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A disputa por um novo Oriente Médio. Entrevista especial com Paolo Branca

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Por: João Vitor Santos e Patricia Fachin | Tradução: Moisés Sbardelotto | 11 Agosto 2017

Apesar de os atritos entre o Oriente e o Ocidente existirem há mais de seis séculos, “desde a expansão árabe-muçulmana em terras cristianizadas” ou à época das Cruzadas, “foi depois da Segunda Guerra Mundial, com a iníqua divisão do Oriente Médio, longe das promessas de Lawrence da Arábia e com base nos acordos secretos Sykes-Picot entre Grã-Bretanha e França, que foram lançadas as bases do caos atual”, diz o linguista e orientalista italiano Paolo Branca à IHU On-Line.

Na entrevista a seguir, concedida por e-mail, Branca comenta os atuais conflitos existentes no Oriente e destaca que “o que está em jogo” na região, inclusive nas disputas envolvendo os jihadistas, “é um novo Oriente Médio que talvez será mais instável e perigoso do que o de hoje”. Segundo ele, “aqueles que sonham ou pretendem redefinir as fronteiras do Oriente Médio sobre bases étnico-religiosas devem dizer que estão dispostos a pagar o preço: deportações em massa e genocídios”. Branca lembra que era a essa perspectiva que o jesuíta Paolo Dall’Oglio, sequestrado há quatro anos na Síria, “se opôs e pagou o preço por isso, mas parece que os poderosos do mundo, no momento, não estão preocupados com tais consequências”. A Europa, por exemplo, afirma, “é uma expressão geográfica e, no máximo, financeira... não política” e “enquanto permanecer como tal, não poderá fazer nada de sério por si mesma e pelos seus vizinhos”.

Paolo Branca | Foto: Vitaepensier.it

Paolo Branca é professor de língua árabe na Universidade Católica de Milão. Entre suas obras, citamos Dalle primavere arabe al califfato? (Edizioni di Maieutica, 2015), Islam (EMI: Bologna, 2012) e Introduzione all'Islam (San Paolo: Milano, 1995).

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Quais são as questões fundamentais do livro “Paolo Dall’Oglio, la profezia messa a tacere” (Paolo Dall'Oglio, a profecia sufocada, em tradução livre) ?

Paolo Branca – O padre Paolo é um profundo conhecedor do cristianismo oriental e do Islã. A obra de toda a sua vida foi um compromisso com a fraternidade e o diálogo entre os diversos componentes étnicos e religiosos da Síria, mas também, ao mesmo tempo, entre Oriente e Ocidente, mundo árabe-islâmico e Europa, tradição e modernidade. O livro capta alguns desses aspectos com documentos e testemunhos.

IHU On-Line – Quais são os principais conflitos históricos envolvendo islâmicos e cristãos no Oriente, especialmente na Síria e proximidades? Quando e por que esses conflitos iniciaram?

Paolo Branca – Desde a expansão árabe-muçulmana em terras cristianizadas já há seis séculos, houve atritos, mas também formas de colaboração e de respeito mútuo. A época das Cruzadas também foi caracterizada por intercâmbios e conflitos contemporaneamente. Talvez foi depois da Segunda Guerra Mundial, com a iníqua divisão do Oriente Médio, longe das promessas de Lawrence da Arábia e com base nos acordos secretos Sykes-Picot entre Grã-Bretanha e França, que foram lançadas as bases do caos atual.

IHU On-Line – Hoje, quais diria que são os principais conflitos políticos e religiosos na Síria? É possível dizer que, de algum modo, os conflitos históricos são atualizados?

Se a modernidade não souber desativar esse desvio identitário, um futuro muito obscuro nos espera

Paolo Branca – Aqueles que sonham ou pretendem redefinir as fronteiras do Oriente Médio sobre bases étnico-religiosas devem dizer que estão dispostos a pagar o preço: deportações em massa e genocídios. A essa perspectiva terrível, o Pe. Paolo se opôs e pagou o preço por isso, mas parece que os poderosos do mundo, no momento, não estão preocupados com tais consequências. O mais estranho é que parece que isso não interessa nem mesmo à Europa, diretamente envolvida pelos fluxos de migrantes e refugiados.

IHU On-Line – Ainda numa perspectiva histórica, povos e regiões da então chamada Europa Ocidental tiveram um papel importante na expansão islâmica durante o período medieval, com a conquista de Bizâncio e a queda de Constantinopla. Porém, hoje, países dessa mesma região parecem rejeitar o diálogo com os povos islâmicos. Como o senhor compreende essas relações? Por que a cultura islâmica ainda é tida como “marginal” na Espanha, na Itália e em outros países europeus?

Paolo Branca – O Mediterrâneo está se tornando um lago periférico. Outros cenários, como o do Extremo Oriente, são mais relevantes aos olhos das grandes potências mundiais. Resignar-se a essa perspectiva, para os povos do Norte e do sul do Mare Nostrum, é estúpido e autolesivo.

IHU On-Line – Quais são os pontos comuns entre islamismo e cristianismo e, nesse sentido, como e de que forma essas duas perspectivas religiosas se cruzam e, de outro lado, quais são os aspectos distintivos dessas religiões?

Paolo Branca – Nenhuma religião não cristã respeita e venera Jesus e Maria como o Islã. O Pe. Paolo disse em uma das suas últimas entrevistas à TV italiana que o Islã é a maior reserva de “transcendência da humanidade”. Deixar que essa nobre tradição ética e espiritual, que hoje tem 1,6 bilhão de fiéis no mundo, seja representada por poucos fanáticos, é uma culpa imperdoável.

IHU On-Line – Como analisa o papel do Islã no Ocidente e no Oriente hoje? O que tem motivado suas ações?

Paolo Branca – Não se pode negar que há fanáticos ainda ávidos por conquistas, de um lado assim como do outro. Mas a maioria dos crentes comuns compartilham princípios e valores muito semelhantes, embora a partir de pontos de vista diferentes: tradicionalista nos países islâmicos, pós-moderno entre nós.

IHU On-Line – É possível dissociar o Islã religioso do Islã político? Se você faz distinção, o que os diferencia?

Cada religião teve que vigiar e deve vigiar as suas relações com o poder político: no Islã, o perigo não é a teocracia, mas sim o cesaropapismo

Paolo Branca – Cada religião teve que vigiar e deve vigiar as suas relações com o poder político: no Islã, o perigo não é a teocracia, mas sim o cesaropapismo. Cada regime, de fato, tem o seu Ministério de Assuntos Religiosos, e a fé, assim, pode se tornar fato poderoso de consenso, mas também de dissenso.

IHU On-Line – Quais são os conflitos internos dentro do mundo islâmico hoje? Ainda nesse sentido, qual sua leitura dos jihadistas?

Paolo Branca – Alguns são antigos, como a oposição entre sunitas e xiitas, mas prevalecem interesses concretos e a disputa pela hegemonia. Os jihadistas recebem armas e dinheiro um pouco de todos, incluindo ocidentais, e o que está em jogo é um novo Oriente Médio que talvez será mais instável e perigoso do que o de hoje.

IHU On-Line – Por que muitos jovens têm se identificado com o Islã? Como explica o fato de jovens estarem se convertendo ao Islã e morrendo por essa causa?

Paolo Branca – Depois da queda das grandes ideologias, língua, raça e fé religiosa parecem prevalecer como aconteceu há não muitos anos nos Bálcãs. Se a modernidade não souber desativar esse desvio identitário, um futuro muito obscuro nos espera.

IHU On-Line – Como o Ocidente deveria se comportar em relação ao Islã e aos jihadistas?

Paolo Branca – Deixar de apoiá-los ou usá-los para seus próprios fins e valorizar todos os elementos em comum que as diversas culturas e fés têm a serviço da raça humana.

IHU On-Line – Qual era o contexto político da Síria na década de 1980, quando Dall’Oglio chegou ao país? Que relações é possível estabelecer entre aquele e o atual momento político do país? Ainda nesse sentido, pode nos contar sobre a trajetória e a missão de Dall’Oglio na Síria ao longo desses anos?

A Europa é uma expressão geográfica e, no máximo, financeira... não política. Enquanto permanecer como tal, não poderá fazer nada de sério por si mesma e pelos seus vizinhos

Paolo Branca – Seria longo demais [responder], mas o importante é que, no fim, ele chamou aqueles que detêm o poder e, portanto, têm maior responsabilidade para liderar uma fase de transição já inevitável, em vez de abandonar um país inteiro à destruição.

IHU On-Line – Acredita que a promoção do diálogo inter-religioso pode ser um caminho para o fim de conflitos em países como a Síria? Por quê?

Paolo Branca – O diálogo não se faz entre fés ou sistemas, mas entre pessoas que, se tiverem perspectivas de vida decentes, sempre escolherão a convivência e a boa vizinhança. Ninguém ama a guerra se puder abrir mão dela.

IHU On-Line – Como, na sua avaliação, a comunidade internacional, especialmente a europeia, tem lidado ou respondido aos conflitos existentes na Síria e, especificamente, ao sequestro de Dall'Oglio? Que questões de fundo, políticas e de relações internacionais, estão em jogo no tratamento desse caso?

Paolo Branca – A Europa é uma expressão geográfica e, no máximo, financeira... não política. Enquanto permanecer como tal, não poderá fazer nada de sério por si mesma e pelos seus vizinhos.

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