01 Mai 2018
Na região do ABC paulista, o Sindicato dos Metalúrgicos também fará um ato por democracia e pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que permaneceu três dias na sede da entidade, em São Bernardo do Campo, até rumar para a Polícia Federal, no dia 7.
A reportagem é publicada por Rede Brasil Atual - RBA, 30-04-2018.
Com uma concentração a partir das 7h, os metalúrgicos farão procissão em homenagem a São José Operário, padroeiro dos trabalhadores, em direção à Igreja Matriz, na região central, onde às 9h será celebrada a Missa do Trabalhador. Segundo a Diocese, haverá coleta de alimentos para famílias de desempregados.
Tanto a praça como a igreja são locais conhecidos dos metalúrgicos. Na greve de 1980, por exemplo, eles fizeram assembleia na própria Matriz, como no próprio 1º de Maio. De lá, a multidão saiu em passeata até o estádio de Vila Euclides. Vários diretores do sindicato, entre eles Lula, estavam presos. A paralisação durou 41 dias.
"A igreja é também um espaço de luta. A missa é um momento de reflexão para os metalúrgicos sobre sua condição enquanto trabalhador e ser humano em busca da superar a opressão", diz o secretário-geral do sindicato, Aroaldo de Oliveira. Depois da missa, haverá um ato inter-religioso na Praça da Matriz, em frente à igreja, com apresentações artísticas e culturais.
Os metalúrgicos participarão ainda de atos de 1º de Maio na Praça da República em São Paulo, e em Curitiba, onde haverá manifestação unificada de centrais sindicais. "A luta é pelos direitos e pela garantia de um país democrático para nós e nossos filhos. Faremos do 1º de maio um ato político e de fé na democracia e na liberdade", acrescenta o presidente do sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.
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No ABC, 1º de Maio começa com procissão e missa - Instituto Humanitas Unisinos - IHU