Insistir na ordenação de sacerdotisas é 'heresia' e deve levar à excomunhão, afirma Brandmüller

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23 Mai 2018

O cardeal Walter Brandmüller afirmou que quem insistir na ordenação de sacerdotisas “preenche os critérios de heresia”, com a consequência de excomunhão da Igreja.

Quem insistir nisso, bem como na ordenação de diaconisas - 'ignora os fundamentos da fé católica'.

O cardeal Brandmüller, um dos quatro cardeais que escreveu a "dubia", respondeu ao político alemão Annegret Kramp-Karrenbaue, no dia 10 de maio, dizendo: "É muito claro: as mulheres têm de assumir cargos de liderança na Igreja".

A reportagem é publicada por The Tablet, 22-05-2018. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

Kramp-Karrenbauer, secretária-geral da União Democrata-Cristã (CDU), disse ao jornal alemão Die Zeit que, embora tenha esperanças quanto à ordenação de mulheres ao sacerdócio, um objetivo mais realista poderia ser concentrar-se em um "diaconato feminino".

Em um comentário para o jornal Die Tagespost, o cardeal Brandmüller escreve que a possibilidade do sacerdócio feminino foi eliminada pela autoridade do Papa João Paulo II. Por isso, qualquer um que insista nisso – bem como no diaconato feminino - não apenas "ignora os fundamentos da fé católica" mas "preenche os requisitos de heresia, que tem como consequência a exclusão da Igreja – excomunhão".

O cardeal alemão acrescentou ainda que a demanda persistente pelo sacerdócio feminino, pelo celibato, pela intercomunhão e por um novo casamento após o divórcio não reavivará nada, como muitos esperam. Pelo contrário, segundo ele a Igreja Evangélica Alemã – "onde todas essas exigências já foram cumpridas" – mostra que "seu efeito [foi o] de esvaziar as igrejas".

Brandmüller concluiu seu comentário lembrando Kramp-Karrenbauer que a Igreja Católica não é "uma instituição humana".

Em vez disso, para ele, a Igreja é uma comunidade dos que creem em Jesus Cristo e "baseada nos sacramentos". A Igreja vive, acrescentou, de acordo com "formas, estruturas e leis dadas pelo seu fundador divino sobre o qual nenhum homem tem poder [de mudança] – bem como nenhum Papa e nenhum Concílio".

O cardeal Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, considerou a ordenação de homens casados uma "violação da tradição apostólica", em uma homilia sobre Pentecostes.

De acordo com um relatório publicado pelo site católico da Áustria Kath.net, o cardeal Sarah declarou, durante a homilia em uma missa pontifícia em Chartres, na França, que separar o celibato do sacerdócio ao administrar o sacramento da ordenação sacerdotal a homens casados ('viri probati') "leva a consequências graves e a uma ruptura definitiva com a tradição apostólica".

Segundo ele, significa criar um sacerdócio segundo critérios humanos, enquanto o sacerdócio de Cristo é "obediente, pobre e casto".
"De fato", disse ele, "o sacerdote não é apenas um 'alter Christus' [outro Cristo], mas é verdadeiramente 'ipse Christus', o próprio Cristo!"

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