Reitor acusa freiras de quebrarem votos devido à ocupação do mosteiro

Foto: Hans Hathayer / Stift Reichersberg

Mais Lidos

  • Eles se esqueceram de Jesus: o clericalismo como veneno moral

    LER MAIS
  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Estereótipos como conservador ou progressista “ocultam a heterogeneidade das trajetórias, marcadas por classe, raça, gênero, religião e território” das juventudes, afirma a psicóloga

    Jovens ativistas das direitas radicais apostam no antagonismo e se compreendem como contracultura. Entrevista especial com Beatriz Besen

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

19 Setembro 2025

Na disputa pelo Mosteiro de Goldenstein, na Áustria, o reitor Markus Grasl acusou as três freiras que retornaram para lá de violarem seu dever de obediência. "As irmãs estão agindo de forma contrária aos votos que voluntariamente fizeram e reiteradamente reafirmaram", explicou o clérigo responsável pelas freiras em um comunicado divulgado pelo mosteiro. Possíveis consequências serão discutidas com as religiosas em momento oportuno – "mas certamente não por meio da mídia", disse Grasl.

A informação é publicada por Katholisch, 18-09-2025.

O reitor também criticou a gestão do claustro, a área de convivência privada e fechada de um mosteiro reservada exclusivamente aos membros da ordem. Pessoas de fora só podem entrar nessa área sob certas condições e com a permissão do superior da ordem. Isso se aplica, por exemplo, a médicos ou candidatos à ordem. Ele descreveu o fato de apoiadores e a mídia terem acompanhado as irmãs durante sua reentrada e na área da clausura como "completamente inaceitável". Acrescentou que, como superior das irmãs, ele próprio "respeitava totalmente" a área de convivência privada das irmãs.

Freiras viralizam no Instagram

A ocupação do mosteiro por três freiras, todas com mais de 80 anos, vem atraindo a atenção internacional desde o início de setembro. Elas deixaram seu asilo e, com a ajuda de um chaveiro, conseguiram acesso ao antigo mosteiro de Goldenstein, perto de Salzburgo. As freiras agostinianas moravam lá há décadas, mas a comunidade foi dissolvida no início de 2024. O mosteiro já havia sido transferido para a Arquidiocese de Salzburgo e a Abadia de Reichersberg em 2022; as irmãs receberam o direito de residência – mas apenas "enquanto sua saúde e espiritualidade permitirem". Após internações hospitalares, elas se mudaram para uma casa da Caritas. Elas comunicaram sua saída do mosteiro no início desta semana.

As mulheres agora contam com o apoio de ex-alunas, entre outros. Sua conta no Instagram, "nonnen_goldenstein", documenta o cotidiano no convento e alcançou mais de 30 mil seguidores em poucos dias. Enquanto os apoiadores celebram a mudança corajosa das freiras, a liderança da igreja considera a mudança para um lar inevitável.

Leia mais