O Papa Francisco abençoa uma nova pintura dos Superiores jesuítas que sofreram e lutaram, incluindo Pedro Arrupe

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29 Setembro 2014

No sábado (27 de setembro), ao final das "Vésperas" na Igreja 'del Gesù' em Roma, o Papa Francisco visitou uma capela lateral e abençoou uma pintura. Os que puderam observar ficaram se perguntando sobre a capela e a pintura. Trata-se de uma Deposição de Cristo, do artista Safet Zec; a obra foi instalada na manhã daquele mesmo dia, poucas horas antes da chegada do papa.

A reportagem é de James Martin, jesuíta, que trabalha na revista americana America. O texto foi publicado no seu Facebook, 28-09-2014. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Esta Deposição (a retirada do corpo de Cristo da Cruz, um tema comum na arte cristã) é única no sentido de que os rostos dos três jesuítas que foram enterrados nesta capela lateral são retratados na pintura. Cada um deles guiou a Companhia de Jesus durante os anos de perseguição, luta e incompreensões.

De cima para baixo: São José Pignatelli, (1737-1811), jesuíta espanhol que serviu como uma luz orientadora durante o período da Supressão da Companhia; Jan Roothaan, (1785-1853), Superior Geral durante a época em que os jesuítas ainda estavam sendo banidos de muitos países (o próprio Roothaan exilou-se de Roma por um período); e o Servo de Deus Pedro Arrupe, (1907-1991), Superior Geral que, após sofrer um acidente vascular cerebral em 1981, nomeou um vigário geral para administrar a Companhia. Em resposta a esta decisão, o Pe. Arrupe pediu obediência por parte dos demais jesuítas, e teve sucesso. (Logo no início de seu pontificado, durante uma missa na Gesù, o Papa Francisco visitou esta capela, tocou o revestimento de mármore do túmulo do Pe. Arrupe e se benzeu.)

O Papa Francisco é bastante conhecedor desta história. Como disse na sexta-feira, o “barco da Companhia de Jesus foi abalroado pelas ondas e não há surpresa alguma aqui”.

(Agradeço ao Mike Rogers, SJ, pela foto da pintura e por algumas informações sobre a sua proveniência.)