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A primeira infância é o primeiro território. Artigo de Valcléia Lima

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12 Julho 2025

Se queremos que a nova geração lidere transformações socioambientais, precisamos começar cuidando dela agora, com políticas públicas que enxerguem o território como parte da infância.

O artigo é de Valcléia Lima, Superintendente de Desenvolvimento Sustentável da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), publicado em ((o))Eco, 10-07-2025.

Eis o artigo.

Estamos cada vez mais ouvindo que a nova geração será responsável por salvar o planeta. Que serão as crianças de hoje que decidirão, no futuro, os rumos da justiça climática, da biodiversidade e da equidade. Mas há uma pergunta que ninguém quer responder: quem está cuidando dessas crianças agora?

Recentemente, estive em Boston, na Universidade de Harvard, participando de uma formação internacional sobre primeira infância. Durante os encontros, discutimos como o aumento da temperatura global, a insegurança alimentar e a desigualdade social afetam o desenvolvimento infantil.

Em escala global, as estatísticas revelam a gravidade da negligência com a primeira infância: estima-se que 250 milhões de crianças com menos de cinco anos – cerca de 43% da população nessa faixa etária – vivendo em pobreza ou desnutrição, não estejam alcançando seu potencial de desenvolvimento (Black et al., Lancet, 2017). Nos países de baixa e média renda, mais de um terço das crianças entre 3 e 4 anos apresenta dificuldades no desenvolvimento cognitivo ou socioemocional (McCoy et al., Lancet Global Health, 2016).

A crise climática agrava ainda mais esse cenário. Segundo o relatório “Crianças, adolescentes e as mudanças climáticas no Brasil”, do Unicef, e a publicação “The Climate Crisis is a Child Rights Crisis”, mais de um terço das crianças no mundo está exposta a ondas de calor e escassez de água, e cerca de 90% delas vivem em regiões com altos níveis de poluição do ar. Esses dados escancaram o paradoxo: esperamos que as crianças sejam as lideranças do amanhã, mas seguimos falhando em garantir-lhes as mínimas condições para crescerem com saúde, segurança e dignidade hoje.

Em minha contribuição, reforcei que enquanto algumas escolas no sudeste do Brasil fecharam salas por excesso de calor em 2023, na Amazônia há escolas que sequer têm energia elétrica. Não há ventilador, iluminação ou infraestrutura mínima para uma infância saudável. E o pior: na maioria das vezes nem fazemos parte das estatísticas, tamanha é a invisibilidade das nossas crianças.

Se queremos que esta nova geração lidere transformações sociais, ambientais e climáticas, precisamos começar cuidando dela agora, com políticas públicas que enxerguem o território como parte da infância. A sustentabilidade não pode ser uma cobrança abstrata sobre o futuro: ela começa com alimentação escolar de qualidade, com estruturas adequadas e com acesso à energia limpa. Começa reconhecendo que o alimento processado, que chega como única opção nas comunidades mais remotas, compromete o crescimento físico e cognitivo dessas crianças. Começa entendendo que o cuidado também é cultural.

Falta-nos, ainda, uma política pública que respeite as especificidades dos povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos. Não basta replicar modelos urbanos. É preciso construir espaços que dialoguem com a ancestralidade, com os saberes tradicionais, com a realidade das comunidades. É importante que esse espaço possa e deva prover despertar, fortalecer o cuidado parental, o afeto, o desenvolvimento integral das crianças e o pertencimento ao seu povo.

Temos bons exemplos, como o Primeira Infância Ribeirinha, que se tornou política estadual no Amazonas. No entanto, o que vemos é a dificuldade de escalar iniciativas bem-sucedidas quando se desconsidera a diversidade dos territórios.

O impacto da fala está menos nos dados técnicos e mais na urgência de um convite à escuta e ao deslocamento. É preciso conhecer a Amazônia de perto para legislar com justiça. É preciso estar no território para compreender que a mudança climática já é cotidiana para quem vive nela, e que essa mudança passa pelo corpo, pela fome e pela infância.

Se queremos um planeta mais justo, não basta repetir que as crianças são o futuro. Não podemos continuar exigindo consciência ambiental de quem sequer tem acesso a um ambiente minimamente saudável. Precisamos garantir que todas, inclusive as da floresta, tenham um presente digno, visível e cuidado. Com a coragem de admitir que, sem infância, não há futuro.

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