Rowan Williams e Richard Dawkins opõem-se à expansão de escolas católicas

Foto: Franco Silvi/ EPA

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09 Março 2018

Dizem que mudar a regra de admissão para novas escolas religiosas causaria divisão.

A reportagem é de Nick Hallett, publicada por Catholic Herald, 06-03-2018. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

O ex-líder da Comunhão Anglicana se juntou a Richard Dawkins no ataque a uma norma que autorizaria a Igreja Católica a abrir novas escolas.

O Dr. Rowan Williams, ex-Arcebispo Canterbury, é coautor de uma carta enviada ao jornal Daily Telegraph que diz que foi difícil “entender uma norma mais divisora, ou mais deletéria, para a coesão social” do que a anulação da regra de admissões que impede novas escolas religiosas de selecionar mais da metade da quantidade de alunos pertencentes a sua própria religiosa.

Essa regra impede que a Igreja Católica abra novas escolas, pois, assim que alcançasse o limite de 50%, elas teriam de dispensar alunos por causa da fé católica – algo que viola o Direito Canônico.

No entanto, a carta implica que as crianças não possuem na verdade uma religião, dizendo que a remoção da regra permitirá as escolas “rotularem as crianças desde o começo de suas vidas com certas crenças e, então, dividi-las com base nisso”.

Outros signatários da carta incluem Andrew Copson (chefe-executivo da Humanists UK), Rabia Mirza (diretora da British Muslims for Secular Democracy) e a parlamentar conservadora Sarah Wollaston.

No seu manifesto eleitoral de 2017, o Partido Conservador prometeu remover a citada regra, considerando-a “injusta e ineficiente” e reconheceu que ela impedia a Igreja Católica de abrir novas escolas.

O manifesto reiterava o compromisso que a primeira-ministra Theresa May fizera logo após assumir o poder no ano anterior.

Em dezembro de 2016, a Diocese de East Anglia disse que já estava pronta para abrir oito novas escolas assim que a regra fosse suspensa, citando uma escassez desesperada de vagas nas escolas para as crianças católicas.

Em novembro de 2017, os bispos católicos da Inglaterra e País de Gales lançaram uma petição pedindo que o governo mantenha a sua promessa. “Ao forçar as escolas católicas a mandar embora as crianças de escolas católicas com base na fé que estas possuem, o princípio do direito de um pai católico de escolher uma formação católica para o seu filho fica sob ameaça”, dizia o texto da petição.

Em janeiro deste ano, Damian Hinds foi nomeado secretário de Educação, o que elevou as esperanças de que o governo honre o seu compromisso. Hinds formou-se numa escola de gramática católica e anteriormente já havia pedido que o governo suspenda a regra.

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