14 Setembro 2023
A aliança constituída no BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), agora acrescida dos Emirados Árabes Unidos, da Arábia Saudita, do Irã, da Argentina, do Egito e da Etiópia, poderá “perturbar” a atual ordem mundial – mais significativamente o domínio do dólar americano e o poder das nações do Ocidente.
A reportagem é de Edelberto Behs.
A análise é de Hedieh Mirahmadi, uma muçulmana convertida ao cristianismo e dedicada ao Ministério da Ressurreição, em artigo publicado no portal The Christian Post. Os países do BRICS, afirma, projetam-se como uma alternativa geopolítica à ordem mundial liderada pelos Estados Unidos.
Na atualidade, calculou a autora, os países do BRICS representam 42% da população mundial, tem mais de 25% do produto interno bruto total e quase 20% de todo o comércio internacional. O seu PIB total e o seu poder de compra são superiores em cerca de 2% comparados com os países do G7. Com as novas adesões, o BRICS terá o controle de 42% da produção mundial de petróleo.
Se os países do BRICS criarem uma moeda própria, como está em discussão, essa medida “provocaria o colapso do dólar americano e causaria uma perturbação significativa no equilíbrio do poder global”.
Mas como cristã, o que a autora considera mais preocupante é que a aliança BRICS “seja composta quase inteiramente por países de maioria não cristã. Na verdade, é um conglomerado daqueles que desprezam o único Deus verdadeiro e tudo o que Ele representa no mundo para a humanidade”.
Hedieh Mirahmadi assume, implicitamente, que os Estados Unidos são um país cristão, abençoado desde sua fundação pelos pais da pátria. Como declarou o presidente Ronald Reagan, destacando a superioridade da sua gente: “Sempre achei que os norte-americanos são um povo moral, que sempre usou o poder somente como uma força do bem para o mundo”. Trump que o diga!
Ou nas palavras da então secretária de Estado Madeleine Allbright: “Se temos que usar a força, é porque somos a América; somos o país indispensável. Somos corajosos e orgulhosos e enxergamos o futuro melhor que os outros países”.
Enxergam melhor usando de métodos nada éticos, como espionagem, e, se for preciso para agradar Wall Street, recorrer à guerra. De fato, um país que segue princípios evangélicos para assegurar a posição de xerife do mundo! A autora parece disposta a inaugurar novas Cruzadas.
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Maioria dos países do BRICS desprezam o único Deus, diz analista - Instituto Humanitas Unisinos - IHU