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Abusos sexuais: a Igreja deve questionar-se sobre a sua parte de responsabilidade

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07 Agosto 2018

Véronique Margron, presidente da Conferência dos Religiosos e das Religiosas da França (Corref) fala da tomada de consciência progressiva da gravidade dos abusos sexuais.

A entrevista é de Anne-Laure Filhol, publicada por La Vie, 03-08-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

Na segunda-feira, 30 de julho, o Papa Francisco aceitou a renúncia de Mons. Philip Wilson, arcebispo de Adelaide (Austrália) condenado em 3 de julho a um ano de prisão por encobrir atos de pedofilia na década de 1970. Dois dias antes, foi o ex-arcebispo de Washingyon que renunciou, confrontado com acusações de abusos sexuais que o envolviam. Pedimos a Véronique Margron, dominicana, teóloga e presidente da Conferência dos religiosos e das religiosas da França (Corref), qual a sua opinião.

Eis a entrevista.

O que lhe causam todos esses crimes, abusos e escândalos que estão sendo revelados há meses?

A primeira coisa é a tomada de consciência da extrema gravidade e da singularidade que representa o abuso sexual na existência. Por muito tempo, de fato, dentro da Igreja, foi relativizado o crime e suas consequências para as vítimas e suas famílias. Ou se tentou abafar tudo para "evitar o escândalo". Mas o escândalo é o abuso, é a traição da confiança e do mal cometido. Uma vez que tenha havido a tomada de consciência, etapa fundamental, a segunda etapa é avaliar a responsabilidade das nossas instituições. De acordo com a lei, existe um autor do crime, não são todos culpados. A distinção é indispensável, mas na Igreja, o autor tem uma relação estreita, orgânica com a instituição, a Igreja, seja esta uma Igreja diocesana ou um instituto religioso.

Portanto, é preciso que a Igreja se questione sobre a sua parte de responsabilidade, não no ato cometido, mas na forma como que deixou que alguém o realizasse e continuasse ao longo do tempo comportamentos baseados na própria influência, especialmente no abuso de autoridade, no abuso espiritual, que levaram ao abuso sexual.

Nessa perspectiva, também vejo a questão da Igreja "mãe": o que é uma mãe que não soube proteger seus filhos? Isso não significa que não devemos mais pensar na Igreja como mãe, mas que é preciso "revisitar" o que se fala sobre ela à luz desse escândalo. Então, como dizer isso corretamente, com verdade? É preciso ver o que, afinal, é ambíguo em nossa leitura atual, em nossas palavras. Ver aquilo que não é suficientemente encarnado, humano, para que a vigilância e a prudência estejam sempre em ação. Precisamos nos questionar em nossa relação com o sagrado e com tudo o que estrutura a instituição eclesial.

O que você quer dizer?

Muitas vezes ouvimos falar, a respeito de sacerdotes ou religiosos, que se trata de "um homem de Deus" ou "uma mulher de Deus". Como religiosa, eu só posso considerar isso magnífico, mas não porque distingue dos outros, mas porque se refere a uma imensa responsabilidade! Existe um problema quando não se pode imaginar que um "homem de Deus" ou uma "mulher de Deus" possam cometer abusos. Então, em primeiro lugar, é justamente essa relação com o religioso, com o sagrado - que significa "separado" - que torna o sacerdote ou o religioso uma espécie de homem à parte, que deve ser repensada. Enquanto forem alçados em pedestais ou considerados como mais "dignos" que os outros, as famílias, mas também as instituições eclesiais, não terão a mesma vigilância que teriam, por exemplo, com o educador das crianças ou com o professor de ginástica. Não se trata de viver sempre em suspeita, e tal atitude seria dramática para a vida da Igreja, mas de praticar uma prudência necessária. Em muitos casos, infelizmente, os fiéis por muito tempo foram cegos ou se deixaram cegar, chegando a negar as evidências, ou até mesmo defendendo algum predador.

A questão, portanto, é: como nossa concepção do sacerdote ou dos religiosos e das religiosas esquece a sua humanidade, em toda a sua complexidade e profundidade.

Isso também preocupa, em sua opinião, a organização interna e o papel dos leigos?

Isso anda de mãos dadas com a organização do poder na Igreja. Todos vivem o mesmo batismo de acordo com escolhas de vida e chamados que são diferentes. A presença de um padre em uma comunidade é fundamental, mas quanto mais os leigos, mulheres e homens, forem compartilhar, mais irão assumir a responsabilidade, mais fortes serão a colaboração e a colegialidade, mais poderão, então, ser evitadas as situações em que uma pessoa é colocada acima das outras.

Concretamente, como podemos revisitar essa noção do sagrado na Igreja?

Não é uma questão de fazer isso ao nível da Igreja universal, com um grande sínodo que possa resolver o problema! Claro, o papa ou vozes influentes podem promover uma reflexão e uma orientação, mas esta última já deve estar presente no nível local, como todo trabalho teológico e pastoral. Também é fundamental que esse trabalho entre teólogos, biblistas, religiosos e historiadores seja feito em conjunto com as vítimas. De fato, estas últimas são - infelizmente - as mais adequadas para saber o que essas representações errôneas do sagrado, da confiança cega, podem gerar. Não se trata tanto de ouvi-las, e depois de colocar-se a refletir entre responsáveis religiosos, mas, mais uma vez, de conduzir essa reflexão em conjunto, em um questionamento coletivo e atento.

Penso, por exemplo, em todo o trabalho realizado pelo Centro de Proteção dos Menores da Universidade Gregoriana de Roma, onde participam pessoas que foram vítimas. Pelo lado da Conferência dos religiosos e das religiosas da França (CORREF), fizemos apenas um primeiro passo, organizando em 11 de junho um dia de consciência para 130 superiores /superioras de institutos e convidando três vítimas para trazer seus depoimentos. Foi um dia muito denso e sério, mas muito oportuno.

A prevenção contra os abusos pode ser realizada por seminaristas?

Devemos continuar a trabalhar na formação afetiva e sexual, tanto no seminário quanto no noviciado. Mas também é necessário acompanhar mais de perto os primeiros dez anos após a ordenação ou profissão religiosa. Não como uma obsessão, mas para realmente estarmos presentes nos momentos-chaves da vida, porque muitas vezes há uma grande diferença entre a vida no seminário ou noviciado e aquela na paróquia ou na comunidade. Também a questão específica da proteção dos menores deve ser abordada na formação de todos, em primeiro lugar, porque tanto os sacerdotes como as religiosas estão muitas vezes em posições de responsabilidade que podem permitir-lhes descobrir crianças vítimas.

Ainda continua existindo uma cultura do segredo em uma parte da Igreja francesa?

Recentemente, tomei conhecimento de situações de abuso em que os responsáveis religiosos tentavam contornar os procedimentos obrigatórios. Ainda podem ser temidos dois tipos de excessos na Igreja: para alguns, a tentação de manter o segredo, e para outros o exagero diante da menor suspeita, o que leva, então, a afastamentos da paróquia ou de mandatos ou responsabilidades, sem qualquer precaução. Para mim, um problema a ser considerado é o seguinte: como exercitar a vigilância e a prudência necessárias? Isso requer que todos os responsáveis religiosos ou eclesiásticos tenham por perto um conselho competente para tomar decisões meditadas e informadas: psicólogos, juristas, etc.

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