e eclesiástico no território canônico tornava-se muito mais cobiçada quanto mais longe da realidade.

Após o colapso do comunismo, os ortodoxos tiveram que se empenhar principalmente contra os inimigos ateus e muçulmanos. No centro da batalha, o Patriarca de Belgrado resistia sob as bombas dos ocidentais secularizados e dava batalha na Bósnia contra os mujahedein vindos do Afeganistão, Caxemira e Argélia. Nos últimos trinta anos, o esquema do confronto mundial entre cristãos e muçulmanos dominou a percepção do papel geopolítico dos ortodoxos. Foi o caso das Igrejas Ortodoxas que não aceitaram o Concílio da Calcedônia (451 d.C.), os armênios sob constante ameaça do Azerbaijão e dos turcos, e os coptas egípcios. Foi o caso dos russos que, da guerra contra os chechenos e do controle contra os muçulmanos em suas fronteiras, 10 por cento do total da população russa, tiraram os recursos para a estratégia de influência no mundo islâmico que culminou com a intervenção na Síria.

O grande choque com o Islã, do qual os ortodoxos foram protagonistas, deixou outras tensões em segundo plano. Das 25.000 mortes na Croácia, entre 1991 e 1995, de 55.000 mortos na Bósnia entre 1992 e 1995, das centenas de mortos de guerra na Geórgia, a Ossétia do Sul e da Abkházia entre 1988 e 1993 não se falou em termos das vítimas de uma guerra entre cristãos. Mas, ao contrário, foi isso. No caso da Croácia e pelo menos parte da Bósnia, as violências ocorreram entre cristãos de diferentes confissões, católicos e ortodoxos. Na Geórgia, ortodoxos mataram ortodoxos. A paz que ocorreu mais tarde, nos mesmos meses dos acordos que puseram fim ao conflito entre católicos e protestantes do norte da Irlanda, tornou a violência entre cristãos ainda mais invisível. Caso tivesse sido, e mesmo que pudessem ser categorizadas como "violência entre cristãos", o seu tempo tinha acabado.

Vinte anos depois, a explosão da guerra do Donbass no leste da Ucrânia mais uma vez desafiou a crença de que a violência religiosa contemporânea só tenha a ver com o Islã. Como na Geórgia nos anos 1990, e com uma magnitude desmedidamente maior, cristãos mataram cristãos; aliás, cristãos ortodoxos mataram cristãos ortodoxos.

E eles continuam a fazer isso.

O conflito entre patriarcas e Igrejas ortodoxas na Ucrânia, coloca diante de uma encruzilhada. O embate pode ser visto e avaliado como uma luta pelo poder político e econômico, como a maioria dos observadores faz. Acompanham-se as nuances, pesam-se os movimentos, o microscópio se foca sobre os atores locais, amplia-se o campo para Kirill e Bartolomeu. E aqui entram os aliados: os ortodoxos norte-americanos em grande parte aliados de Constantinopla, os sérvios tradicionalmente amigos de Moscou. Aqui entram os governos que abem suas carteiras: em Kiev, para arrancar alguns bispos do Patriarcado de Moscou ou para acomodar os dignitários pró-russos na mesa do Conselho inter-religioso; em Moscou para boicotar o iminente Conselho. Aqui começam a pesar os interesses econômicos, os gasodutos, os recursos naturais e a diplomacia internacional, a União Europeia e a OTAN.

É estimulante essa maneira de ler a crise eclesiástica ucraniana, mas permanece na superfície e leva a se equivocar sobre os detalhes. A grande imprensa internacional faz exatamente isso: portanto comete o erro de anunciar um inexistente "reconhecimento" das Igrejas ucranianas por parte do patriarca de Constantinopla e negligencia as apostas em jogo no próximo Conselho. Achatados em polêmicas e tramas, ficamos cegos diante da grande questão para os cristãos na Ucrânia, onde desde 2014 morreram quase 10 mil, e a violência continua. Ou seja, é ignorado o nexo entre a crise das Igrejas e tais mortes, os milhares de feridos, os deslocados: os cristãos ucranianos e russos, gregos e sérvios, parecem desprovido de responsabilidade, impotentes; à mercê da política e da economia, local e global.

Aqui está o ponto. O processo que levará ao Conselho será o teste da capacidade dos ortodoxos, na Ucrânia e em outros lugares, de serem plurais e unidos, sem violências. Nesse sentido, estaria errado quem esnobasse a história considerando-a apenas ortodoxa. A onda das decisões das próximas semanas em Kiev, Moscou e Istambul vai investir totalmente todos os cristãos que na Europa e América, Ásia e África estão procurando o seu lugar no futuro.

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