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Em Mianmar, aparecem mais tons de cinza do que preto e branco

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29 Novembro 2017

À distância, é fácil julgar a visita do Papa Francisco a Mianmar, a primeira visita de um papa ao país preponderantemente budista, em absolutos - será que ele vai reconhecer publicamente o sofrimento dos rohingya, por exemplo, ou será que sua presença vai levar a nação a uma maior democracia e paz ou não?

A reportagem é de Inés San Martín, publicada por Crux, 28-11-2017. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

Por aqui, no entanto, a viagem está sendo vista em vários tons de cinza, tudo com diferentes matizes - como até que ponto o grupo majoritariamente muçulmano rohingya realmente merece simpatia, o governo da ganhadora do Prêmio Nobel Aung San Suu Kyi realmente é falho e o que se pode esperar de uma visita de três dias do Papa.

As coisas começaram bem na segunda-feira, apesar de ter sido programada, inicialmente, uma tarde livre para o Papa, após um voo noturno de 11 horas. Seguindo o conselho do líder da igreja de Mianmar, ele se reuniu em privado com o General Min Aung Hlaing, chefe militar do país, e outras autoridades militares.

Por mais de seis décadas desde 1962, o país, anteriormente conhecido como Birmânia, foi governado pelo exército. Há dois anos, realizaram-se eleições democráticas e Suu Kyi foi nomeada conselheira de Estado. No entanto, o exército continua controlando as fronteiras, bem como os poderosos ministérios da defesa e de administração interna.

O Papa encontrou-se com o general por um pedido expresso do Cardeal Charles Muang Bo, de Yangun, que disse que se o Papa não o fizesse a liderança do exército poderia sentir-se inferiorizada e os efeitos poderiam ser sentidos em todo o país e, talvez, especialmente pela minúscula minoria cristã.

Muitos na comunidade internacional criticaram Suu Kyi, alegando que ela permaneceu em silêncio sobre o que as Nações Unidas declararam um "manual de limpeza étnica" contra os rohingya e perpetrado pelos militares debaixo do seu nariz.

Porém, muitos habitantes locais consultados pela Crux, desde Charles Bo até a equipe do aeroporto que acompanharam a saída de Francisco do avião no aeroporto de Yangon, disseram que quaisquer que sejam as falhas de Suu Kyi, ela é a melhor esperança que o país tem de continuar a sua transição para a democracia. Todos destacam rapidamente que seu governo não é perfeito, mas também enfatizam que a outra alternativa seria pior.

O próprio cardeal Bo foi bombardeado em alguns bairros por se tornar o que alguns descreveram como “mensageiro” do governo de Mianmar. No entanto, a visão é diferente daqui.

"Sua Eminência pode ter sido o único líder nacional que se pronunciou de forma consistente e corajosa a favor dos rohingya", disse um sacerdote que participou da organização da visita de Francisco à Crux. Por exemplo, no ano passado, Bo foi convidado para fazer um discurso para o Parlamento britânico, em que usou justamente o termo (rohingya) que havia pedido que Francisco não utilizasse durante a estada no país.

Ainda em 2016, o cardeal pediu uma investigação internacional independente, descrevendo o sofrimento dos rohingya como "uma terrível cicatriz na consciência da minha nação".

Ele os descreveu como algumas das "pessoas mais marginalizadas, desumanizadas e perseguidas do mundo... São tratados pior do que animais. Despojados de sua cidadania, rejeitados pelos países vizinhos, são considerados “sem estado”. Nenhum ser humano merece ser tratado assim".

Um especialista próximo da igreja local, que pediu anonimato por segurança, disse à Crux que é fácil julgar o que Bo está fazendo e dizendo "a partir do conforto do Ocidente".

O contexto subjacente a esta afirmação inclui o fato de que a constituição de 2008 do país, elaborada pelos militares, estipula que as forças armadas podem retomar o poder se o país estiver "em crise”. Uma Suu Kyi enfraquecida, dizem alguns habitantes locais, pode ser o único pretexto de que o exército precisa para justificar outra tomada de poder, e em seus olhos as críticas à maneira como ela lida com a situação dos rohingya na verdade prejudica a pressão por democracia, em vez de servir a ela.

Algumas pessoas em Mianmar - dadas às teorias de verificação quase impossível - também creem que a China gostaria de um retorno ao governo militar, pois eles necessitam do país para um oleoduto que permitiria que o gigante asiático criasse um atalho para o petróleo bruto do Oriente Médio para a China, em vez de ser enviado para o Sul e passar por Singapura. Se o regime na Mianmar que tem de fechar o contrato estiver livre de pressões democráticas, dizem eles, os chineses iriam gostar ainda mais.

Durante uma visita que jornalistas que estavam viajando com o Papa fizeram ao Shwedagon Pagoda, o templo budista mais importante do país, um monge 19 anos chamado Naing Win disse que acha Francisco uma figura "muito interessante" e confessou ter esperança de encontrar o Pontífice durante o período em que está aqui.

O monge disse que, acima de tudo, espera que Francisco possa trazer paz ao país.

Seria fácil presumir que ele estava falando do que está acontecendo no estado de Rakhine, lar original de 600.000 rohingya que já fugiram para Bangladesh, já que é lá que a atenção internacional está hoje.

No entanto, o monge demonstra pouca compaixão pelo que está acontecendo. Ele reconhece que os militares abusaram de seu poder sobre o povo, que o governo nem reconhece como cidadãos. No entanto, ao ser perguntado se é hora de conceder estatuto de cidadania aos rohingya, ele pensou por algum tempo e respondeu: "Não".

Juntamente com muitos dos 500.000 monges budistas do país, nesta questão ele segue a linha rígida dos monges do grupo budista nacionalista conhecido como Ma Ba Tha - a “Associação para a Proteção da Raça e da Religião”.

Naing Win está convencido de que, se permitirem, a quantidade de muçulmanos continuará aumentando e a demografia de Mianmar será alterada. Ele não está sozinho. Pelo menos três das 10 pessoas consultadas nos últimos dois dias acredita que o objetivo de longo prazo dos rohingya é ter seu próprio país independente, onde possam aplicar as leis da xaria islâmica.

"E depois eles vão nos matar, assim como nos mataram na Síria e no Iraque", disse um padre local.

Muitos especialistas em Mianmar dizem que décadas de regime militar deixaram muitos no país com sentimentos de nacionalismo, xenofobia e preconceito anti-islâmico profundamente arraigados. Win, o monge budista, coloca as coisas de forma mais simples.

"Nós amamos todo mundo, de todas as etnias e religiões, mas não os terroristas", disse.

Nay Chi Win é um budista leigo que trabalhou no partido de Suu Kyi por décadas. Ainda que acredite que houve falhas no que seu governo alcançou até agora, pensa que ela é a melhor opção para o país. Assim como Naing Win, ele acredita que a visita do Papa pode trazer paz para Mianmar.

Quando pedimos para explicar o que queria dizer, ele falou sobre muitos conflitos que aconteceram em Mianmar nas últimas décadas devido a diferenças étnicas ou religiosas. Ele optou por focar no caso do estado de Kachin, o mais setentrional do país, na fronteira com a China.

Com a revogação unilateral da Constituição da "União de Burma" pelo regime militar, em 1962, as forças de Kachin formaram o Exército Para a Independência de Kachin. Desde então, o conflito tem sido cíclico, com um cessar-fogo assinado em 1994 e quebrado pelos militares em 2011. Centenas de milhares ainda vivem como pessoas deslocadas internamente após esse violento ataque.

No entanto, existem também casos de violência étnica nos Estados de Shan, ao norte, bem como nos estados do sudeste e em regiões como Karen, Kayah e Tanintharyi. Sem dúvida, todos estes, e não apenas o drama dos rohingya, estavam nos pensamentos de Francisco quando ele disse ao povo de Mianmar que queria ir para o país.

Nay Chi Win gostaria que a visita do Papa ajudasse a alcançar o fim definitivo de todos esses conflitos. Também quer que o pontífice peça ao povo de Mianmar para encontrar maneiras de se reunir em torno de princípios e ideias compartilhadas, em vez de se dividir por causa das diferenças.

Mas mesmo neste sentimento de esperança sobre o que a visita do Papa pode trazer, nem todo mundo a vê da mesma forma. Um empresário do estado de Rakhine, que pediu para ser identificado apenas como "Bo", disse: "Nem uma visita de Deus em pessoa salva este país".

Vamos ver o que Francisco consegue alcançar durante os três dias em que estará aqui em Mianmar. Uma coisa, no entanto, parece certa: qualquer que pareça ser o resultado superficialmente, a realidade será muito mais complicada.

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