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Cibermilícias católicas e as novas censuras. Artigo de Massimo Faggioli

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19 Setembro 2017

“Em alguns ambientes da Igreja Católica, o extremismo teológico se tornou a tendência dominante, em que certas cibermilícias autodesignadas usam uma linguagem extremista de ódio em defesa da ortodoxia católica. Elas não veem isso nem como vício nem como pecado.”

A opinião é do historiador italiano Massimo Faggioli, professor da Villanova University, nos EUA, em artigo publicado por La Croix International, 18-09-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Muitas pessoas ficaram chocadas quando o Theological College em Washington, Estados Unidos, o seminário nacional da Catholic University of America, cancelou recentemente uma palestra com o Pe. James Martin, SJ.

O popular autor jesuíta iria falar sobre ideias que ele levantou em seu livro de 2014, Jesus: A Pilgrimage [Jesus: uma peregrinação]. Mas o seminário o desconvidou por causa da “crescente resposta negativa de vários sites de redes sociais”, relacionada ao mais novo livro do sacerdote sobre a Igreja e os católicos homossexuais, Building a Bridge [Construindo uma ponte].

O cancelamento não diz respeito apenas ao Pe. Martin e à comunidade LGBT da Igreja. Na verdade, ele deveria preocupar todos os católicos. Não apenas porque essa foi a terceira vez que o jesuíta foi desconvidado de dar uma palestra previamente agendada. Mais seriamente, isso está ligado a uma campanha de ódio e de ataques pessoais contra o padre.

Esse tipo de veneno está mudando profundamente a comunhão da Igreja Católica. E não apenas no seu ethos, mas também no modo como ela funciona. Isso sinaliza um novo tipo de censura que usa a violência verbal para intimidar os católicos individuais, assim como as instituições dentro da Igreja – instituições que existem (também) para proteger os direitos dos católicos.

Os pequenos grupos que estão por trás da campanha que persuadiu um prestigioso seminário católico na capital dos Estados Unidos a rescindir o seu convite ao Pe. Martin cresceram nos últimos anos. Eles compõem uma cibermilícia católica que inclui organizações de “notícias” como a Church Militant, com sede em Detroit, e blogueiros como o Pe. John Zuhlsdorf, um padre estadunidense conhecido como “Pe. Z”, que, estranhamente, está incardinado (isto é, pertence a) uma diocese italiana, mas vive nos Estados Unidos.

Esses cibermilitantes não estão sozinhos. Ao contrário, fazem parte da “era da raiva”, da qual a Igreja Católica não está imune. Esses grupos e indivíduos são particularmente ativos e influentes na Igreja Católica nos Estados Unidos. Grande parte disso é o resultado de mais de 30 anos de nomeações episcopais por parte de João Paulo II e Bento XVI, que reformulam o episcopado estadunidense à imagem do “guerreiro cultural”.

Esses pequenos grupos – ativos principalmente no ciberespaço, mas também com um impacto na vida real da Igreja – sentiram-se afirmados e encorajados pelo tipo de política da Igreja estadunidense moldada nos Estados Unidos e aplicada pelo Vaticano.

Isso até que Francisco foi eleito papa. Desde então, a paisagem da Igreja institucional nos Estados Unidos começou a mudar lentamente.

A saga do Pe. Martin indica várias coisas importantes. Primeiro, ela mostra que esses grupos periféricos são pequenos, mas não tão marginais ou não representativos de um tipo particular de catolicismo estadunidense.

Apenas dois meses atrás, os críticos do agora conhecido artigo de Antonio Spadaro, SJ e Marcelo Figueroa na revista La Civiltà Cattolica, gerida pelos jesuítas e examinada pelo Vaticano, disseram que os autores exageraram a importância de grupos como o Church Militant. Mas o cancelamento das palestras do Pe. Martin confirma que esses grupos têm poder na Igreja e podem influenciar decisões institucionais importantes.

É interessante ler o artigo da Civiltà Cattolica sinoticamente com as suas críticas dois meses após a sua publicação – isto é, depois da manifestação neonazista e supremacista branca em Charlottesville, Virgínia, e depois dessa última campanha contra o Pe. James Martin.

A segunda lição dessa história é que o que aconteceu com o popular autor jesuíta é indicativo de uma radicalização mais generalizada da reação conservadora – não apenas sobre a questão LGBT, mas também sobre outros assuntos, como a liturgia.

Por exemplo, se um padre ou um bispo católico, hoje, celebrarem a missa adotando o mesmo tipo de inculturação litúrgica que João Paulo II usou durante as suas viagens mundiais – como à América Central ou à Austrália –, ele seria acusado de heresia.

É preciso lembrar que o Papa Francisco, apesar de estar profundamente enraizado na tradição da Igreja, foi acusado de uma suposta falta de ortodoxia conservadora bem no início do seu pontificado. Isso foi bem antes do debate sobre as questões matrimoniais ocorridas no Sínodo dos bispos, nas assembleias de 2014 e 2015, e que se seguiu com a publicação de Amoris laetitia.

Em alguns ambientes da Igreja Católica, o extremismo teológico se tornou a tendência dominante. Ele está conectado com o acalorado debate sobre a “reforma da reforma litúrgica”, em que certas cibermilícias autodesignadas usam uma linguagem extremista de ódio em defesa da ortodoxia católica. Elas não veem isso nem como vício nem como pecado.

Mas a lição mais importante – e preocupante – a ser tirada da saga do Pe. Martin tem a ver com questões institucionais e eclesiológicas. Até mesmo quando o Papa Francisco tentou enfatizar a fundamental virtude da misericórdia, certos católicos aumentaram o uso da linguagem de ódio e novos canais de intimidação. Essa é a história de uma Igreja Católica institucional que está tentando mudar e da reação virulenta contra ela.

O fato notável é que as vítimas dessa reação não são apenas padres como o Pe. Martin, mas também a Igreja institucional e, particularmente, alguns bispos e cardeais. O livro de Martin, Building a Bridge, que está sendo muito bem vendido, foi aprovado pelo seu superior jesuíta e apoiado publicamente por dois cardeais estadunidenses (Kevin Farrell e Joseph Tobin) e por vários bispos.

Outros cardeais, como Blase Cupich, de Chicago, também o defenderam. Parece bastante claro que os dois cardeais com alguma jurisdição sobre o assunto, Donald Wuerl, de Washington, e Timothy Dolan, de Nova York, foram atropelados por grupos como o Church Militant – grupos sem nenhuma aprovação canônica.

Devemos lembrar que, há dois anos, o arcebispo Chaput, da Filadélfia, tomou uma posição clara contra as táticas e o espírito do Instituto Lepanto e do Church Militant. Isso foi às vésperas da visita do Papa Francisco aos Estados Unidos e do Encontro Mundial das Famílias na diocese de Chaput.

No último fim de semana, os superiores religiosos do Pe. Martin sentiram a necessidade de emitir uma defesa pública ao fiel trabalho do padre e à sua boa reputação. Foi outro sinal de que essas novas cibermilícias católicas representam um desafio para a Igreja institucional, diferente da crítica progressista-liberal pós-Vaticano II. Ao contrário, foi mais uma prova de que nós vivemos agora em um catolicismo “pós-pós-Vaticano II”.

A Igreja institucional durante o pontificado do Papa Francisco começou a usar a arma da censura com mais prudência do que no passado. O dominicano francês Yves Congar, que foi um dos teólogos mais importantes a serem censurados no século XX, escreveu no seu diário em 1954:

“Os bispos estão absolutamente encurvados na passividade e no servilismo: eles têm uma verdadeira veneração filial, inclusive infantil em relação a Roma [...] Para eles, essa é ‘a Igreja’ [...] O ‘Santo Ofício’ dirige a Igreja de forma concreta e dobra a todos com o medo e suas intervenções. Essa é a Gestapo suprema, inflexível, cujas decisões não se discutem.”

Nós não sabemos o que Congar diria hoje. Mas a situação mudou significativamente na ausência de uma mudança institucional. Como o caso de Martin mostra, o ciberespaço católico tornou-se a nova polícia magisterial, e isso assusta a Igreja institucional. A mídia social católica é o novo Santo Ofício, mas com pouca ou nenhuma das qualificações teológicas e culturais que o antigo Santo Ofício possuía.

Costumava haver apenas um único “cão de guarda” doutrinal. Ele ficava em Roma. Mas os bispos locais e os superiores das ordens religiosas, naquela época, às vezes podiam se posicionar e defender o seu padre (como foi o caso da teologia da libertação).

Esse sistema de controle institucional sobre a ortodoxia tornou-se mais complicado agora. É um dos efeitos perversos de um catolicismo mais descentralizado (uma descentralização, aliás, que nós realmente precisamos). Aqueles que estão dando as cartas agora não são o papa, a Cúria Romana ou os cardeais e os bispos. Nem são as ordens religiosas, os teólogos ou as universidades católicas.

Aqueles que parecem estar encarregados das questões sensíveis hoje são os propagandistas verbalmente violentos das mídias sociais católicas. É ridículo usar o argumento de que os “dois lados” estão equivocados, como alguns tentaram fazer. Está bem claro de onde vem o ódio católico nas mídias sociais.

Se não fosse uma questão tão séria, seria possível brincar que nós temos agora um novo tipo de imprimatur, que vem da twittersfera católica. E a ironia é que esses novos cruzados antimodernistas são os novatores reais, os iniciadores modernistas de uma eclesiologia que não existe e que humilha a Igreja, incluindo as suas lideranças institucionais que parecem impotentes perante a pressão social midiática.

Esse é mais um caso da perda de controle da hierarquia sobre a Igreja institucional no último meio século. Por um lado, vemos mais pressão sobre os detentores de poder eclesiástico proveniente de cidadãos e organizações privadas com os meios financeiros para financiar as atividades da Igreja. Por outro lado, vemos o exercício de uma maior liberdade por parte dos novos movimentos católicos, dos quais as cibermilícias católicas são um subconjunto particular.

Mas o caso do Pe. Martin também mostra que algo mais está em ação. Existe agora uma eclesiologia das mídias sociais católicas que ultrapassou completamente não só o modo pelo qual a Igreja Católica funcionou durante séculos, mas também o modo como ela supostamente deveria funcionar hoje.

A Igreja é uma comunidade em que os fiéis (todos nós) têm direitos – um importante propósito do Direito Canônico.

Com a emergência das cibermilícias católicas, o pertencimento de todos está em jogo.

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