15 Setembro 2023
Cortes na produção de petróleo que Arábia Saudita e Rússia estenderam até o fim do ano vão causar déficit substancial na oferta no 4º trimestre.
A reportagem é publicada por ClimaInfo, 14-09-2023.
A demanda mundial por petróleo continua a caminho de crescer 2,2 milhões de barris por dia (bpd) em 2023, para 101,8 milhões de bpd, de acordo com o relatório mensal Oil Market Report, da Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês), divulgado na 4ª feira (13-09). O aumento, segundo a IEA, será liderado pela retomada do consumo chinês e pela maior procura por combustível de aviação e matérias-primas petroquímicas.
Segundo o documento, o corte de produção feito por membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), de mais de 2,5 milhões de bpd desde o início do ano, vem sendo compensado por maiores ofertas de produtores fora do cartel petrolífero.
As ofertas recorde dos Estados Unidos e do Brasil sustentaram um aumento de 1,9 milhão de bpd na produção não-OPEP entre janeiro e agosto. Já o Irã, ainda sob sanções, aumentou sua produção em cerca de 600 mil bpd, detalha o InfoMoney.
Entretanto, o relatório da IEA aponta que os cortes de produção que Arábia Saudita e Rússia estenderam até o final de 2023 significarão um déficit substancial no mercado até o 4º trimestre.
Isso pode manter os preços sob pressão. Este mês, o barril do petróleo Brent ultrapassou US$90 pela primeira vez este ano, informa a Reuters.
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Demanda por petróleo deve crescer 2,2 milhões de barris por dia em 2023, informa a Agência Internacional de Energia - IEA - Instituto Humanitas Unisinos - IHU