Por: Jonas | 15 Dezembro 2015
Às 9h29, Francisco abre a Porta Santa da Basílica de São João de Latrão, sua catedral. É a terceira porta jubilar aberta pelo Pontífice, após a de Bangui, na República Centro-Africana, no último dia 29 de novembro, e a de São Pedro, no último dia 8 de dezembro. É o terceiro domingo do Advento, chamado “Gaudete”, de alegria, e os paramentos da celebração foram de cor rosa, ao invés de violeta.
Fonte: http://goo.gl/Ox12Ke |
A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada por Vatican Insider, 13-12-2015. A tradução é do Cepat.
Na homilia, Francisco recordou que o convite feito pelo profeta na antiga cidade de Jerusalém também se dirige, hoje, a toda a Igreja e a cada um: “Alegre-te... exulta!”. O motivo destas alegrias “se expressa com palavras que geram esperança e permitem olhar o futuro com serenidade. O Senhor aboliu toda condenação e decidiu viver no meio de nós”.
O Papa explicou que tendo presente o Natal, que se aproxima, “não podemos nos deixar levar pelo cansaço; não é permitida nenhuma forma de tristeza, apesar de haver motivos para tal em razão de tantas preocupações e pelas múltiplas formas de violência que ferem nossa humanidade. A vinda do Senhor deve encher nosso coração de alegria”. O profeta Sofonias recorda que Deus “protege seu povo”. “Em um contexto histórico de grandes injustiças e violências, perpetradas principalmente por homens de poder, Deus faz saber que Ele mesmo reinará sobre o seu povo, que não o deixará mais à mercê da arrogância de seus governantes, e que o libertará de toda angústia. Hoje, pede-nos que ‘não desfaleçam suas mãos’ por causa da dúvida, da impaciência ou do sofrimento”.
“Abrimos a Porta Santa – acrescentou o Papa Bergoglio -, aqui e em todas as catedrais do mundo. Este simples sinal também é um convite à alegria. Começa o tempo do grande perdão. É o Jubileu da Misericórdia. É o momento de descobrir a presença de Deus e sua ternura de Pai. Sejamos também nós como as pessoas que interrogavam a João: ‘O que devemos fazer?’”. O Batismo “convida a atuar com justiça e a olhar as necessidades daqueles que se encontram em dificuldade. Diante da Porta Santa, que somos chamados a atravessar, pede-se que sejamos instrumentos de misericórdia, conscientes que seremos julgados sobre isto. Quem foi batizado sabe que tem um compromisso maior. A fé em Cristo leva a um caminho que dura por toda a vida: ser misericordiosos como o Pai”.
“A alegria de atravessar a Porta da Misericórdia se une ao compromisso de acolher e testemunhar um amor que vai além da justiça, um amor que não conhece fronteiras. É deste infinito amor que somos responsáveis, apesar das nossas contradições”.
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O Papa: testemunhas de um amor maior no mundo ferido - Instituto Humanitas Unisinos - IHU