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Francisco e os sinais de Deus

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Por: Jonas Jorge da Silva | 17 Abril 2018

Jorge Mario Bergoglio é um homem de seu tempo, que traduz as aspirações do Concílio Vaticano II aos seus contemporâneos, em um exercício permanente de discernimento. Formado na escola dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, como liderança mundial, amplia ao mundo sua experiência de vida cristã, de profunda contemplação ativa. É a vida, em todas as suas dimensões, o conteúdo de sua oração. E é o seu modo de rezar que o conduz às fronteiras.

Para perscrutar o modo como o hoje Papa Francisco vivencia a mística cristã, no último sábado, 14 de abril, o CEPAT, com o apoio do Instituto Humanitas Unisinos (IHU), realizou a primeira etapa deste ano pela iniciativa Rezar com os Místicos. Com a assessoria do teólogo Alex Villas Boas (PUCPR), os participantes tiveram a oportunidade de refletir teologicamente acerca do contexto em que se dá a atuação do Papa Francisco, com seus gestos, sinais e palavras.

O Pontificado do Papa Francisco é marcado pelo exercício de discernimento. Para Alex Villas Boas, é dentro desta dinâmica que se inscreve todas as mudanças promovidas pelo Papa. Desde o início de seu pontificado, Francisco vem dando visibilidade a aspectos da vida eclesial e social que, em geral, eram camuflados. Francisco não se esquiva dos problemas existentes, ao contrário, busca reconhecê-los, revendo e reavaliando processos que não conduzem ao verdadeiro exercício da caridade cristã.

A mística do Papa Francisco em debate (Foto: Ana Paula Abranoski)

Para Villas Boas, em Francisco, o discernimento da caridade passa por quatro dimensões: sentire cum Ecclesia (sentir com a Igreja), primazia da graça, sinais que mobilizam nossos corações e cooperação efetiva com a vontade de Deus.

De fato, com todos os seus gestos, sinais e palavras, Francisco deixa explícito sua confiança na obra de Deus, colocando-se como um colaborador que deseja, na comunhão eclesial, discernir os sinais do Reino de Deus no meio do povo, convicto de que o Espírito Santo atua na história.  

Para esse processo de discernimento, Francisco não anula as fronteiras, ao contrário, caminha ao encontro daqueles que nela se encontram. Deseja uma Igreja que não se feche na sacristia, mas que saia de seu conforto estagnante para se encontrar com o homem e a mulher de hoje, que desafiam a Igreja a buscar novas dinâmicas de encontro e anúncio da mensagem cristã.

O Papa Francisco se embasa em uma antropologia positiva acerca da natureza humana, em contraposição aos resquícios de um jansenismo na vida eclesial que se centra excessivamente na natureza impura do ser humano, ao almejar uma perfeição distante do alcance humano. E é justamente por não se eximir de estar nas fronteiras que Francisco enfrenta o rigorismo e a inflexibilidade daqueles que insistem em uma antropologia pessimista.

Francisco opta em acolher as pessoas ao invés de estabelecer barreiras previamente construídas por idealizações platônicas do que é ser cristão. É por isso que faz todo o sentido retomar o Concílio Vaticano II, que tem uma proposta de abertura e diálogo com o mundo. Sendo assim, voltar às fontes é retomar a semântica do mistério.

Para Villas Boas, a proposta delineada por Francisco está em sintonia com a experiência fundamental que deve ser oferecida a cada pessoa, em qualquer fronteira que estiver, ou seja, o encontro com Jesus Cristo. Trata-se de algo inscrito na tradição inaciana, já que o próprio Inácio de Loyola se dá conta de que apenas as formulações da fé (dogmas) não são suficientes, ao contrário, é necessário que haja uma experiência mística e cristã. Nesse sentido, trata-se de um processo mistagógico, no qual a pessoa experimenta Deus em sua própria história, a partir da descoberta de seus desejos mais profundos e de sua experiência de sentido.  

Daí a insistência de Francisco em acompanhar as pessoas a partir de suas histórias pessoais e em seus processos de descoberta. Trata-se de uma Igreja mistagógica. Há, aqui, uma proposta de ruptura com a ideia de uma Igreja reguladora da sociedade. Desse modo, não faz sentido a ideia de cristãos como meros cumpridores de preceitos. A racionalização interdita a experiência mistagógica. Um desafio atual é a reeducação da sensibilidade para a vivência do mistério da fé.

A partir dessas considerações, Villas Boas destaca que para Francisco a beleza do Reino de Deus está no amor e a verdade se dá na experiência do encontro. A confiança em Deus é primordial para aqueles que acreditam em processos de mudança, em todas as dimensões, tanto eclesiais como na vida em sociedade. Deus aposta na humanidade apesar de qualquer limite humano. Francisco chama todos a um processo de reconciliação, no qual a tarefa primeira é a luta pelo bem comum, na dinâmica do encontro com o outro.

A teologia dos gestos de Francisco também é fruto de sua consciência imagética. Na dinâmica de seus gestos está implícito algo a ser contemplado, a ser interpretado. É a verdade que aparece no encontro com o outro, nas condições e possibilidades em que se dão. Trata-se de um pontificado que faz ecoar uma experiência de encontro, que marca a conciliação entre uma Igreja milenar e um contexto contemporâneo.

Aqui, não há espaço para fechamentos teóricos e pastorais intransponíveis. Uma das marcas do pontificado de Francisco é também a misericórdia. Sua preocupação fundamentalmente pastoral desafia toda a Igreja a ser capaz de discernir os sinais de Deus presentes nas diversas realidades do mundo. A Igreja precisa estar atenta a uma ética situacional, sendo capaz de fugir das armadilhas dos rótulos, que facilmente são aplicados a realidades das quais se distancia ou não se dispõe a conhecer, aprender, dialogar e acompanhar.

Francisco está verdadeiramente preocupado com a realidade das pessoas, seja ela qual for. Está atento às periferias geográficas e existenciais. Assume irrestritamente a opção evangélica pelos pobres. Imbuído da tradição do ensino social da Igreja e da caminhada eclesial latino-americana, Francisco é hoje um baluarte da defesa da dignidade humana, apoiando aqueles que resistem às mazelas da desigualdade social.

Nota

Alex Villas Boas ministrará o minicurso A mística de Francisco à luz dos Exercícios Espirituais de Inácio de Loyola, no dia 23 de maio – quarta-feira (16h às 18h), durante o XVIII Simpósio Internacional IHU. A virada profética de Francisco. Possibilidades e limites para o futuro da Igreja no mundo contemporâneo.

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