• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Em que o ataque de Trump nos provoca a pensar. Artigo de Ricardo Queiroz Pinheiro

Donald Trump | Foto: Daniel Torok/FotosPúblicas

Mais Lidos

  • O desastre de uma megaoperação no Alemão e na Penha de um governo que terceiriza o seu comando. Artigo de Jacqueline Muniz

    LER MAIS
  • “É muita crueldade fazer uma operação como essa. Eles não estão nem aí. Querem mesmo destruir tudo. Se pudessem, largariam uma bomba, como fazem em Gaza, para destruir tudo de uma vez”, afirma o sociólogo

    Massacre no Rio de Janeiro: “Quanto tempo uma pessoa precisa viver na miséria para que em sua boca nasça a escória?”. Entrevista especial com José Cláudio Alves

    LER MAIS
  • Bolsonarismo pode eleger 44 senadores em 2026 e se tornar majoritário, diz Real Time Big Data

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

30 Julho 2025

Debate sobre impostos, juros e dívida não é técnico. Está em jogo quem comanda o orçamento e para quê. Ou o Brasil segue operando como usina de renda para o capital financeiro, ou rompe essa engrenagem e reconstrói sua soberania com base no trabalho, justiça fiscal e direitos sociais.

O artigo é de Ricardo Queiroz Pinheiro, publicado por Outras Palavras, 29-07-2025.

Ricardo Queiroz Pinheiro é bibliotecário, gestor público e doutorando em Ciências Humanas e Sociais (UFABC). Atua em biblioteca pública há 29 anos.

Eis o artigo.

Há males que acabam servindo de alerta. A reação do mercado à manutenção da cobrança do IOF deixou à mostra algo que o economês costuma encobrir: o privilégio blindado dos ganhos financeiros e a resistência feroz a qualquer tentativa de tributar riqueza de forma justa. Tributar salários é rotina. Tributar patrimônio é tratado como ameaça.

Essa disputa vai além do IOF. Expõe como o Estado brasileiro foi moldado para proteger o capital financeiro e restringir qualquer política de transformação social. A carga tributária pesa nos pobres, enquanto os mais ricos acumulam isenções. O orçamento é travado por regras que engessam investimentos sociais. O Banco Central atua não para induzir crescimento, mas para garantir o conforto do rentismo e a acumulação para poucos.

No centro desse arranjo está o tripé macroeconômico: meta de inflação, superávit primário e câmbio flutuante. Institucionalizado em 1999, sob as exigências do FMI, ele carrega uma lógica mais antiga, surgida nos anos 1970, quando o capital financeiro passou a impor, sobretudo aos países periféricos, um padrão de política: controle monetário, abertura comercial, ajuste fiscal e passividade do Estado. O neoliberalismo consolidado em engrenagem.

Com o avanço da financeirização e dos fluxos globais de capitais, os Estados perderam parte da capacidade de planejar suas economias. O Brasil, como tantos outros, substituiu políticas desenvolvimentistas por um sistema fiscal voltado quase exclusivamente ao pagamento da dívida e à valorização de ativos. Exporta primários, importa tecnologia e crédito caro, vive endividado e dependente. A austeridade virou um dispositivo permanente de controle externo.

O tripé sustenta essa arquitetura. A meta de inflação mantém juros altos para frear consumo e desestimular investimentos. O superávit primário comprime gastos sociais para assegurar o pagamento aos credores. O câmbio flutuante, combinado a juros elevados, atrai capital especulativo, valoriza a moeda e aprofunda a desindustrialização. O orçamento deixa de ser instrumento de desenvolvimento e se torna mecanismo de defesa dos interesses financeiros.

A força desse modelo não está apenas nas regras, mas no discurso. Ele é vendido como técnica, não como política. Como se decisões sobre juros e cortes fossem naturais e inevitáveis, apartadas do conflito social. Essa neutralidade aparente funciona como escudo ideológico. A política monetária é tratada como assunto técnico, mas cada ponto na Selic define quanto vai para os rentistas e quanto falta em saúde, educação e transporte.

No fundo, o modelo controla também o preço da força de trabalho. O capital financeiro não teme apenas programas sociais por seu custo fiscal. Teme, sobretudo, que reduzam a dependência do trabalhador em relação ao mercado privado. Quando há saúde pública, previdência, moradia e renda mínima, o custo de reprodução da força de trabalho cai, e a chantagem da necessidade imediata perde força. Direitos sociais aumentam a autonomia e fortalecem a capacidade de barganha.

Daí a hostilidade estrutural do capital financeiro ao Estado de bem-estar. Ao aliviar a pressão sobre o trabalhador, esses direitos comprimem lucros e encorajam reivindicações salariais. A engrenagem do tripé existe, também, para impedir que o orçamento seja usado como instrumento de redistribuição e para manter o trabalho submetido à lógica da escassez.

Por isso a austeridade caminha junto com “reformas” como a trabalhista, a previdenciária e o teto de gastos. Todas seguem o mesmo roteiro: desonerar o capital, reduzir direitos, enfraquecer sindicatos e transformar o trabalho em algo barato e maleável. A precariedade se torna método de controle. A desmobilização dos trabalhadores, condição para a estabilidade do modelo.

Enquanto isso, os pagamentos de juros e amortizações continuam crescendo, sem teto, sem contingenciamento. A maior parte do imposto que você paga vai antes para remunerar rentistas do que para financiar serviços públicos. Saúde, educação e transporte recebem o que sobra. O orçamento tem dono, e não é quem mais precisa dele.

A população, por sua vez, carrega a carga dos tributos indiretos, lida com serviços públicos sucateados e salários achatados, e paga caro por serviços privatizados. O tripé macroeconômico não apenas concentra renda no topo, mas bloqueia a possibilidade de o Estado se tornar força redistributiva. Contém as maiorias para garantir a renda de poucos.

O desafio não é “melhorar a gestão”. É enfrentar um modelo que transformou o Estado num aparato técnico de contenção social. Um Estado que não planeja, não protege e não transforma — apenas paga. Paga pontualmente aos credores, enquanto adia indefinidamente as urgências da maioria.

O debate sobre IOF, juros e dívida não é técnico, é político. Está em jogo quem comanda o orçamento e para quê. Ou o Brasil segue operando como usina de renda para o capital financeiro, ou rompe essa engrenagem para reconstruir sua soberania com base no trabalho, na justiça fiscal e nos direitos sociais. Não se trata de acertar contas, mas de inverter prioridades, redistribuir riqueza e devolver o orçamento a quem o financia.

Esse debate precisa circular fora dos gabinetes e colunas de jornal. Tem que estar na porta das igrejas, nos campos de várzea, nos botecos, nos bailes, nos coletivos culturais e nas bibliotecas públicas. É lá que a economia vira vida concreta e ganha força para mudar.

Leia mais

  • Os próximos passos do tarifaço de Trump. Artigo de Paulo Kliass
  • A agressão de Washington e a questão nacional. Artigo de Paulo Kliass
  • Trump, o tarifaço e a política brasileira em aberto. Artigo de Jean Marc von der Weid
  • Trump, Bolsonaro e crise de hegemonia, essa esquecida. Artigo de Luiz Carlos De Oliveira e Silva
  • O que diz a lei contra tarifaço de Trump sancionada por Lula
  • Trump impõe tarifaço ao Brasil em apoio a Bolsonaro
  • Trump usa o poder dos EUA por meio de tarifas para influenciar a política interna do Brasil em favor de seu amigo Bolsonaro
  • Soberania, o agro e o golpismo antipatriótico. Artigo de Gabriel Vilardi 
  • Jornal francês chama Trump de "mafioso internacional" por "interferência explícita" na política brasileira
  • A cronologia dos laços entre o trumpismo e o bolsonarismo
  • O que diz a lei contra tarifaço de Trump sancionada por Lula
  • Quais são as tarifas de Trump atualmente em vigor
  • Por que Donald Trump tem tanto medo do Brics?
  • O ataque de Donald Trump aos BRICS. Artigo de Tiago Nogara
  • Trump ameaça tarifas a países que se alinharem ao Brics
  • Tarifaço de Trump domina discussões do Brics no Brasil
  • Como as tarifas de Trump impactam a América Latina
  • Mundo se prepara para guerra comercial após tarifas de Trump
  • "A fórmula tarifária de Trump receberia nota baixa em um curso básico de economia". Entrevista com Ben Golub
  • As tarifas de Trump. "Elas são uma escolha louca, entraremos em recessão e correremos o risco de outra guerra", afirma Francis Fukuyama
  • Casa Branca comemora após tarifas: “Estamos mais fortes agora.” Mas EUA está se dividindo
  • Como o Brasil quer se defender do "tarifaço" de Trump
  • Brasil sofrerá impactos moderados com taxação dos EUA; China e União Europeia serão os maiores prejudicados, avaliam especialistas
  • Lula diz que Brasil não ficará 'quieto' diante das tarifas de Trump; Alemanha exige 'reação firme'
  • Ao lado de Trump, bolsonaristas celebram vitória e retomam plano de pressionar STF

Notícias relacionadas

  • O escândalo econômico do dom

    LER MAIS
  • João Goulart e um projeto de nação interrompido. Entrevista especial com Oswaldo Munteal

    LER MAIS
  • "Esta economia mata. Precisamos e queremos uma mudança de estruturas", afirma o Papa Francisco

    LER MAIS
  • ''A fé não é um produto como todos os outros''. Entrevista com Éric Jaffrain

    Éric Jaffrain, consultor de marketing de organizações sem fins lucrativos, tendo criado o conceito de gift economy, a economi[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados