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Oceanos, a grande emergência

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27 Novembro 2015

"Os danos gerados pelo aquecimento, a acidificação e o aumento do nível dos mares sobre os organismos e os ecossistemas marinhos, assim como sobre os recursos que eles encerram, são desde já detectáveis e podem ser significativos, mesmo no caso do cenário otimista", escrevem Jean-Pierre Gattuso e Alexandre Magnan, diretor de pesquisa na Universidade Pierre e geógrafo, pesquisador no Insituto de desenvolvimento sustentável e relações internacionais, em artigo publicado por Outras Palavras, 25-11-2015.

Eis o artigo. 

A massa de água que recobre mais de dois terços do planeta funciona como um “integrador do clima” e limita a extensão das mudanças climáticas por dois motivos principais. De um lado, absorve a quase totalidade do calor que se acumula na atmosfera: os oceanos armazenaram 93% do excesso de calor provocado pelo aumento de gases de efeito estufa (1), ao preço de seu próprio aquecimento e elevação dos níveis do mar, principalmente através da expansão e derretimento da camada de gelo da Groenlândia. Por outro lado, os oceanos capturam uma parcela significativa (28% desde 1750) de dióxido de carbono (CO²) gerado por atividades humanas, desta vez à custa do aumento da acidez da água do mar.

Uma função reguladora

Os oceanos exercem essa função reguladora em detrimento de si mesmos, pois se deterioram à medida em que atenuam as mudanças climáticas. Menos espetaculares que a elevação do nível dos mares, as perturbações físicas e químicas que resultam disso afetam consideravelmente os ecossistemas marítimos e, consequentemente, a humanidade inteira. O aquecimento e a acidificação dos oceanos tornam mais difícil a calcificação essencial de alguns organismos marinhos (corais, moluscos); muitos recifes de coral ficam esbranquecidos pela destruição da simbiose que eles têm com zooxantelas; os fitoplânctons diminuem em regiões mais quentes; a cadeia alimentar dos peixes é perturbada; algumas espécies têm de migrar para regiões mais frias, mas nem todas podem fazê-lo …

Contudo, a despeito do papel crucial dos oceanos para a segurança alimentar de centenas de milhões de indivíduos, as discussões internacionais conduzidas sob a égide da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas não lhes concederam senão um papel menor (leia o dossiê do Le Monde Diplomatique francês, “Como evitar o caos climático?“). É por isso que os pesquisadores reunidos na Iniciativa Oceanos 2015 enviaram aos negociadores da conferência de Paris um resumo das alterações em curso e as projetadas daqui até o final do século, com suas consequências para os ecossistemas do oceano ou para os bens e serviços que eles prestam. Dois cenários foram levados em conta: a manutenção das emissões de gás de efeito estufa segundo a curva ascendente atual – hipótese pessimista – ou sua redução, de maneira a limitar a alta da temperatura do planeta a 2°C no decorrer do século XXI – hipótese otimista.

Impactos irreversíveis

Além da limitação estrita das emissões de CO², a “comunidade internacional” deve assegurar a proteção dos ecossistemas marinhos e costeiros, a restauração daqueles que foram danificados, e permitir que as sociedades que dependem dos recursos marinhos se adaptem. Algumas dessas medidas já foram objeto de experimentação em nível local, mas a margem de manobra se estreita à medida em que o mundo se afasta do objetivo dos “+ 2°C” e os oceanos se aquecem e se acidificam. Por exemplo, quanto mais os recifes de coral são degradados, menos eles serão capazes de resistir, e mais difícil será salvá-los. Outras pistas são contraditórias, como as chamadas técnicas de “gestão da radiação solar”, que propõem reduzir artificialmente o aquecimento global, aumentando a quantidade de radiação refletida para o espaço: uma solução que pode frustrar os incentivos de redução de emissões de CO² e, no entanto, não fornece qualquer solução para a acidificação dos oceanos.

Do inventário preparado pela iniciativa Oceanos 2015 surgiram quatro mensagens principais. Em primeiro lugar, os oceanos exercem uma influência decisiva sobre o sistema climático e a prestação de serviços humanos essenciais. Em seguida, os ecossistemas marinhos e costeiros já estão sofrendo de uma degradação em grande parte visível que não deixará de se agravar, mesmo no pressuposto otimista de uma redução das emissões globais de CO² – especialmente porque, o que quer que aconteça, os danos infringidos aos mares serão sentidos em todas as latitudes, tornando-se um problema global. Em terceiro lugar, uma limitação imediata e substancial de gases de efeito estufa, incluindo as emissões de CO², é um pré-requisito para evitar que excedam os limites de impactos irreversíveis para os oceanos. Todo tratado que não permita limitar o aquecimento global a 2°C conduzirá a consequências catastróficas para os nossos oceanos. Por último: quanto mais aumenta o teor de CO² na atmosfera, menos teremos meios para proteger os oceanos e restaurar ecossistemas degradados.

Projeto de civilização

Sabendo o espaço mínimo que foi concedido aos oceanos em cúpulas internacionais anteriores sobre o clima, os autores desta síntese defendem uma mudança radical de perspectiva: a COP21 deve finalmente tomar as medidas necessárias e propor projeto de civilização mais virtuoso para o mundo de amanhã. O futuro dos oceanos depende da quantidade de carbono que será emitido nas próximas décadas. O cenário otimista, o mais obrigatório, consiste em dividir por seis a quantidade de CO² que seria emitida até o final deste século sob a hipótese de uma ausência de regulamentação (cenário pessimista). Essa limitação deve mesmo ser reforçada, uma vez que a capacidade dos oceanos para absorver CO² será reduzida ao longo do tempo. As escolhas feitas durante a COP21 terão, portanto, graves consequências para os oceanos.

De acordo com os cenários, a taxa de acidez poderia ter crescido entre 38% a 150% entre a revolução industrial e o final deste século, enquanto os níveis médios dos oceanos poderiam ter subido um total de 60 a 86 centímetros entre 1901 e 2100. Por fim, o índice de oxigênio dos oceanos não vai parar de cair, de modo mais ou menos acentuado, dependendo do cenário a ser seguido, afetando a vida marinha em todas as suas formas.

Os corais tropicais já estão severamente afetados pelo aquecimento e a acidificação, bem como plantas marinhas de latitudes médias, pteropodes (caracóis marinhos) e krills (plânctons formados de crustáceos de altas latitudes, os moluscos bivalves de baixas latitudes e peixes em geral. Na hipótese mais favorável, o estado dos corais tropicais e dos bivalves de latitudes médias permanecerá muito preocupante. No entanto, no caso de continuidade das emissões de CO² no ritmo atual, o aquecimento teria um impacto desastroso sobre todos esses organismos, com migrações em grande escala, mortalidade em massa e uma redução da biodiversidade marinha na zona intertropical. Estes resultados, a partir do cruzamento de experiências, observações de campo e projeções do modelos, estão em consonância com a orientação fornecida pelo estudo de outros períodos da história do nosso planeta marcados por forte presença de CO² na atmosfera – em especial relacionada à atividade vulcânica.

Uma fonte vital de renda

As consequências dessas mudanças dos ecossistemas marinhos seguiriam também uma trajetória mais ou menos nefasta, segundo o cenário escolhido. Se o ritmo atual das emissões de gases de efeito estufa se mantém, a pesca será seriamente comprometida, particularmente na zona intertropical, onde constitui uma fonte vital de proteínas e de renda para milhões de pessoas. Os impactos seriam igualmente tremendos sobre os ecossistemas costeiros, que servem para proteger a terra (recifes de corais, mangues, plâncton vegetal), a aquicultura e o turismo.

Os danos gerados pelo aquecimento, a acidificação e o aumento do nível dos mares sobre os organismos e os ecossistemas marinhos, assim como sobre os recursos que eles encerram, são desde já detectáveis e podem ser significativos, mesmo no caso do cenário otimista. Eles se somam a outros danos causados pelo homem, tais como a sobre-exploração dos recursos vivos, à destruição do habitat e a poluições diversas. A combinação de todos esses fatores pesará fortemente sobre o futuro da humanidade. Diante da magnitude das futuras alterações, é hora de perceber que nenhum país está imune: o problema se coloca numa escala demasiado grande para que se ofereça o luxo de manter a tradicional divisão Norte-Sul.


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