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Marielle Franco lutava pela paz e contra a violência

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21 Março 2018

"Bertold Brecht repetia sempre: “Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem”. Logo, em uma sociedade capitalista, a ideologia dominante tenta o tempo todo transformar o violentador em vítima e imputar às vítimas da violência a responsabilidade sobre as causas da violência. Ou seja, invertem-se as relações sociais: o opressor é apresentado como se fosse oprimido e se apresentam os oprimidos como violentos. Nesse contexto de violação sistemática de direitos humanos, a melhor forma de proteção e conquista dos direitos humanos atualmente, no Brasil, passa necessariamente por desobediência civil, povo na rua e lutas concretas, com o povo organizado batalhando pelos direitos sociais.", escreve frei Gilvander Moreira, padre da Ordem dos carmelitas, professor de “Direitos Humanos e Movimentos Populares” em curso de pós-graduação do IDH, em Belo Horizonte (MG), e assessor da Comissão Pastoral da Terra – CPT, do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos – CEBI, do Serviço de Animação Bíblica – SAB e da Via Campesina em Minas Gerais.

Eis o artigo.

Profundamente comovido e indignado com a execução brutal, por volta das 22h15 do dia 14 de março de 2018, de Marielle Franco e seu motorista Anderson Pedro Gomes, expressamos nossa solidariedade aos familiares e companheiras/os de militância de Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes. Como mulher, mãe, negra, LGBT, socióloga, de periferia e vereadora do PSOL na capital do Rio de Janeiro, nascida em 27 de julho de 1979, Marielle Franco, 38 anos, deixa um legado de luta por direitos humanos e de compromisso com a classe trabalhadora injustiçada, na construção de uma sociedade justa e solidária. Nascida na favela da Maré, no Rio de Janeiro, Marielle Franco fez nos últimos dias, denúncias de mortes de jovens em operações policiais e chefiaria a comissão legislativa que apuraria as ações da intervenção militar federal no estado do Rio de janeiro.

Marielle Franco não foi apenas assassinada, ela foi semeada no tecido social das classes trabalhadora e camponesa. Marielle Franco se tornou semente crioula de milhares de outras Marielles que surgirão na luta em prol dos Direitos Humanos, visando construir uma sociedade de paz, como fruto da justiça social, agrária, ambiental e urbana. Não foi em vão sua luta! Perdemos apenas sua presença física. Marielle Franco partilha vida plena e estará sempre viva em nós, na luta. A ela, nossa gratidão pelo seu testemunho de coragem, de perseverança e de amor ao próximo, principalmente a todas/os as/os oprimidas/os e injustiçadas/os.

Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes foram martirizados, executados barbaramente. Eram inocentes. Marielle é Mar-elle, ou seja, ela é mar, imensidão de bondade, de espírito de luta, motivada por aquela paz inquieta que a deixava indignada contra toda e qualquer injustiça, uma grande lutadora em prol dos direitos humanos fundamentais. Darão com os burros n’água os que assassinaram Marielle Franco e Anderson Gomes, pois “do sangue de mártires surgem sementes de libertação”.

Marielle Franco e Anderson Gomes foram vítimas de um crime hediondo, mas o sangue de Marielle Franco e de todas/os as/os que tombam na luta continuará circulando nas nossas artérias, nos inspirando, dando coragem e perseverança na luta em prol da construção de uma sociedade justa e solidária, sem opressores e sem violência.

Aos que caluniam e difamam Marielle Franco, digo: Jesus de Nazaré também foi acusado de defender bandido. Não sejam torres de retransmissão da ideologia dominante - ideias da classe dominante - trombeteada aos quatro ventos pelos grandes meios de comunicação para criar uma visão equivocada dos direitos humanos. Interessam aos cúmplices da classe dominante frear as lutas coletivas por direitos humanos fundamentais e para isso precisam tentar enxovalhar com difamação a índole de pessoas lutadoras por justiça, como Marielle Franco. Quem, de longe e de perto, divulga calúnias sobre Marielle Franco está, na prática, disparando “rajadas de tiros” contra ela, mas, agora, atingindo diretamente sua família e todas/os que ao lado de Marielle lutam pela paz como fruto de justiça social. Não é justo censurar Marielle porque ela defendia também os direitos das pessoas LGBT. Em nome da ética e da dignidade humana, temos que reconhecer os direitos das pessoas LGBT. Em uma sociedade preconceituosa, intolerante, hipócrita e cínica, os homossexuais são um dos elos discriminados e oprimidos. O Deus da vida ouve os clamores dos oprimidos (Cf. Êxodo 3,7-10). Felizes as pessoas que ouvem os clamores dos que têm outra orientação sexual não hegemônica. Quanta dor! Quanta lágrima derramada! Quanta cruz carregada! Deus ouve os clamores de todas as pessoas que são oprimidas. Deus é amor e não discrimina ninguém e nem pune ninguém por orientação sexual homossexual. Deus não faz acepção de pessoas. Deus acolhe a todas e a todos sem discriminação.

Também não é justo menosprezar Marielle Franco, alegando que ela era parlamentar do PSOL. No meio de tanta corrupção da classe política e de tanta desesperança em política partidária, é preciso dizer: o PSOL é atualmente o partido que mais defende os sagrados direitos das classes trabalhadora e camponesa. O PSOL é, hoje, o partido que mais tem compromisso com os injustiçados e oprimidos. Por esse compromisso mataram Marielle.

Para o sistema do capital, convém reproduzir o preconceito contra os direitos humanos e contra quem defende os direitos humanos, como Marielle Franco, assim como é importante a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais populares. Cada vez mais, torna-se urgente combater essa visão injusta dos direitos humanos. É preciso deixar claro que Marielle Franco lutava por direitos humanos fundamentais para todas/os viverem e conviverem com dignidade. Marielle defendia todas/os as/os violentadas/os, as/os policiais vítimas de violência também. “A vereadora Marielle Franco foi uma companheira incansável na prestação de auxílio às famílias de policiais mortos”, afirmou Ibis Pereira, ex-chefe de gabinete do comando da PMERJ ao G1.

Bertold Brecht repetia sempre: “Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem”. Logo, em uma sociedade capitalista, a ideologia dominante tenta o tempo todo transformar o violentador em vítima e imputar às vítimas da violência a responsabilidade sobre as causas da violência. Ou seja, invertem-se as relações sociais: o opressor é apresentado como se fosse oprimido e se apresentam os oprimidos como violentos. Nesse contexto de violação sistemática de direitos humanos, a melhor forma de proteção e conquista dos direitos humanos atualmente, no Brasil, passa necessariamente por desobediência civil, povo na rua e lutas concretas, com o povo organizado batalhando pelos direitos sociais.

Eis uma certeza: do compromisso de Marielle Franco com os oprimidos, milhares de outras Marielles surgirão na luta por justiça para todas/os. Feliz quem tem fome e sede de justiça, como Marielle Franco, porque será saciada/o. Feliz quem constrói a paz, como Marielle Franco, porque será chamada/o filha/o de Deus. Feliz quem é perseguida/o por causa da justiça, como Marielle Franco, porque dela/dele é o reino dos céus! Feliz quem for injuriada/o e perseguida/o, como Marielle Franco. Alegre-se, pois foi assim que perseguiram os profetas e todas/os as/os revolucionários, que vieram antes de você. Marielle foi e continuará sendo Luz no Mundo, Fermento na Massa e Sal na Comida em tempos de golpes do capital, do judiciário, da mídia e do parlamento.

“Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera”, dizia Che Guevara. Confiamos que “quanto mais escura a noite, mais brilham as estrelas”.

Marielle Franco: Presente, agora e sempre, em nós, na luta!

Abraço terno na luta.

Os vídeos, abaixo, ilustram o texto, acima.

1) Marielle Franco conta sua história

2) Último pronunciamento de Marielle Franco antes de ser executada no Rio de Janeiro

Leia mais

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