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21 Setembro 2023

Gianni Vattimo foi um brilhante polemista. O “pensamento fraco” foi um slogan comunicativo e popular nas décadas de 1970 e 80. A filosofia da interpretação, ou seja, a possibilidade de que não exista apenas uma única verdade, havia se tornado opinião generalizada. A Antologia do pensamento fraco publicada pela Feltrinelli em 1982 e assinada com Pier Aldo Rovatti teve algum sucesso mediático e muitas polêmicas filosóficas: “A racionalidade universal está com os dominantes, o pensamento fraco está com os fracos".

A reportagem é de Cesare Martinett, publicada por La Stampa, 20-09-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Gianni Vattimo, falecido no dia 19 de setembro aos 87 anos, nasceu no coração da classe trabalhadora de Turim, em Borgo San Paolo. A mãe Rosa, natural de Val Susa, era costureira. Seu pai, Raffaele, era policial de Cetraro, Calábria, morreu de pneumonia quando tinha 16 meses. Assim que a guerra estourou, a mãe o levou para a Calábria para os seus avós. Gianni se gabava de ter aprendido perfeitamente o dialeto calabrês. Era muito loiro e por isso no sul o chamavam de "cozzabianca" (cabeça branca). Quando retornou a Turim em 1946, vindo do sul, chamavam-no de "terrone" (termo pejorativo para morador do sul da Itália).

A sua vida foi também por isso um resgate de muitos preconceitos do comportamento burguês hipócrita dominante. Ele se lembrava de ter sido um "garoto solitário", um adolescente que passava os dias trancado em casa depois da escola lendo Joyce e os romances de Jack London, até que duas senhoras sicilianas convenceram a mãe Rosa a levá-lo para a escola dominical para fazer amigos. No San Filippo Neri, na via Maria Vittoria, conheceu Monsenhor Pietro Caramello, estudioso de São Tomás, que considerava seu “grande pai espiritual”. Aqui Gianni aprendeu a jogar futebol, mas acima de tudo tornou-se um “fervoroso aspirante” da Ação Católica onde conheceu Umberto Eco, quatro anos mais velho e que cursava Filosofia na universidade. “Eu era um pequeno santo, ia à missa todas as manhãs”. Gianni ainda estava no ensino médio, no liceu clássico Gioberti. "Estudava muito, era o primeiro da turma." Entre os professores, o grande latinista Luciano Perelli.

Concluído o ensino médio, em 1954, incentivado por Monsenhor Caramello, matriculou-se também em Filosofia porque não havia Teologia. Entre os grandes “barões” na universidade, Gianni se lembrava de Augusto Guzzo, um "superdecano". Mas seu orientador foi principalmente Luigi Pareyson com que se formou com uma tese sobre Aristóteles, sobre o conceito de “fazer”. Pelos acasos do destino, sempre com Pareyson, Umberto Eco tinha acabado de se formar, com uma tese sobre Santo Tomás de Aquino.

Gianni e Umberto estavam, portanto, destinados a se encontrar. E assim foi, na Rai em Turim, na época um centro de produção muito importante. Os dois, juntamente com Furio Colombo, venceram um concurso para apresentadores de televisão, atividade quase pioneira na época, tornando-se autores da primeira revista semanal de aprofundamentos. O programa se chamava Orizzonti, era voltado para o público jovem e era transmitido no sábado à tarde. “Numa Rai dominada pelo CEO Filiberto Guala, católico fundamentalista, tínhamos carta branca para tudo."

Formado, Vattimo ganha a prestigiada bolsa de estudo Humboldt e vai para Heidelbeg, com o grande filósofo Hans Georg Gadamer, aluno de Heidegger, para continuar a sua "obsessão" que havia conhecido por meio de Nietzsche. Ser e Tempo do grande e polêmico filósofo alemão foi a obra que “mais o encantou”. Daquele período gostava de recordar um encontro com Heidegger, que morava no andar de cima de uma taberna na periferia da cidade: “Ele gostava de lugares escusos. Eu me sentia emocionado e atrapalhado. Quando veio nos receber, Heidegger tropeçou num degrau. Pensei que iria testemunhar a morte do filósofo. Mas não, ele se levantou sem perder a linha."

De Luigi Pareyson, professor carismático de gerações de estudantes de filosofia, foi jovem assistente junto com Giuseppe Riconda. Em 1964 Vattimo torna-se "encarregado" e em 1969 professor ordinário de Estética.

Gianni Vattimo e Umberto Eco com Luigi Pareyson e Hans Georg Gadamer em foto da década de 1980. (Foto: Acervo Pessoal)

Filósofo, católico e homossexual

"Eu não escondia nada, mas também não falava." Em 1976, assumiu sua homossexualidade, induzido por Angelo Pezzana, que havia recentemente fundado o Fuori. Anunciando que o movimento homossexual teria apresentado candidatos nas listas do partido Radical, Pezzana também citou o nome de Vattimo. Eram os anos em que os homossexuais viviam uma condição de clandestinidade, encontros furtivos em cinemas ou nos banheiros públicos. Vattimo contou que soube da candidatura pelo jornal: “Fiquei com medo de ser rotulado como homossexual e não como filósofo.

Mas pouco depois fui eleito diretor de faculdade: evidentemente os colegas não queriam parecer conformistas."

Ele contava que tentou levar uma vida “normal”, chegando ao limiar de um casamento com Gianna Recchi, filha de uma família muito numerosa de construtores de Turim e também formada em filosofia: “Mas o pai dela disse não”.

Gianni Vattimo foi um brilhante polemista. O “pensamento fraco” foi um slogan comunicativo e popular nas décadas de 1970 e 80. A filosofia da interpretação, ou seja, a possibilidade de que não exista apenas uma única verdade, havia se tornado opinião generalizada. A Antologia do pensamento fraco publicada pela Feltrinelli em 1982 e assinada com Pier Aldo Rovatti teve algum sucesso mediático e muitas polêmicas filosóficas: “A racionalidade universal está com os dominantes, o pensamento fraco está com os fracos".

Politicamente, Gianni Vattimo foi uma inclassificável alma inquieta da esquerda. Sempre em polêmica com o DS (Democratas de Esquerda) e o Pd, foi um dos primeiros a pedir, como eurodeputado do DS, o "sucateamento de D'Alema". Fascinado pela esquerda sul-americana, Fidel Castro e, até à caricatura, pelo venezuelano Chávez.

Sua vida sentimental foi constelada de dor. O companheiro Giampiero Cavaglià foi um dos primeiros a morrer de AIDS em 1991. Outro seu companheiro, Sergio Mamino, morreu de câncer de pulmão em 2003.

Desde 2010 Vattimo vivia com Simone Caminada, hoje com quarenta anos, natural do Brasil, condenado há poucos meses a dois anos por abuso de incapaz, após denúncia da geriatra que o tratava. O filósofo sempre defendeu obstinadamente Simone, com quem queria se casar no civil. Mas não conseguiu.

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